SP tem pelo menos 93 trechos de rodovias parcialmente interditados por bolsonaristas neste feriado de Finados

Apesar dos apelos das autoridades paulistas, o estado de São Paulo ainda tem pelo menos 93 trechos de rodovias parcialmente interditados nesta quarta-feira (2) por grupos bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições, segundo o último balanço divulgado pela Polícia Militar.

De acordo com as autoridades, 193 trechos foram liberados e não há nenhuma rodovia totalmente interditada.

A Tropa de Choque da Polícia Militar foi acionada novamente nesta quarta para fazer a desobstrução das vias.

A concessionária CCR aponta que há interdição na rodovia 💥️Castelinho 💥️– Sorocaba (km 8) em ambos os sentidos.

Já a Raposo Tavares e as Marginais do Tietê e Pinheiros, na capital paulista, não apresentam bloqueios nesta quarta.

Na rodovia Anhanguera, as interdições são nos seguintes trechos:

Já na rodovia Presidente Dutra, que é federal, há pelo menos três pontos de bloqueios no sentido Rio de Janeiro: em São José dos Campos (km 148), em Jacareí (km 161) e em Caçapava (km 130).

Na Fernão Dias, que também é federal, há bloqueio no km 677,7, em Perdões, sentido São Paulo. E na Régis Bittencourt, um bloqueio no km 67, em Quatro Barras, no sentido SP e no sentido Curitiba.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o trabalho da polícia é “contínuo", e as tropas especiais Choque e BAEPs pelo interior "apoiarão onde for preciso".

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Interdição nesta terça-feira (2) na rodovia Raposo Tavares, altura do km 101. — Foto: Reprodução/TV Globo 1 de 2 Interdição nesta terça-feira (2) na rodovia Raposo Tavares, altura do km 101. — Foto: Reprodução/TV Globo

Interdição nesta terça-feira (2) na rodovia Raposo Tavares, altura do km 101. — Foto: Reprodução/TV Globo

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), disse na terça-feira (1) que havia determinado multa de R$ 100 mil por hora para cada caminhão que bloqueia as rodovias de São Paulo.

“Em virtude da decisão do Supremo Tribunal Federal, as negociações se encerram e a partir de agora nós vamos aplicar o que determina a decisão judicial. Iniciando com multas de R$ 100 mil por hora em cada veículo que esteja contribuindo com essa obstrução. A partir também daí fichando e eventualmente prendendo os manifestantes que, porventura, resistirem a desobstruir as vias e, se necessário, emprego de uso de força”, disse Garcia.

“As eleições acabaram e nós vivemos num país democrático. São Paulo respeita o resultado das urnas e nenhuma manifestação vai fazer com a democracia do brasil retroceda”, declarou.

Nesta segunda (31), o Ministério Público de SP constituiu um núcleo de atuação Integrada composto por membros da Promotoria de Justiça da Habitação e do Urbanismo da Capital e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para investigar em que circunstâncias estão ocorrendo os bloqueios.

Segundo o procurador-geral do estado, Mário Sarrubbo, os bolsonaristas fazem parte de uma organização criminosa que está atentando contra o estado democrático de direito no Brasil.

"O Gaeco está investigando porque, na visão do Ministério Público, trata-se de uma organização criminosa que está atentando contra o estado democrático de direito no Brasil. Trata-se de uma manifestação de desrespeito ao resultado das urnas, de desrespeito à vontade do povo brasileiro, de maneira que o Ministério Público não se curvará a quem quer que seja, e defenderemos a democracia e trabalharemos pela paz da população do estado de São Paulo e do Brasil de forma absolutamente intransigente."

Sarrubbo chegou a dizer que empresários podem estar envolvidos na organização dos bloqueios ilegais das estradas.

“Caminhoneiros estão alguns voluntariamente, mas muitos deles dentro de uma grande organização as vezes até por ordem dos proprietários dos caminhões, que são grandes empresas. Então empresariado, aqueles envolvidos, haverão de responder por estes fatos e por crimes graves como por exemplo organização criminosa, a lei do crime organizado que todos conhecem”, declarou o procurador paulista.

O procurador-geral do estado, Mário Sarrubbo. — Foto: Divulgação/GESP 2 de 2 O procurador-geral do estado, Mário Sarrubbo. — Foto: Divulgação/GESP

O procurador-geral do estado, Mário Sarrubbo. — Foto: Divulgação/GESP

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