Grupo de passinho de Manguinhos transforma as vidas de seus integrantes
Projetos sociais que unem a música, cultura e solidariedade existem na maior parte das favelas do Rio porque essa é uma receita que ajuda a mudar o destino de jovens das periferias.
No embalo da música, vão se abrindo oportunidades. A cada passo dado, o começo da mudança.
Em Manguinhos, tem um encontro do passinho que rola toda semana. Se a cultura do funk carioca fosse um reino, ele já teria seus imperadores.
"O Imperadores da Dança é precursor no estilo. A gente também virou um projeto social. A gente ensina passinho para quem não sabe, coloca os moleques no mercado de trabalho e fomenta trabalho como MC, dançarino, DJ e produtores. Muitas pessoas viajaram, compraram casa, e vive de passinho", disse o idealizador do Imperadores da Dança, Severo dos Santos.
O Iguinho Imperador é a prova viva da passagem desse império por terras bem distantes daqui de onde ele nasceu.
"O passinho alegria minha vida inteira, superação, oportunidade. Me surpreendeu muito porque no começo, antigamente, dança não ia te levar a lugar algum e eu tive o prazer de representar o meu país nas Paralimpíadas de 2012, 2014. E hoje eu tenho um pequeno probleminha pulmonar que tava me impedindo de andar, de fazer tudo, entrei numa depressão há pouco tempo e meus amigos e a minha família, a minha arte está me deixando não desistir".
Por aqui os Imperadores da Dança são famosos por conquistar mais do que lugares dançando funk – o grupo revoluciona vidas.
"O império é como se fosse uma revolução na minha vida. Porque eu sou cria da Baixada, sou lá de Itaguaí, eu vim de lá pra tentar alguma coisa melhor aqui na Zona Norte. Estou trabalhando só com isso. Eu vivo disso, moro sozinha, pago meu aluguel. Tudo que eu faço é através da dança, eu me sustento através disso", afirmou Vitorinha
Mas o passinho dá oportunidade na favela?
"Dá para caramba. Para mim, a verdadeira MPB é o samba, o funk e o sertanejo. A verdadeira MPB, que está na favela, todo mundo escuta, e o passinho é a dança do funk. E os moleques aprendem o passinho e conseguem viver de passinho graças a Deus. E o passinho também virou patrimônio imaterial da cidade do Rio de Janeiro", diz Severo.
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