Em conversa, Alckmin e Tarcísio buscam alinhar colaboração entre SP e governo federal

 Tarcísio de Freitas, governador eleito de São Paulo — Foto: Fábio Tito/g1 1 de 1 Tarcísio de Freitas, governador eleito de São Paulo — Foto: Fábio Tito/g1

Tarcísio de Freitas, governador eleito de São Paulo — Foto: Fábio Tito/g1

Adversários no plano eleitoral, Geraldo Alckmin e Tarcísio de Freitas conversaram nesta semana, por telefone, em busca de colaboração entre governo paulista e o governo federal.

Alckmin, que é vice de Lula, deu os parabéns pela vitória de Tarcísio e se colocou à disposição para colaborar com o governo paulista - o qual governou por 14 anos (2001 a 2006 e 2011 a 2018).

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Tarcísio foi na mesma linha: cumprimentou o futuro vice-presidente pela vitória e disse que Alckmin poderia contar com ele. Tarcísio tem repetido, nos bastidores, que “São Paulo precisa ajudar o Brasil, e o Brasil precisa ajudar São Paulo”.

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Tarcísio foi um dos primeiros aliados de Jair Bolsonaro a não só reconhecer a derrota do presidente no domingo como a afirmar que buscaria um alinhamento com o governo federal.

O novo governador de São Paulo, exatamente por ter perfil de conciliador, atua nos bastidores como bombeiro de crises como a mais recente: o silêncio de Bolsonaro após a vitória de Lula.

Tarcísio conversou com ministros do STF e com o próprio Bolsonaro.

Segundo o blog apurou, o ex-ministro lembrou ao ex-chefe que ele é, hoje, o principal líder da direita no país e que, se não se pronunciasse, poderia queimar seu capital político para um eventual 2026. Também foi lembrado a ele que era importante sinalizar que a eleição havia acabado já que - de governadores ao setor produtivo - ele começaria a ser abandonado.

Após a costura de nomes como Tarcísio, Bolsonaro falou.

Apesar de ter sido eleito como candidato de Bolsonaro, Tarcísio não se enquadra no perfil de bolsonarista raiz - nem é visto assim por colegas e, até, adversários políticos como Fernando Haddad.

Tarcísio trabalhou no governo Dilma - Temer e só conheceu Bolsonaro depois que o presidente foi eleito em 2018. Bolsonaro, impressionado com o currículo de Tarcísio (entre outros pontos, formou-se em 1° lugar no Instituto Militar de Engenharia, o IME), o indicou para o ministério da Infraestrutura.

Agora, eleito para o governo de São Paulo, Tarcísio terá de driblar o assédio bolsonarista de desempregados do governo federal, assim que o presidente deixar o cargo.

O novo governador de São Paulo também é citado como um dos nomes para sucessão presidencial no campo da direita em 2026 ao lado de Romeu Zema.

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