Ibovespa fecha em queda pelo 3º pregão seguido, com eleição e balanços corporativos no radar

Ibovespa opera em alta nesta quarta-feira. — Foto: Pixabay 1 de 1 Ibovespa opera em alta nesta quarta-feira. — Foto: Pixabay

Ibovespa opera em alta nesta quarta-feira. — Foto: Pixabay

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em queda nesta quarta-feira (26), diante da reta final para o segundo turno das eleições e de balanços corporativos. O destaque fica por conta da desvalorização acentuada dos bancos, após balanço do Santander reportar queda nos lucros da companhia.

Também mexe com o mercado as expectativas pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) em relação à Selic, taxa básica de juros, hoje em 13,75% ao ano.

O indicador recuou 1,62%, a 112.764 pontos. Veja mais cotações.

No dia anterior, o índice registrou queda de 1,20%, a 114.626 pontos, ainda influenciado pela repercussão da prisão de Roberto Jefferson. Na segunda-feira, a queda foi mais expressiva, de 3,27% - o maior recuo diário em quase um ano, quando em 26 de novembro caiu 3,39%.

Com os resultados negativos, o índice acumula queda de 5,97% na semana. No mês, a alta é de 2,48% e, no ano, de 7,58%.

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Durante a manhã, o Santander Brasil divulgou seus resultados. O banco teve um lucro líquido gerencial de R$ 3,122 bilhões no terceiro trimestre de 2022, o que representa uma queda de 23,5% em relação ao trimestre anterior, quando teve lucro de R$ 4,084 bilhões. Diante do resultado, as ações do banco caíram 5,23%.

Outros bancos também fecharam em baixa, acompanhando o movimento do Santander. O Bradesco recuou 3,89%, e o Banco do Brasil, 3,54%.

O Copom se reúne hoje para decidir sobre os rumos da política monetária no Brasil. "A expectativa do mercado é de que a taxa Selic seja mantida em 13,75% ao ano, sem nenhum movimento de redução, uma vez que os indicadores econômicos têm apresentado leve melhora", afirma Acilio Marinho, especialista da Trevisan Escola de Negócios.

Os juros também são ponto de atenção no exterior, com o aumento das perspectivas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) possa desacelerar o ritmo de altas em suas taxas, hoje entre 3,00% e 3,25% ao ano, depois da instituição elevar os juros em 0,75 ponto percentual em sua última reunião.

A alta nas taxas americanas beneficia os títulos públicos do país, que passam a entregar uma rentabilidade mais atrativa. Por serem considerados os ativos mais seguros do mundo, com retornos mais expressivos, esses títulos se tornam o destino de muitos investidores, principalmente em cenários de incertezas econômicas e políticas em nível global.

Tal movimento favorece o dólar em detrimento dos ativos de risco, como as próprias moedas de países emergentes, caso do real, e os mercados de ações.

Ainda no exterior, o novo primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, assumiu o poder nesta terça-feira (25) e afirmou que seu país enfrentará "tempos difíceis", sinalizando que deve liderar com linha dura a política econômica. Nesta manhã, o ministro das Finanças do país alegou que a entrega do plano fiscal foi adiada para 17 de novembro.

Já no cenário doméstico, além do Copom e do balanço do Santander, a atenção dos investidores continua com a reta final da corrida eleitoral presidencial, a três dias do segundo turno, e no aumento das tensões políticas.

Para o mercado, os atos do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) podem pesar contra a campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Jefferson atacou policiais federais que foram cumprir um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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