Primeiro-ministro de Israel perde eleições e parabeniza oponente

Yair Lapid deixa púlpito após falar com seus apoiadores, em 2 de novembro de 2022 — Foto: Amir Cohen/Reuters 1 de 1 Yair Lapid deixa púlpito após falar com seus apoiadores, em 2 de novembro de 2022 — Foto: Amir Cohen/Reuters

Yair Lapid deixa púlpito após falar com seus apoiadores, em 2 de novembro de 2022 — Foto: Amir Cohen/Reuters

O primeiro-ministro de Israel, Yair Lapid, parabenizou nesta quinta-feira (3) seu opontente Benjamin Netanyahu por sua vitória nas eleições.

Os resultados finais da votação de terça-feira confirmaram o retorno triunfante do ex-primeiro-ministro à frente de uma aliança solidamente de direita. Ele conquistou uma clara maioria parlamentar: sua aliança conquistou 64 dos 120 assentos do Parlamento.

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A vitória de Netanyahu pode encerrar um impasse em Israel, que fez cinco eleições em menos de quatro anos.

Netanyahu ainda precisa ser oficialmente encarregado pelo presidente de formar um governo, um processo que pode levar semanas.

A mídia israelense afirma que o novo governo pode ser apresentado em meados do mês. Coalizões anteriores nos últimos anos tiveram maiorias parlamentares mais estreitas que as tornaram vulneráveis a moções de desconfiança.

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Netanyahu concorreu em um grupo que juntou partidos ultranacionalistas e religiosos.

Lapid, o atual primeiro-ministro, concorreu em uma aliança que juntou conservadores, liberais e políticos árabes. Durante os 18 meses em que estiveram no poder, eles fizeram acordos diplomáticos com a Turquia e o Líbano e mantiveram a economia funcionando.

No entanto, o conflito com os palestinos ressurgiu e desencadeou as tensões judaico-árabes dentro de Israel.

Itamar Ben-Gvir, um dos políticos da aliança de Netanyahu, afirmou em uma rede social que "chegou a hora de impor a ordem aqui, chegou a hora de haver um senhorio". Ele estava respondendo a um esfaqueamento relatado pela polícia de Jerusalém. Ben-Gvir é um colono da Cisjordânia e ex-membro do Kach, um grupo militante judeu nas listas de terroristas de Israel e dos EUA. Ele quer se tornar ministro da polícia.

Com as negociações de construção da coalizão ainda para começar oficialmente, ainda não está claro qual posição Ben-Gvir pode ter em um futuro governo. Desde a eleição, ele e Netanyahu se comprometeram a servir a todos os cidadãos.

Mas a ascensão de Ben-Gvir despertou preocupação entre a minoria árabe de 21% da população e também judeus de centro-esquerda.

Na Cisjordânia, tropas mataram um militante da Jihad Islâmica e um homem de 45 anos em um incidente separado, disseram médicos. Questionado sobre a última morte, o exército disse que abriu fogo quando os palestinos os atacaram com pedras e coquetéis molotov.

Embora Washington tenha reservado publicamente o julgamento até a formação da nova coalizão israelense, um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA enfatizou na quarta-feira os "valores compartilhados" dos países.

"Esperamos que todos os funcionários do governo israelense continuem a compartilhar os valores de uma sociedade aberta e democrática, incluindo tolerância e respeito por todos na sociedade civil, particularmente por grupos minoritários", disse o porta-voz.

O embaixador dos EUA em Israel, Thomas Nides, disse que conversou com Netanyahu e disse que espera "trabalhar juntos para manter o vínculo inquebrável".

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