Delegado Antônio Ricardo diz ter sido ‘vítima de armação’ de Maurício Demétrio: ‘Ele tem o costume de prejudicar autoridades’

Delegado Antônio Ricardo Nunes — Foto: Reprodução/ TV Globo 1 de 2 Delegado Antônio Ricardo Nunes — Foto: Reprodução/ TV Globo

Delegado Antônio Ricardo Nunes — Foto: Reprodução/ TV Globo

O delegado Antônio Ricardo Nunes, que era o delegado titular da 11ª DP (Rocinha) em 2017, quando Celsinho da Vila Vintém foi apontado como responsável pela invasão da comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro, afirma que foi vítima de uma “armação” feita pelo também delegado Maurício Demétrio.

Antônio Ricardo afirmou que acredita que será inocentado. “Eu fui vítima de uma armação praticada pelo delegado Maurício Demétrio. Ele tem o costume de prejudicar autoridades no Rio de Janeiro. Tentou produzir dossiês contra o prefeito, tentou prejudicar desembargadores e prender delegados. Eu confio na Justiça, confio na minha absolvição sumária”, afirmou o delegado.

A prisão de Celsinho pela invasão na Rocinha ficou em xeque a partir da operação do Mistério Público deflagrada em setembro, que teve como um dos alvos o delegado Maurício Demétrio, acusado de envolvimento com o jogo do bicho.

Segundo os promotores, Demétrio teria usado de sua condição de autoridade policial para favorecer o grupo do bicheiro Fernando Iggnácio, executado em novembro de 2023. Para isso, de acordo com a denúncia, em setembro de 2017, Demétrio teria negociado a transferência de Celsinho da Vila Vintém para a Penitenciária de Catanduvas, no Paraná, a fim de tirá-lo do caminho do bicheiro.

O nome de Celsinho foi incluído no inquérito de uma invasão da Rocinha com a suposta ajuda do delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, na época, titular da 11ª DP (Rocinha), quando não havia nada contra o chefe do tráfico da Vila Vintém.

Celsinho da Vila Vintém tem previsão de ser solto nesta quarta (19). Conhecido como um dos principais traficantes do Rio nos anos 90, ele deve deixar a cadeia, conforme decisão do juiz da Vara de Execuções Penais Marcello Rubioli, mas vai seguir respondendo ao processo em liberdade.

Celsinho da Vila Vintém — Foto: Brunno Dantas / TJ-RJ 2 de 2 Celsinho da Vila Vintém — Foto: Brunno Dantas / TJ-RJ

Celsinho da Vila Vintém — Foto: Brunno Dantas / TJ-RJ

A prisão do traficante se deu por uma condenação, em primeira instância, a 15 anos de regime fechado por conta do caso.

Entre 2002 e 2017, Celsinho esteve no presídio federal de Porto Velho, em Rondônia, por outras condenações, mas o prazo para sua permanência acabou e ele retornou para o Rio.

Em nota, a defesa de Antônio Ricardo afirmou que “a investigação seguiu todos os trâmites legais, com depoimentos e perícias que comprovaram a participação de diversos criminosos de várias regiões do Rio de Janeiro, incluindo-se a Vila Vintém, Estácio e Pedreira, todos interessados em retomar o controle do narcotráfico na Rocinha”.

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