Ambientalistas estão preocupados com possível vazamento de combustível do helicóptero que caiu na Lagoa Rodrigo de Freitas, no R

Ambientalistas estão preocupados com os efeitos no meio ambiente, com o helicóptero que caiu no sábado (22), na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio. O piloto e os quatro passageiros sobreviveram. Mas a aeronave ainda não foi retirada da lagoa e não foi divulgado quanto combustível há no tanque do helicóptero submerso.

No domingo (23), apesar do vento forte, não havia manchas de óleo na água. Mas o ambientalista Mário Moscatelli, que há mais de 30 anos cuida do manguezal à beira da lagoa, alerta para o risco de vazamento.

"Não se sabe o volume de combustível, o volume de óleo. E existe um protocolo, eu acredito que exista um protocolo para esse tipo de acidente. Nós temos manguezais nas margens da lagoa. Mangue e combustível, qualquer que seja, não combinam. Você pode ter um desfolhamento, você pode ter um comprometimento da cobertura vegetal, dependendo de onde esse material dessa substância pode afetar algum ninho de ave", disse Moscatelli.

E denuncia que faltou monitoramento e atitude de órgãos ambientais.

"Para evitar potenciais danos ambientais à lagoa, independentemente do volume de óleo e combustível deveria ter uma atenção por parte dos órgãos ambientais no sentido de ter já uma reação proativa e não reativa. Depois que acontecer um possível vazamento, aí já era", disse o biólogo.

A queda do helicóptero foi no sábado. Estavam a bordo o piloto e quatro passageiros de uma família da Região Metropolitana de São Paulo, que veio para um casamento no Rio.

Eles embarcaram em Jacarepaguá, na Zona Oeste, para um voo panorâmico e chegara a postar fotos, já a bordo. Segundo o piloto, uma ave se chocou com o helicóptero. Ele tentou um pouso de emergência no Heliponto da Lagoa, mas caiu na água.

"Eu estava caminhando e tinha uma pessoa na minha frente falando vai cair, vai cair, eu pensei, vai cair o quê? Quando eu olhei, tinha uma hélice de um helicóptero batendo literalmente na água da lagoa, no meio dos barquinhos", contou Carmen Sônia Jorge, testemunha do acidente.

Todos sobreviveram e foram resgatados por barcos de uma regata que acontecia na lagoa.

Depois de procurado, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) disse que existe um protocolo para casos como esse. E que a determinação é instalar um cerco preventivo, uma barreira de contenção para evitar que o combustível se espalhe, se houver vazamento.

Mas segundo o Inea, a responsabilidade não é do estado, e sim, é da empresa dona do helicóptero. No domingo, não havia nenhuma boia na lagoa.

O Inea também disse que equipes estão percorrendo a Lagoa Rodrigo de Freitas desde o acidente. E até agora não há indícios de vazamento.

A produção do Bom Dia Rio entrou em contato com a empresa Ultra Pilots Táxi Aéreo, proprietária do helicóptero, para saber quantos litros de combustível há no tanque da aeronave e quais medidas foram tomadas para evitar vazamento. Mas até a publicação dessa reportagem, não houve resposta.

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