Putin completa convocação de 300 mil reservistas e anuncia alistamento de condenados por crimes graves

O presidente russo, Vladimir Putin, durante evento na Praça Vermelha, em Moscou, pelo Dia da Unidade Nacional. — Foto: Grigory Sysoyev/ Sputnik/ Kremlin Pool Photo via AP 1 de 1 O presidente russo, Vladimir Putin, durante evento na Praça Vermelha, em Moscou, pelo Dia da Unidade Nacional. — Foto: Grigory Sysoyev/ Sputnik/ Kremlin Pool Photo via AP

O presidente russo, Vladimir Putin, durante evento na Praça Vermelha, em Moscou, pelo Dia da Unidade Nacional. — Foto: Grigory Sysoyev/ Sputnik/ Kremlin Pool Photo via AP

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou nesta sexta-feira (4) que completou a convocação de 300 mil reservistas anunciada em setembro. Agora, o líder russo alistará, obrigatoriamente, pessoas condenadas por crimes graves no país.

Nesta manhã, Putin assinou uma lei que prevê a convocação de prisioneiros, de acordo com a agência de notícias estatal russa Interfax.

A nova convocação gerou temores de que Moscou esteja planejando uma ação de longo prazo na Ucrânia, com reposição de tropas.

Mais cedo, o presidente russo afirmou que as Forças Armadas do país já conseguiram convocar 318 mil reservistas, quantidade média prevista no anúncio inicial da polêmica medida, no fim de setembro. A maioria deles são jovens que não tinham qualquer experiência com o Exército.

Em 21 de setembro, em um discurso televisionado sem precedentes desde o início da guerra da Ucrânia, Putin anunciou a convocação de reservistas, o que gerou revolta de parte da população e fuga de centenas de jovens do país.

Foi a primeira vez que o líder russo - que durante muito tempo tentava evitar a narrativa de guerra dentro do país, inclusive proibindo todos os meios de comunicação de mencioná-la - levou o conflito para dentro de seu território.

O anúncio gerou também uma série de protestos por toda a Rússia - o que, por lá, é ilegal.

A medida foi parte de uma tentativa de Moscou de retomar o controle na guerra, após a Ucrânia começar uma forte operação de reconquista dos territórios controlados por forças russas, com apoio logístico e militar de países do Ocidente.

A resposta de Putin marcou uma nova fase na guerra da Ucrânia, que incluiu o retorno dos bombardeios a Kiev.

Em outubro, a capital ucraniana voltou a ser alvo de ataque após cinco meses de "normalidade". Era uma retaliação, segundo o presidente russo, Vladimir Putin, a explosões que atingiram a ponte da Crimeia, a península ucraniana anexada pela Rússia em 2014. Putin acusou a Ucrânia, que nunca se pronunciou oficialmente sobre o ataque.

A Ponte da Crimeia é a única ligação por terra entre a Rússia e a península anexada, e foi inaugurada pelo próprio Vladimir Putin em 2018. Portanto, a explosão também tem sido vista como um ataque ao orgulho de Putin - o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já disse que a guerra da Ucrânia começou e vai terminar pela Crimeia.

As explosões em Kiev marcam também uma escalada das tensões na guerra, que nos últimos meses ficou focada em investidas russas no leste e no sul.

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