Conheça os principais membros do núcleo político de Lula
Eleito presidente em segundo turno neste domingo (30), Luiz Inácio Lula da Silva se cercou de políticos experientes e de novas lideranças da esquerda para pavimentar o caminho de volta ao Palácio do Planalto – onde, a partir de 1º de janeiro de 2023, deve cumprir seu terceiro mandato como chefe do Executivo nacional.
Além da federação constituída por PT, PCdoB e PV, a coligação registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reuniu o apoio político dos partidos PSB, Solidariedade, PSOL, Rede, Agir, Avante e Pros. No segundo turno, somaram-se os apoios de PDT, Cidadania, PCB, PSTU, PCO e UP.
Nem todas as siglas, no entanto, tiveram papel de destaque no chamado "núcleo político" da campanha.
Durante a disputa eleitoral, Lula chegou a anunciar a intenção de criar ministérios para temas como populações indígenas, previdência, pesca e segurança pública. 💥️Até este domingo, no entanto, o candidato agora eleito não havia anunciado a escolha de nenhum ministro do futuro governo.
Os políticos listados abaixo como membros do "núcleo político" de Lula podem compor parte da Esplanada dos Ministérios ou, ao menos, participar do processo de escolha dos titulares.
A relação inclui petistas históricos, representantes de uma "nova esquerda" no país e até políticos associados à centro-direita – como o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), membro fundador do PSDB.
Outras figuras eminentes do PT – como a ex-presidente Dilma Rousseff, o senador Humberto Costa (PE) e o candidato ao governo do Rio Grande do Sul, Edegar Pretto, também estiveram com Lula em palanques e atuaram na organização da campanha, mas ocuparam posições de menor destaque.
O resultado foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19h57, quando 98,81% das urnas já tinham sido apuradas.
Àquela altura, Lula tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado por Bolsonaro, que contabilizava os outros 49,17% de votos válidos.
Para vencer em segundo turno, o candidato à Presidência precisa superar os 50% de votos válidos – mesmo que seja por apenas um voto.
💥️Veja abaixo quem compõe o núcleo político do presidente eleito:
1 de 19 O ex-governador Geraldo Alckmin durante evento de filiação ao PSB, em 23 de março — Foto: ANTONIO MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
O ex-governador Geraldo Alckmin durante evento de filiação ao PSB, em 23 de março — Foto: ANTONIO MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Vice-presidente eleito neste domingo, Geraldo Alckmin tem 69 anos e esteve no governo do estado de São Paulo por seis mandatos, incluindo dois como vice de Mário Covas. Foi um dos fundadores do PSDB em 1988 e permaneceu no partido até 2023. Neste ano, migrou para o PSB para compor a chapa com Lula.
Em 2006 e 2018, Alckmin foi o candidato do PSDB à Presidência da República. Na primeira vez, chegou ao segundo turno contra Lula (então candidato à reeleição), mas recebeu 39,17% dos votos válidos e foi derrotado. Em 2018, terminou em quarto lugar com 4,76% dos votos – o pior resultado para um candidato do PSDB ao Planalto.
Durante a campanha, o ex-governador atuou de forma ativa como representante de Lula em encontros com setores refratários ao petista.
Confrontado ao longo da campanha com discursos críticos a Lula, feitos na época em que eram opositores na política nacional, Alckmin gravou um vídeo dizendo que "muitos foram enganados por um processo mentiroso e parcial" e que "hoje sabemos a verdade".
2 de 19 Gleisi Hoffmann durante convenção nacional do partido nesta quinta-feira (21), em São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo
Gleisi Hoffmann durante convenção nacional do partido nesta quinta-feira (21), em São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo
Gleisi Hoffmann tem 57 anos e é deputada federal pelo Paraná. Antes, foi senadora entre 2011 e 2023 e ministra-chefe da Casa Civil do primeiro governo Dilma Rousseff. Desde 2017, é a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores.
Gleisi foi uma das interlocutoras do agora presidente eleito durante o tempo em que ele esteve encarcerado. Após a soltura do petista, a presidente nacional do PT seguiu próxima de Lula e foi uma das defensoras da candidatura ao Planalto quando ele ainda estava inelegível. Com o começo da articulação para a campanha, assumiu a função de coordenadora-geral.
Advogada de formação, Gleisi atuou no movimento estudantil e se filiou ao PT no fim dos anos 1990. Trabalhou como assessora parlamentar no Congresso e, em 2002, fez parte da equipe de transição do primeiro governo Lula.
Em 2014, Gleisi foi citada na delação premiada do doleiro Alberto Youssef por, supostamente, ter recebido R$ 1 milhão em propina de contratos da Petrobras, junto com o então marido e ex-ministro Paulo Bernardo, para as eleições de 2010.
Em razão dessa delação, Gleisi e Paulo Bernardo se tornaram réus em 2016 no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva. O casal foi inocentado em 2018 por falta de provas.
3 de 19 Fernando Haddad, candidato do PT ao Governo de São Paulo — Foto: Vincent Bosson/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Fernando Haddad, candidato do PT ao Governo de São Paulo — Foto: Vincent Bosson/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Bacharel em direito, mestre em economia e doutor em filosofia, Fernando Haddad disputou o segundo turno como candidato ao governo de São Paulo, tendo como opositor Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos). O político tem 59 anos, é filiado ao PT desde 1985 e professor da Universidade de São Paulo (USP) desde 1997.
Haddad é tido por petistas como uma das pessoas mais próximas de Lula nos últimos anos. A aproximação entre Lula e Alckmin que resultou na composição da chapa, por exemplo, teve articulação do político.
Entre 2005 e 2012, Haddad foi ministro da Educação dos governos Lula e Dilma. Foi também prefeito de São Paulo entre 2012 e 2015 – na campanha de reeleição, foi derrotado ainda em primeiro turno por João Doria (PSDB).
Em 2018, Haddad foi inicialmente listado como candidato a vice na chapa de Lula – que, àquela altura, estava preso em Curitiba em razão de uma condenação em segunda instância pelo caso do triplex no Guarujá que só seria anulada em 2023.
Em setembro daquele ano, no fim do prazo dado pelo TSE, Haddad assumiu a frente da chapa e anunciou Manuela D'Ávila (PCdoB) como vice. A dupla chegou ao segundo turno e recebeu 47 milhões de votos, mas foi derrotada por Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão.
4 de 19 Guilherme Boulos (PSOL) em evento em São Paulo — Foto: SAULO DIAS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Guilherme Boulos (PSOL) em evento em São Paulo — Foto: SAULO DIAS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
💥️Deputado federal eleito no primeiro turno com a maior votação do país, aos 40 anos, Guilherme Boulos coordenou a pré-campanha e a campanha de Lula em São Paulo, maior colégio eleitoral do país. É um dos membros do "conselho político" da campanha.
Boulos é coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) e seria inicialmente candidato ao governo de SP pelo PSOL – mas firmou acordo com o PT para sair da disputa e, em troca, ser apoiado na campanha à prefeitura de São Paulo em 2024.
Em 2023, Boulos foi o candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo e chegou ao segundo turno, mas foi derrotado por Bruno Covas. Em 2018, Boulos concorreu à Presidência da República pelo PSOL, mas só reuniu 0,58% dos votos válidos.
5 de 19 O ex-presidente Lula e o senador Randolfe Rodrigues, da Rede — Foto: Mateus Bonomi/Agif/Estadão Conteúdo
O ex-presidente Lula e o senador Randolfe Rodrigues, da Rede — Foto: Mateus Bonomi/Agif/Estadão Conteúdo
Um dos integrantes do chamado "conselho político" da campanha de Lula, Randolfe Rodrigues tem 49 anos e é senador pelo Amapá. O político é filiado à Rede Sustentabilidade, que compôs federação com o PSOL e está na coligação da chapa Lula-Alckmin.
Formado em história, foi deputado estadual do Amapá entre 1999 e 2006. É senador desde 2010, com mandato até 2026. Em 2023, foi vice-presidente da CPI da Covid no Senado.
6 de 19 Lula (PT) durante coletiva com Carlos Lupi, presidente do PDT — Foto: Reprodução
Lula (PT) durante coletiva com Carlos Lupi, presidente do PDT — Foto: Reprodução
Presidente nacional do PDT, Carlos Lupi entrou na campanha petista após a derrota de Ciro Gomes, candidato do partido à Presidência.
Ao lado de Lula, Lupi tem participado das negociações para ampliar apoio político à chapa Lula-Alckmin no Rio de Janeiro.
No primeiro governo Lula (2003-2006), Lupi defendeu que o partido não se aliasse ao PT – o apoio só viria em 2007, quando o político foi nomeado ministro do Trabalho e Emprego.
Lupi e o PDT só deixaram a base de governo no primeiro ano da gestão Dilma Rousseff, após denúncias de propina no Ministério do Trabalho para regularizar sindicatos e ONGs. Em 2018, e até o primeiro turno de 2022, o PDT de Carlos Lupi evitou alianças com o PT e preferiu lançar Ciro Gomes ao Planalto, sem sucesso.
7 de 19 Simone Tebet apoia Lula no segundo turno — Foto: Getty Images
Simone Tebet apoia Lula no segundo turno — Foto: Getty Images
Senadora e terceira colocada na disputa à Presidência, após uma campanha contestada por membros do próprio MDB, Simone Tebet (MDB-MS) é mestre em direito e professora universitária.
Filiada ao MDB, a candidata defendeu o impeachment de Dilma Rousseff em 2016 e declarou voto em Jair Bolsonaro em 2018 – mas disse ter se arrependido dessa escolha. Ganhou notoriedade em 2023 ao participar da CPI da Covid no Senado.
Tebet anunciou apoio a Lula três dias após a votação do primeiro turno e, em troca, o PT passou a encampar propostas do plano de governo da senadora. Uma das sugestões de Tebet mudou os rumos da própria campanha: o uso da cor branca como alternativa ao vermelho associado ao petismo (e ao antipetismo).
Ao longo do segundo turno, Simone Tebet se tornou uma das militantes mais ativas da linha de frente da campanha. Chegou a participar de eventos e de vídeos da campanha eleitoral sozinha, sem Lula ou Alckmin a seu lado. É cotada para assumir ministérios como Agricultura ou Educação no próximo governo.
8 de 19 André Janones (Avante) na Central das Eleições, na GloboNews — Foto: Marcos Serra Lima/g1
André Janones (Avante) na Central das Eleições, na GloboNews — Foto: Marcos Serra Lima/g1
Projetado ao debate político durante a greve dos caminhoneiros em 2018, André Janones (Avante-MG) começou o período eleitoral como quarto colocado nas pesquisas de intenção de voto ao Planalto.
Surpreso com o desempenho e cortejado frequentemente pela cúpula do PT, Janones abriu mão da candidatura no fim do prazo definido pelo TSE e mergulhou na campanha petista.
Ex-filiado ao PT, o deputado federal reeleito por Minas Gerais levou consigo os apoios do Agir e do Avante. Desde então, Janones tem atuado no núcleo de redes sociais da campanha e na coordenação de comunicação da campanha. De forma independente, também passou a agir como um "espelho" de bolsonaristas radicais nas redes sociais.
9 de 19 Marina Silva em ato em defesa da democracia, em São Paulo — Foto: Celso Tavares/g1
Marina Silva em ato em defesa da democracia, em São Paulo — Foto: Celso Tavares/g1
Distante de Lula por 14 anos – segundo ela, apenas politicamente –, a ex-senadora Marina Silva se reaproximou do político há menos de dois meses. Marina fundou o PT no Acre e chefiou o Ministério do Meio Ambiente entre 2003 e 2008, mas deixou o partido em 2009 após desgastes com o governo.
Em 2010, já no PV, Marina disputou o primeiro turno das eleições presidenciais, mas foi derrotada por Dilma Rousseff, apadrinhada por Lula. Quatro anos depois, sem conseguir finalizar o registro da Rede Sustentabilidade, filiou-se ao PSB para ser vice na chapa de Eduardo Campos – e assumiu o comando da candidatura após a morte do político em um acidente de helicóptero.
Derrotada novamente nas urnas, após uma dura campanha contra o PT e o PSDB, Marina se afastou ainda mais do antigo partido, a quem chamou de "criador" do fenômeno das fake news eleitorais.
Em 2018, Marina foi novamente candidata à presidência pela Rede, mas conseguiu apenas 1% dos votos. Agora, em 2022, disputou pela primeira vez uma vaga na Câmara dos Deputados por São Paulo e foi eleita com 237.521 votos. A parlamentar é cotada para voltar ao Ministério do Meio Ambiente no novo governo Lula.
10 de 19 Aloizio Mercadante em foto de 2016 — Foto: Vagner Campos/G1
Aloizio Mercadante em foto de 2016 — Foto: Vagner Campos/G1
Responsável pela amarração do plano de governo da campanha, Aloizio Mercadante tem 68 anos e também é membro fundador do Partido dos Trabalhadores. Atualmente, preside a Fundação Perseu Abramo – braço acadêmico do partido.
Mercadante já tinha coordenado as campanhas presidenciais de Lula e os programas de governo dessas campanhas em 1989 e 2002. Em 1994, foi candidato a vice na chapa de Lula.
Ao longo dos governos Dilma, Mercadante ocupou três pastas na Esplanada dos Ministérios – Educação, por duas vezes, Casa Civil e Ciência e Tecnologia. Foi também senador e deputado federal por São Paulo entre 1991 e 2011.
Mercadante chegou a ser citado na delação do ex-senador petista Delcídio do Amaral, em 2016, por supostamente ter agido para evitar que Delcídio firmasse colaboração com a Justiça. O MP chegou a denunciar Mercadante, mas a Justiça Federal determinou o arquivamento da apuração.
11 de 19 Luiz Dulci em evento de 2018 — Foto: Jordana Mercado/CNTE/Reprodução
Luiz Dulci em evento de 2018 — Foto: Jordana Mercado/CNTE/Reprodução
Professor e sindicalista, Luiz Dulci é mais um dos membros fundadores do PT que, ainda hoje, atuam como conselheiros de Lula. O político tem 66 anos e, além de Lula, é o único integrante do PT a estar na direção do partido desde a fundação em 1980.
Ao lado de assessores antigos de Lula, o ex-ministro é conhecido por ser um dos responsáveis pelos discursos escritos do petista. Durante a campanha, esteve à frente, por um período, da agenda de compromissos do agora presidente eleito.
O político coordenou a campanha presidencial do PT em 2002 e foi ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República do primeiro ao último dia dos dois governos Lula (2003-2010). Hoje, atua como assessor do Instituto Lula.
12 de 19 Gilberto Carvalho em imagem de 2016 — Foto: Ueslei Marcelino / Reuters
Gilberto Carvalho em imagem de 2016 — Foto: Ueslei Marcelino / Reuters
Gilberto Carvalho também é membro fundador do PT. Foi chefe de gabinete de Lula nos oito anos de mandato no Palácio do Planalto e, à época, era apontado como um dos principais conselheiros do então presidente.
O ex-ministro foi responsável por fazer a ponte entre a campanha e movimentos sociais na campanha deste ano. Após o afastamento de Dulci, cuidou também da agenda de Lula.
Carvalho sucedeu Luiz Dulci na Secretaria-Geral da Presidência, pasta que chefiou durante todo o governo Dilma Rousseff (2011-2014).
Por ter chefiado o gabinete de Lula, Gilberto Carvalho foi denunciado à Justiça junto com o ex-presidente e ministros no âmbito da operação Zelotes. A acusação era de que o grupo tinha recebido propina para editar uma MP que favorecia o setor automotivo. A Justiça Federal absolveu os denunciados em 2023.
13 de 19 Deputado federal José Guimarães — Foto: Gustavo Bezerra/PT/Divulgação
Deputado federal José Guimarães — Foto: Gustavo Bezerra/PT/Divulgação
Vice-presidente nacional do PT, José Guimarães é deputado federal há quatro mandatos consecutivos (2007-2022).
Em 2022, Guimarães coordenou o Grupo de Trabalho Eleitoral do PT. Na campanha de Lula ao Planalto, foi integrante da coordenação política.
Formado em direito, trabalhou como bancário e se juntou ao PT em 1985. Participou da coordenação das campanhas de Lula em 1989 e 2002, e foi líder do governo Dilma na Câmara em 2013.
Guimarães foi citado em um dos principais escândalos do primeiro governo Lula, em 2005, quando um assessor de seu gabinete na Câmara foi flagrado no aeroporto de Congonhas (SP) portando dinheiro em uma mala e na cueca. O parlamentar, no entanto, foi absolvido desse caso em 2012.
14 de 19 Jaques Wagner — Foto: GloboNews
Jaques Wagner — Foto: GloboNews
Jaques Wagner tem 71 anos e é mais um membro fundador do PT na lista. O político foi o primeiro ministro do Trabalho e Emprego de Lula, ficando no cargo por pouco mais de um ano. Também foi ministro da Secretaria de Relações Institucionais de Lula, entre 2005 e 2006, e ministro da Defesa de Dilma em 2015.
Em 2018, segundo relatos de membros do partido, Wagner foi um dos nomes sugeridos para substituir Lula – então inelegível – na chapa ao Planalto. Após declinar, atuou como coordenador político da campanha de Haddad. Em 2022, integrou a coordenação política da campanha.
Em 2016, comandava a Casa Civil de Dilma e abriu mão do cargo para abrir espaço para a nomeação do ex-presidente Lula. A indicação foi anulada pelo ministro do STF Gilmar Mendes – que apontou na movimentação uma tentativa de dar foro privilegiado a Lula para driblar a Lava Jato.
Fora do governo federal, Jaques Wagner foi governador da Bahia por dois mandatos, de 2007 a 2015, e é senador pela Bahia desde 2018 – ou seja, ainda tem quatro anos de mandato.
15 de 19 O ex-presidente Lula (PT) ao lado do ex-governador do Piauí, Wellington Dias, que coordena a campanha ao Planalto do petista em 2022. — Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
O ex-presidente Lula (PT) ao lado do ex-governador do Piauí, Wellington Dias, que coordena a campanha ao Planalto do petista em 2022. — Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Wellington Dias tem 60 anos e é o coordenador da campanha de Lula no Nordeste. Senador eleito nestas eleições pelo Piauí, Dias foi um dos integrantes da coordenação política da campanha. Com bom trânsito, representou Lula em encontros com empresários e outros setores.
Ao todo, Wellington Dias governou o Piauí por quatro mandatos: entre 2006 e 2010, e entre 2014 e 2022. Em 2010, foi eleito senador pelo estado – a suplente Regina Sousa, também do PT, assumiu o cargo de 2015 a 2018.
Em evento da campanha presidencial em setembro, Dias afirmou que um eventual terceiro mandato de Lula seria um "governo de centro, mas com responsabilidade social".
16 de 19 Economista Guilherme Mello em imagem de 2018 — Foto: Celso Tavares/G1
Economista Guilherme Mello em imagem de 2018 — Foto: Celso Tavares/G1
O economista Guilherme Mello foi o economista da campanha de Fernando Haddad ao Planalto, em 2018, e agora ocupa posto semelhante na campanha de Lula. Oficialmente, é membro de uma comissão responsável por redigir o programa de governo – mas, ao longo da campanha, foi o "porta-voz" da área econômica da campanha em compromissos de imprensa e com empresários.
Mello defende, entre outras medidas, a revogação do teto de gastos e a manutenção da autonomia do Banco Central – contraposta com uma atuação mais intensa do governo para frear a inflação.
Para além da atuação partidária, Guilherme Mello é professor de economia e coordenador de uma pós-graduação no Instituto de Economia da Unicamp.
17 de 19 Presidente Lula registra foto do ministro Franklin Martins e do comandante Fidel Castro, em imagem de 2010 — Foto: Ricardo Stuckert / PR
Presidente Lula registra foto do ministro Franklin Martins e do comandante Fidel Castro, em imagem de 2010 — Foto: Ricardo Stuckert / PR
Franklin Martins tem 74 anos e ficou conhecido em todo o país pela carreira como jornalista em empresas como Globo e Band. Entre 2007 e 2010, comandou a Secretaria de Comunicação Social do segundo governo Lula.
Na juventude, foi líder estudantil durante a ditadura militar e chegou a ser preso, em outubro de 1968, durante participação em um congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE).
No começo deste ano, a comunicação de campanha do PT chegou a afastar o marqueteiro Augusto Fonseca, ligado a Martins. O jornalista, no entanto, continuou aconselhando Lula e assessorando a campanha, embora com funções reduzidas.
18 de 19 Celso Amorim no Programa Roberto D'Ávila, na GloboNews — Foto: Reprodução/GloboNews
Celso Amorim no Programa Roberto D'Ávila, na GloboNews — Foto: Reprodução/GloboNews
Celso Amorim tem 80 anos, é diplomata de carreira desde 1965 e filiado ao PT desde 2009 – antes, foi filiado por 30 anos ao atual MDB, embora não tenha atuado no partido.
Amorim foi ministro das Relações Exteriores do Brasil por quase 10 anos, incluindo a segunda metade do governo Itamar Franco e a íntegra dos dois mandatos de Lula. No governo Dilma, entre agosto de 2011 e o fim de 2014, foi ministro da Defesa.
Ao longo da campanha, Celso Amorim foi apontado como o principal conselheiro de Lula para assuntos internacionais – um dos principais temas abordados pelo candidato do PT para criticar a gestão Bolsonaro.
19 de 19 Paulo Okamotto, diretor do Instituto Lula — Foto: PT/Divulgação
Paulo Okamotto, diretor do Instituto Lula — Foto: PT/Divulgação
Paulo Okamotto e Lula se conheceram ainda no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, no início dos anos 1980, quando ambos eram operários. Já no fim da década, em 1989, Okamotto foi tesoureiro da primeira campanha presidencial de Lula.
Entre 2003 e 2010, pelos oito anos de governo Lula, Paulo Okamotto foi presidente do Sebrae. Em seguida, em 2011, ajudou a fundar o Instituto Lula, do qual ainda é presidente de honra.
Okamotto é considerado um dos amigos mais próximos de Lula, embora nunca tenha ocupado cargo político na Esplanada dos Ministérios ou no chamado "núcleo duro" do governo. Além de conselheiro de Lula, atuou como coordenador de logística da campanha.
O que você está lendo é [Conheça os principais membros do núcleo político de Lula].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
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