'Vivo de doação', diz homem que mora em barraca na Av. Paulista; cidade de SP tem 2,8 milhões de pessoas com fom

A cidade de São Paulo tem 2,8 milhões de pessoas vivendo em situação de miséria ou extrema vulnerabilidade. Um projeto do começo do ano criou o Fundo Municipal de Combate à Fome, aprovado pela Câmara e sancionado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), mas ainda não saiu do papel.

Aparecido de Jesus Souza é um dos que moram em uma barraca na Avenida Paulista. Segundo ele, há cinco anos vive nas calçadas da via. Antes, morava de aluguel em Poá (SP). Os últimos empregos dele com carteira assinada foram como porteiro e jardineiro há mais de 20 anos.

Os R$ 600 que ele recebe de Auxílio Emergencial não são suficientes para manter todas as refeições. Com a queda nas doações, tudo ficou mais difícil.

Avenida Paulista tem pessoas e situação de rua — Foto: Reproduçã/TV Globo 1 de 2 Avenida Paulista tem pessoas e situação de rua — Foto: Reproduçã/TV Globo

Avenida Paulista tem pessoas e situação de rua — Foto: Reproduçã/TV Globo

Em dezembro do ano passado, a Câmara de São Paulo aprovou um projeto para criar o Fundo Municipal de Combate à Fome.

Famílias vivem na miséria em São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo 2 de 2 Famílias vivem na miséria em São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo

Famílias vivem na miséria em São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) o sancionou e a criação do fundo foi publicada em Diário Oficial em 25 de janeiro deste ano. Quase 10 meses depois, ele ainda não saiu do papel.

A vereadora Luana Alves (PSOL), coautora do projeto, disse que o fundo deve ser composto por uma parte em dinheiro da prefeitura, previsto em orçamento, e outra parte com doações de empresas e outras receitas que podem ser definidas.

A parlamentar explicou que os recursos deveriam ser aplicados de forma exclusiva em programas de nutrição e segurança alimentar.

Um levantamento da Fundação Seade mostra que há 690.919 famílias em situação de extrema pobreza na cidade de São Paulo e 2,8 milhões de pessoas. São famílias que estão registradas no CadÚnico, que vivem com renda per capita de até R$ 105.

“A fome diz respeito a uma série de ausências, por assim dizer. Ausência de emprego, ausência de políticas de abastecimento alimentar, ausência de desenvolvimento local. Portanto, cabe ao poder público, em qualquer circunstância, promover iniciativas governamentais que visem combater essa situação dramática”, disse Eduardo Grin, professor de administração pública da FGV.

Ricardo Nunes disse ao 💥️SP2 que a prefeitura já tem uma conta para receber doações de empresas e da sociedade civil, que é a 💥️spcidadesolidaria.org, e que tem também um programa de segurança alimentar para onde foram destinados R$ 190 milhões.

“Nós temos um canal que já está estruturado e que é divulgado, já fizemos várias campanhas de divulgação. Independentemente de onde entram as doações, onde entra o recurso, o importante é a destinação que a gente dá para o alimento, que a gente está distribuindo 15 mil refeições por dia e 5.000 cestas básicas por dia.”

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