Após liminar, TRE-SP confirma vaga de deputado federal para Paulo Teixeira, do PT, no lugar de Pablo Marçal

Pablo Marçal (PROS) e Paulo Teixeira (PT) que travam disputa judicial no TSE para assumir mandato de deputado federal por SP em 2023. — Foto: Montagem/Divulgação 1 de 2 Pablo Marçal (PROS) e Paulo Teixeira (PT) que travam disputa judicial no TSE para assumir mandato de deputado federal por SP em 2023. — Foto: Montagem/Divulgação

Pablo Marçal (PROS) e Paulo Teixeira (PT) que travam disputa judicial no TSE para assumir mandato de deputado federal por SP em 2023. — Foto: Montagem/Divulgação

O Tribunal Regional Eleitoral de SP (TRE-SP) decidiu nesta terça-feira (8) retomar a condição de Paulo Teixeira (PT) como deputado federal eleito.

Com isso, a candidatura do coach messiânico Pablo Marçal (PROS) passou a constar como “Indeferida com Recurso” e ele perdeu o direto de assumir o mandato parlamentar até que o registro da candidatura dele seja julgada em definitivo pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo TRE-SP, a segunda retotalização dos votos em São Paulo se deu depois da liminar concedida à coligação de Paulo Teixeira contra a candidatura de Marçal pelo ministro do TSE, Ricardo Lewandowski.

No primeiro turno de 2022, Marçal obteve 243.029 votos, enquanto Paulo Teixeira havia conquistado 122.800 votos na eleição.

Porém, a coligação que elegeu o deputado do PT alegou que Pablo Marçal havia registrado a candidatura dele para deputado federal fora do prazo determinado pelo TSE para que todas as candidaturas a deputado federal fossem registradas no Brasil. A contestação também alegava que houve falta de apresentação de documentos.

Mesmo assim, o coach bolsonarista foi autorizado a concorrer ao cargo, em candidatura sub judice, pendente de julgamento.

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Em 14 de outubro, o TRE-SP havia julgado a candidatura de Marçal como válida e fez uma primeira retotalização dos votos, tirando a cadeira que na primeira contagem havia sido atribuída ao deputado do PT.

O petista recorreu ao TSE, em Brasília, e a liminar de Ricardo Lewandowski novamente colocou a candidatura de Marçal em condição irregular.

Deputado federal eleito Paulo Teixeira (PT) — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados 2 de 2 Deputado federal eleito Paulo Teixeira (PT) — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Deputado federal eleito Paulo Teixeira (PT) — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Marçal era pré-candidato do PROS à Presidência da República, mas deixou a disputa após uma ala de dirigentes da sigla ser destituída do poder do partido pela Justiça, em detrimento de outra ala comandada por Eurípedes Júnior, que voltou ao cargo de presidente da legenda. Ele estava afastado por um suposto desvio de recursos.

A ala de Eurípedes cancelou a convenção que alçou o coach como candidato do partido e resolveu apoiar a candidatura de Lula à Presidência da República.

Com isso, Marçal mudou o registro da candidatura presidencial para deputado federal, em substituição à candidata Edinalva Jacinta de Almeida, do PROS, que havia renunciado à candidatura.

A substituição levou a Federação Brasil da Esperança (PT/PV/PC do B) a contestar o registro do influencer, alegando que ele havia se registrado fora do prazo estabelecido pela lei eleitoral.

Os embargos de declaração do PT, entretanto, não foram acolhidos pela Justiça Eleitoral de SP, mas foi reavaliada em Brasília pelo ministro Lewandowski, em caráter liminar.

Em janeiro deste ano, Marçal havia ganhado destaque na mídia após colocar 32 pessoas em risco durante uma expedição motivacional ao Pico dos Marins, na cidade de Piquete, no interior de São Paulo.

As 32 pessoas foram resgatadas pelos Bombeiros após uma tempestade que deixou o grupo preso no topo da montanha.

Na época, os bombeiros que participaram do resgate criticaram a ação do coach. Eles afirmaram que Marçal “foi totalmente irresponsável” e "colocou as pessoas em risco de morte" durante a condução do grupo.

A subida do Marins, segundo os bombeiros, é recomendada apenas nos períodos de estiagem (meses de abril a agosto), com guia e equipamentos de segurança.

Nas redes sociais, Marçal minimizou as críticas e afirmou que "quem não quer correr risco fica em casa vendo stories".

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