Alexandre de Moraes e Rosa Weber publicam notas em repúdio às agressões de Jefferson contra a ministra Cármen Lúcia
Alexandre de Moraes, ministro do STF — Foto: Carlos Moura/SCO/STF
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), publicaram neste sábado (22) notas em repúdio às agressões do ex-deputado federal Roberto Jefferson contra a ministra Carmen Lúcia.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Jefferson profere xingamentos contra a ministra por discordar de um voto dela em julgamento do TSE.
Moraes chamou o ato de "covarde" e informou que "tomará todas as providencias institucionais necessárias para o combate a intolerância, a violência, o ódio, a discriminação e a misoginia que são atentatórios à dignidade de todas as mulheres e inimigos da democracia".
O ministro ainda disse que as agressões se "escondem no falso manto de uma inexistente e criminosa 'liberdade de agressão'." .
A ministra Rosa Weber disse que condutas covardes "são inadmissíveis em uma democracia, que tem como um de seus pilares a independência da magistratura". "Não há como compactuar com discurso de ódio, abjeto e impregnado de discriminação, a atingir todas as mulheres e ultrapassar os limites civilizatórios", defendeu a ministra.
Em nota, ela afirmou que a ministra Cármen Lúcia "ilumina o Supremo Tribunal Federal com sua inteligência, talento, isenção e competência". "Sem dúvida, continuará, independente e serena, na defesa intransigente da Constituição, sempre com o respaldo e admiração de seus pares e da comunidade jurídica."
Por determinação de Moraes, Jefferson está impedido de usar as redes sociais. Ele está em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, desde janeiro, e chegou a ser preso em inquérito que apura a existência de uma organização criminosa que teria agido com a finalidade de atentar contra o Estado Democrático de Direito. Veja as medidas a serem cumpridas pelo ex-parlamentar.
Mais cedo, 250 advogadas divulgaram uma nota de solidariedade à ministra e afirmam que a fala foi “agressiva, descabida e criminosa”.
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