Laudo descarta edição de imagens em morte de pedreiro em condomínio na Barra da Tijuca; vigilantes viram réus por homicídio qual

Clailton Costa, de 40 anos, foi morto por seguranças — Foto: Reprodução 1 de 2 Clailton Costa, de 40 anos, foi morto por seguranças — Foto: Reprodução

Clailton Costa, de 40 anos, foi morto por seguranças — Foto: Reprodução

A Justiça do Rio aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réus os vigilantes 💥️Felipe Oliveira Vieira e 💥️Eduardo do Nascimento Gonçalves pelo homicídio qualificado do pedreiro Clailton Jorge Teixeira da Costa.

De acordo com a investigação da 16ª DP (Barra da Tijuca), Eduardo e Felipe atiraram contra Claiton depois de suspeitarem de um furto cometido por ele dentro do condomínio.

Inicialmente, as investigações indiciavam ainda o sócio da empresa de segurança, Michel Borges da Silva, o supervisor Edcarlos de Jesus Fonseca, e o técnico de TI Alex Dias Braga por possível edição e ocultação de imagens das câmeras de segurança do condomínio.

Mas a perícia do 💥️Instituto de Criminalística Carlos Éboli descartou a manipulação das imagens e o Ministério Público solicitou o arquivamento do inquérito policial dos três, o que foi concedido pelo juiz Gustavo Gomes Kalil, da 💥️4ª Vara Criminal.

Na denúncia assinada pelo promotor Marcos Kac, ele pede ainda a prisão preventiva dos vigilantes denunciados por entender que os mesmos praticaram crimes graves e que a mesma visa o resguardo da ordem pública.

No entanto, o juiz Gustavo Kalil negou o pedido alegando que uma possível interferência na instrução criminal por parte dos denunciados não foi demonstrada.

"Verifico que os acusados compareceram mais de uma vez em sede policial, prestaram depoimento e tiveram defesa técnica ativa. Há indícios ainda de que talvez os denunciados tenham agido em legítima defesa, ainda que por excesso ou na modalidade culposa. Esse cenário fático aliado aos demais elementos a que me referi desaconselham a prisão preventiva."

Ao saber da decisão do Ministério Público e da Justiça, o sócio da empresa de segurança Hawk, Michel Borges da Silva, disse que o indiciamento da Polícia Civil foi uma injustiça, visto que não tinha a análise de todas as provas.

"Prezo pelo direito à vida e pelo cumprimento da lei, mas ao contrário disso, fui marginalizado. Não foi conferido a mim o direito de aguardar, antes de ser indiciado."

O pedreiro Clailton Jorge Teixeira da Costa foi alvo de💥️ cinco tiros feitos por seguranças do Condomínio Del Lago, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, no dia 28 de janeiro. Os vigilantes o acusavam de roubar materiais de obras das mansões do condomínio. Um dos disparos atingiu o pedreiro na cabeça.

Na 16ª DP (Barra da Tijuca), o caso foi registrado pelos seguranças como tentativa de roubo e foi arquivado com a morte de Clailton. Mas quatro meses depois, a pedido da família, as investigações foram reabertas e o caso passou a ser investigado como homicídio qualificado.

As versões dadas pelos seguranças na delegacia narram que Clailton não teria acatado a ordem deles para permanecer com o carro no condomínio até que a polícia chegasse no local.

Os vigilantes Felipe e Eduardo acrescentaram no depoimento que o pedreiro teria agido com “extrema violência” ao arrancar com o carro durante a abordagem e tentar fugir, o que teria motivado os tiros.

A defesa da família de Clailton contestou essa versão, uma vez que foram disparados cinco tiros e um deles acertou a cabeça do pedreiro.

Carro ficou com marca de tiro no vidro traseiro; seguranças dizem que miraram nos pneus — Foto: Reprodução 2 de 2 Carro ficou com marca de tiro no vidro traseiro; seguranças dizem que miraram nos pneus — Foto: Reprodução

Carro ficou com marca de tiro no vidro traseiro; seguranças dizem que miraram nos pneus — Foto: Reprodução

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