Conselho do MP presta solidariedade a Cármen Lúcia, vítima de ofensas de Jefferson
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) aprovou, por unanimidade, nesta terça-feira (25) uma manifestação de solidariedade do órgão à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). No fim de semana, a magistrada foi vítima de agressões verbais cometidas pelo ex-deputado Roberto Jefferson.
Em um vídeo publicado nas redes sociais na última sexta-feira (21), Jefferson profere xingamentos contra a ministra por discordar de um voto dela em julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A moção de solidariedade aprovada pelo CNMP foi proposta pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, que até esta terça-feira não havia se manifestado publicamente sobre o caso.
Aras disse que Lúcia foi vítima de “graves ofensas” no exercício da magistratura. “Da mesma forma que defendemos a nossa independência profissional, também defendemos e sempre defenderemos a formação da livre convicção do julgador na sua respectiva fundamentação”, afirmou o procurador-geral.
Sem citar o nome de Roberto Jefferson, Aras propôs ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) uma moção de solidariedade à Carmen Lúcia "em favor de Carmen Lúcia em razão das graves ofensas morais dirigidas à excelência no último fim de semana, em desdobramentos que poderiam ser trágicos, mas que felizmente não chegaram a tanto – a não ser o incidente lamentavelmente ocorrido".
Aras contou também que, nesta segunda-feira (24), enviou mensagem a Cármen Lúcia se solidarizando pelo episódio.
No último domingo (23), Roberto Jefferson atirou e jogou granadas contra policiais que tentavam cumprir mandado de prisão ordenado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Dois agentes ficaram feridos. Horas depois, o ex-deputado se entregou.
Investigado no inquérito que apura atividades de uma organização criminosa que teria agido para atentar contra o Estado Democrático de Direito, Roberto Jefferson cumpria prisão domiciliar.
A ordem de Moraes para que ele voltasse à prisão ocorreu porque o ex-deputado, aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), descumpriu determinações judiciais.
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