ONU: países estão longe do prometido para conter crise climática

Incêndio devastador atinge ilha grega de Evia. Cientistas apontam elo entre eventos extremos e mudança climática. — Foto: Angelos Tzortzinis/AFP 1 de 2 Incêndio devastador atinge ilha grega de Evia. Cientistas apontam elo entre eventos extremos e mudança climática. — Foto: Angelos Tzortzinis/AFP

Incêndio devastador atinge ilha grega de Evia. Cientistas apontam elo entre eventos extremos e mudança climática. — Foto: Angelos Tzortzinis/AFP

Os compromissos internacionais sobre o clima estão muito longe de responder ao objetivo do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius, advertiu nesta quarta-feira (26) a Organização das Nações Unidas (ONU).

“A tendência de queda nas emissões esperada para 2030 mostra que as nações fizeram algum progresso este ano”, disse Simon Stiell, secretário-executivo da agência da ONU para Mudanças Climáticas.

Nesta quarta, a ONU publicou um relatório com um resumo detalhado dos últimos compromissos dos países signatários do Acordo de Paris.

A publicação acontece a menos de duas semanas do início da conferência mundial sobre o clima, a COP27, que este ano ocorrerá no Egito.

Ainda segundo o secretário-executivo da agência, embora 183 países (incluindo o Brasil) tenham concordado em revisar e fortalecer seus planos climáticos no ano passado na COP26, desde então, apenas 24 forneceram planos climáticos atualizados ou novos, as chamadas 💥️NDCs, sigla em inglês quer dizer contribuições nacionalmente determinadas.

"[Isso] é decepcionante. As decisões e ações do governo devem refletir o nível de urgência, a gravidade das ameaças que estamos enfrentando e a falta de tempo que nos resta para evitar as consequências devastadoras das mudanças climáticas descontroladas".

Juntos, os planos das 183 nações cobrem 94,9% das emissões globais de gases de efeito estufa em 2023.

Por isso, de acordo com o relatório, 💥as atuais promessas climáticas de todos esses países podem colocar o mundo para um aquecimento de até 2,5 graus Celsius até o final do século.

Embora o levantamento também tenha indicado que os compromissos atuais apontam para uma melhora no índice de emissões globais de gases contribuintes para o efeito estufa, isso ainda não seria suficiente para conter a crise climática.

Se essas promessas forem cumpridas, até 2030, as emissões no mundo aumentarão em 10.6% em comparação com os níveis de 2010 💥️(um índice 3% menor que a avaliação das metas do ano passado).

Mas, ainda segundo a ONU, se todas as estratégias de longo prazo forem totalmente implementadas a tempo, as emissões de gases de efeito estufa desses países poderão ser cerca de 68% menores em 2050 do que em 2023.

Em um levantamento independente divulgado há dois dias pela Forest Declaration Assessment (Avaliação da Declaração Florestal), estudo feito anualmente por organizações da sociedade civil, apesar do compromisso firmado na COP26, em 2023, o mundo está longe das metas internacionais de suspensão da perda e da degradação florestal para 2030.

Uma área da floresta Amazônica consumida pelo fogo perto de Novo Progresso, no estado do Pará, em foto de agosto de 2023. — Foto: AP Photo/Andre Penner 2 de 2 Uma área da floresta Amazônica consumida pelo fogo perto de Novo Progresso, no estado do Pará, em foto de agosto de 2023. — Foto: AP Photo/Andre Penner

Uma área da floresta Amazônica consumida pelo fogo perto de Novo Progresso, no estado do Pará, em foto de agosto de 2023. — Foto: AP Photo/Andre Penner

Na conferência do clima de Glasgow, o Brasil e mais de 100 países firmaram um acordo para proteger florestas, reverter o desmatamento e a degradação de terra até o fim da década, mas os números atuais de redução apontam que o mundo não está no caminho certo para esse marco.

De acordo com o estudo, o desmatamento global diminuiu "modestos" 6,3% em 2023 em comparação com a taxa de base de 2018-20.

Com isso, a área degradada de florestas pelo mundo chegou a quase 7 milhões de hectares no ano passado, uma região equivalente ao tamanho da Irlanda.

Apesar dessa queda, impulsionada muito pelo progresso de países como a Indonésia e a Malásia, uma redução de 10% no desmatamento a cada ano é necessária para interromper completamente o desmatamento até 2030, segundo o levantamento.

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