Testemunha afirma que era 'notório' o comportamento assediador de professor de colégio no Leblon

Uma colega da estudante de 19 anos que denunciou por assédio um professor de um colégio no Leblon, na Zona Sul do Rio, afirmou em depoimento à 14ª DP (Leblon) que o comportamento do acusado é "notório" entre os alunos.

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Na delegacia, a testemunha afirmou que o professor Rodrigo Simonace "possui o comportamento de assediar alunos", e que em todas as aulas "fica olhando compulsivamente para ela, para seu corpo", referindo-se à autora da denúncia, aluna do 3º ano do ensino médio do 💥️Colégio Estadual Antônio Maria Teixeira.

Essa mesma colega também afirmou que o professor, que dá aulas de matemática, já pediu vídeos a ela através de mensagens e que comentou um vídeo dela dançando, dizendo: "Impressionante".

O caso foi encaminhado para o 4º Juizado Especial Criminal (Jecrim).

Colégio Estadual Antônio Maria Teixeira, no Leblon, na Zona Sul do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo 1 de 3 Colégio Estadual Antônio Maria Teixeira, no Leblon, na Zona Sul do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo

Colégio Estadual Antônio Maria Teixeira, no Leblon, na Zona Sul do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo

Uma professora do mesmo colégio orientou que a jovem que fez a denúncia printasse todos os comentários e mensagens do professor como provas para a denúncia na delegacia.

"Printa todos os comentários dele nas suas fotos do Instagram antes que ele possa apagar", disse a professora em mensagens trocadas com a aluna.

Em outras conversas, ela aconselha a aluna a procurar outros alunos que tivessem visto as abordagens para que fossem testemunhas do caso junto à direção da escola.

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O professor prestou depoimento na delegacia e 💥️negou as acusações. Segundo ele, a jovem só fez as acusações de assédio sexual porque não obedeceu a uma ordem dele para que parasse de usar o celular durante a aula.

Estudante que acusa professor de colégio no Leblon de assédio conta que abordagens eram on-line e pessoalmente — Foto: Reprodução/ TV Globo 2 de 3 Estudante que acusa professor de colégio no Leblon de assédio conta que abordagens eram on-line e pessoalmente — Foto: Reprodução/ TV Globo

Estudante que acusa professor de colégio no Leblon de assédio conta que abordagens eram on-line e pessoalmente — Foto: Reprodução/ TV Globo

Em uma conversa, o professor diz: “Fala comigo”. A aluna não deu atenção e, algum tempo depois, o professor fez uma nova tentativa. “E o chocolate preferido?”, afirmou o homem. A jovem disse que não queria. E ele respondeu: “Desistiu? Está chateada comigo?”, perguntou o professor.

Ela, então, começou a se incomodar com as abordagens.

Aluna de colégio no Leblon acusa professor de assédio — Foto: Reprodução/ TV Globo 3 de 3 Aluna de colégio no Leblon acusa professor de assédio — Foto: Reprodução/ TV Globo

Aluna de colégio no Leblon acusa professor de assédio — Foto: Reprodução/ TV Globo

Em outra rede social, outro comentário. “💥️Que isso fera”, enviou o homem após a aluna postar uma foto.

Segundo a estudante, ela também passou a ser alvo de comportamento assediador dentro da sala de aula, quando ele passou a fazer gestos em sua direção.

“Eu estava sentada, mexendo no celular. Olhei para ele, ele estava sentado na mesa dele, tipo fazendo gestos, tipo passando a língua nos lábios, me chamando de 💥️delícia, gostosa”, afirmou a jovem.

Segundo a aluna, as abordagens duraram meses, e ela decidiu conversar com a direção da escola. A jovem afirma que não se sentiu acolhida e, por isso, ela e o pai procuraram a polícia e decidiram registrar a ocorrência.

“O professor está ali para ensinar, não para abusar, né? Eu fiquei muito assustado e, aí, preferi resolver da melhor maneira possível, que é na delegacia”, afirmou o pai da estudante.

O advogado da estudante afirmou que a escola foi omissa e que vai pedir que ele seja afastado da escola.

A💥️ Secretaria de Estado de Educação disse que a direção do Colégio Estadual Antônio Maria Teixeira acompanhou a estudante e o professor até a delegacia para registrar o caso.

Segundo a secretaria, o homem foi afastado preventivamente e foi aberta uma sindicância para apurar o caso. A pasta ainda reforçou o compromisso com a ética e o respeito na relação entre servidores e alunos e disse que repudia qualquer forma de assédio.

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