Deputado francês de extrema direita diz 'volte para a África' a colega; Assembleia corta salário e o proíbe de e

A Assembleia Nacional Francesa cortou o salário de um deputado de extrema direita e o proibiu temporariamente de entrar no ambiente legislativo por ele ter berrado “volte pra África” a um colega dele que estava discursando durante uma sessão.

Quem gritou foi Gregoire de Fournas, um parlamentar do partido Reagrupamento Nacional.

Gregoire de Fournas, deputado de extrema direita da França que gritou 'volte para a África' para um colega — Foto: Reprodução/Assembleia Nacional Francesa 1 de 2 Gregoire de Fournas, deputado de extrema direita da França que gritou 'volte para a África' para um colega — Foto: Reprodução/Assembleia Nacional Francesa

Gregoire de Fournas, deputado de extrema direita da França que gritou 'volte para a África' para um colega — Foto: Reprodução/Assembleia Nacional Francesa

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O deputado de esquerda que foi interrompido era Carlos Martens Bilongo. Ele fazia uma pergunta sobre imigração.

O insulto de Fournas foi qualificado como racista e inaceitável pelo governo da França, pela esquerda na Assembleia e também pela direita.

A extrema direita negou que de Fournas tenha dirigido suas palavras a Martens Bilongo, dizendo que se referia a migrantes da África atualmente presos em um barco de ONG no Mediterrâneo, e que não havia nada de errado nisso.

O deputado francês Carlos Martens Bilongo ouviu 'volte para a África' de um colega de Assembleia Nacional — Foto: Manuel Ausloos/Reuters 2 de 2 O deputado francês Carlos Martens Bilongo ouviu 'volte para a África' de um colega de Assembleia Nacional — Foto: Manuel Ausloos/Reuters

O deputado francês Carlos Martens Bilongo ouviu 'volte para a África' de um colega de Assembleia Nacional — Foto: Manuel Ausloos/Reuters

A Assembleia Nacional votou a favor das sanção a Fournas —todos os partidos aprovaram a medida, exceto o Reagrupamento Nacional.

A presidente da Assembleia Nacional, Yael Braun-Pivet, afirmou que o debate democrático livre não permite tudo, e que o racismo, especialmente, é uma das coisas que estão proibidas.

Fournas perderá metade de seu salário por dois meses e será proibido de entrar na assembleia por 15 dias.

Essa foi a segunda sanção imposta desse tipo que o parlamento francês já impôs.

Centenas de manifestantes se reuniram em frente ao Parlamento na sexta-feira antes da decisão das sanções.

O Reagrupamento Nacional é o partido de Marine Le Pen. É o segundo maior na Assembleia, com 89 parlamentares. O partido rejeitou as acusações de racismo, e acusou os oponentes de deturpar o que Fournas disse.

Le Pen tentou desintoxicar a imagem de seu partido e convencer os eleitores de que ela se moveu para o centro nos últimos anos. Ela pediu aos parlamentares que ajudem a continuar projetando uma imagem mais moderada.

No governo e na esquerda disseram que os comentários de Fournas e a reação de seu partido mostraram a verdadeira face de um partido que não mudou de verdade.

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