Tarcísio diz zelar pela 'liberdade de escolha' na vacinação, que privatizar Sabesp 'é caminho possível&a

Tarcísio de Freitas, candidato do Republicanos ao governo de São Paulo, defendeu a liberdade de escolha dos pais em relação à vacinação de crianças, em entrevista ao 💥️g1.

"Isso [campanha de divulgação] vai ser mais efetivo do que a própria obrigatoriedade, e a gente tem que sempre zelar pela liberdade que cada cidadão tem de escolher", disse ele, que se declarou contrário à obrigatoriedade da imunização de crianças.

Em entrevista ao SP2, Tarcísio disse que não vai adotar medidas de retaliação contra pais que não vacinarem crianças. Questionado pelo 💥️g1 se as escolas vão deixar de notificar os conselhos tutelares, ele não respondeu.

Em São Paulo, uma lei estadual de 2023 determina que os pais devem apresentar, no ato da matrícula escolar, a carteira de vacinação. Os alunos podem frequentar as aulas mesmo sem o esquema vacinal completo, porém, as escolas passaram a ter a responsabilidade de notificar o conselho tutelar caso os pais que não apresentem a carteira atualizada descumpram um prazo para aplicar as doses atrasadas. Cabe ao conselho adotar as medidas cabíveis junto aos pais e responsáveis pelos alunos e comunicar as autoridades competentes.

O ex-ministro da Infraestrutura afirmou ainda que a ideia de privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) para acelerar a universalização do saneamento básico "é um caminho possível, mas não o único". Segundo ele, o controle do estado sobre a companhia não afeta o valor da tarifa repassada ao consumidor.

Sobre educação, Tarcísio de Freitas disse que pretende manter o repasse orçamentário para as universidades públicas de São Paulo no mesmo patamar de antes da limitação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), adotada pelo governo do seu padrinho político Jair Bolsonaro (PL), sobre itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

O ICMS é um imposto estadual, compõe o preço da maioria dos produtos vendidos no país e é responsável pela maior parte dos tributos arrecadados pelas unidades federativas.

Tarcísio de Freitas, candidato ao governo de SP pelo Republicanos — Foto: Fábio Tito/g1 1 de 1 Tarcísio de Freitas, candidato ao governo de SP pelo Republicanos — Foto: Fábio Tito/g1

Tarcísio de Freitas, candidato ao governo de SP pelo Republicanos — Foto: Fábio Tito/g1

O 💥️g1💥entrevistou os dois candidatos ao governo de São Paulo. A entrevista de Tarcísio foi gravada na quinta-feira (20). A de Fernando Haddad (PT), na sexta (21). O 💥️g1 fez dez perguntas para cada um, das quais sete idênticas e três específicas. Os candidatos tiveram 20 minutos para responder.

No primeiro turno das eleições, Tarcísio recebeu 9.881.995 votos (42,32%). Ele disputa o segundo turno com Fernando Haddad (PT), que teve 8.337.139 de votos (35,70%).

💥️Confira todos os trechos da entrevista:

O candidato afirmou que "mostrar a importância da vacinação e a importância de aderir ao plano nacional de imunização, além da importância para a saúde das famílias e das crianças" é uma ação mais efetiva que a obrigatoriedade em si. "Tenho certeza de que, com isso, a gente vai conseguir uma grande adesão", completou.

Em entrevista ao SP2 na última quinta-feira (20), ele disse que pais que não vacinarem seus filhos não sofrerão retaliação.

Questionado sobre a ausência de políticas públicas para a população LGBTQIA+ em seu plano de governo, Tarcísio afirmou que as diretrizes do documento contemplam "a sociedade como um todo".

"A gente quer velocidade na saúde para todo mundo. A gente quer redução da burocracia para todo mundo e, obviamente, isso vai fazer com que eles [população LGBTQIA+] tenham um atendimento melhor", disse.

O candidato garantiu que vai dar apoio e celeridade a serviços como reconhecimento de nome social.

Inspirado na privatização da Eletrobras, o candidato disse que pode fazer o mesmo com a Sabesp: "A privatização para acelerar a universalização do saneamento é um caminho possível. É o único? Não, mas é um caminho possível. Nossa prioridade é a melhoria da prestação de serviço, é investir em sensorização, universalização do serviço de coleta e tratamento de esgoto, reuso de água", explicou.

"É falsa premissa de que a tarifa baixa está na gestão pública. Se você aumentar a eficiência, reduzir o custo operacional, reduzir o custo por ligação, pegar o excedente gerado com a renovação dos contratos de concessão na operação de venda, você consegue reduzir a tarifa", afirmou.

Tarcísio de Freitas disse que pretende reduzir em 5 anos a meta de universalização de tratamento de água e esgoto prevista no marco do saneamento, além de "aumentar a quantidade de estações de tratamento e melhorar a qualidade da água que é colocada nos mananciais que chegam ao Tietê e Pinheiros".

"Precisamos investir pesadamente na despoluição desses dois rios. Não é uma questão estética, mas de segurança hídrica. Para diminuir a mancha de poluição, precisamos investir muito em ligação em rede coletora e interceptadora", contou.

O candidato do Republicanos assegurou que seu governo vai amparar e financiar pesquisas de interesse do estado, e que pretende manter o repasse orçamentário para as universidades públicas de São Paulo no mesmo patamar de antes da limitação do ICMS nos estados.

"É possível constitucionalizar esse repasse financeiro, mas entendo que o melhor momento para fazer isso é após a reforma tributária".

Segundo ele, também é importante que São Paulo "seja o berço da nova indústria automobilística, aquela que vai investir no carro híbrido, no carro, movido a eletricidade e movido a etanol".

Tarcísio afirmou que quer que as Escolas Técnicas e Faculdades Tecnológicas sejam instituições parceiras das escolas de nível médio. Além disso, disse que pretende aumentar o número de vagas nas Etecs e Fatecs de acordo com a "vocação econômica de cada região do estado".

"Por exemplo, para a gente ser competitivo na indústria de calçados, a gente não vai ser no volume, mas vai ser no design, no material. Então, preciso formar profissionais de design, profissionais, de materiais e oferecer essas vagas que vão atender essa demanda", explicou.

O ex-ministro da Infraestrutura disse há a necessidade de expandir a oferta de trens e de metrô: "Ao longo do tempo, a gente está vendo que essa expansão deixa a desejar, então é fundamental".

O candidato afirmou que sanções devem ser aplicadas nos casos em que os serviços não sejam oferecidos como previsto em contrato. "Inclusive, multando e até aplicando a pena fatal, que é a pena de caducidade", pontuou.

A principal proposta trazida por Tarcísio de Freitas é a criação de novos presídios específicos para presos em regime semiaberto.

"O preso consegue uma progressão da pena, mas ele não vai para a instalação adequada, de acordo com a progressão que ele obteve. A gente obriga um preso de regime semiaberto a conviver com o de regime fechado. Qual o problema disso? Ele vai trabalhar ao longo do dia, vai voltar à noite e vai receber uma demanda muitas vezes do crime, que vai impor, né?", questionou.

Caso seja eleito, Tarcísio prometeu investir na conservação do patrimônio artística, na aquisição de novas peças e acervos.

Ele também disse que pretende aproximar as escolas dos museus: "É ter uma programação cultural e fazer com que os nossos alunos da rede estadual possam ter contato com obras de arte, entender a história por meio da arte, entender a evolução dos acontecimentos por meio da arte".

O candidato afirmou que a principal marca de seu governo será a eficiência. "Vai ser do aproveitamento de oportunidades para que a gente possa gerar muitos empregos. Quero promover uma transformação social por meio do empreendedorismo, por meio do emprego, e aí resgatar muitos jovens".

Tarcísio também destacou que planeja investir na saúde para, por exemplo, reduzir a fila de cirurgias eletivas e disse que seu plano de governo "tem um pilar social muito forte". "A gente quer mostrar que é possível fazer política social de transformação", contou.

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