Em julgamento, nora de Flordelis cita plano da cunhada: ‘Matar o Anderson vai resolver o problema de todo mundo’
Flordelis durante o primeiro dia de júri — Foto: Brunno Dantas/TJRJ
Primeira a depor no terceiro dia de julgamento de Flordelis, 💥️Luana Vedovi Rangel Pimenta, uma das noras da ex-parlamentar, citou um plano confidenciado a ela por 💥️Marzy Teixeira, filha adotiva da missionária.
Luana ainda contou que se dedicou muito a Flordelis, e que a pastora foi uma “decepção” para ela.
"A religião afasta o homem de Deus. Ela era tão religiosa que está distante de Deus, e agora está aqui, presa", comentou.
Luana é casada com 💥️Wagner Pimenta, o 💥️Misael. Marzy também é julgada nesta sessão, ao lado de 💥️Simone dos Santos, filha biológica de Flordelis, 💥️André Luiz, filho adotivo, e 💥️Rayane dos Santos, neta.
A nora lembrou que o plano chegou até o sogro por um descuido. “Não apagaram a mensagem do iPad do celular, ficou na nuvem do pastor, e ele viu”, contou.
Luana ainda comentou que esteve na posse da sogra como deputada federal, ao lado de “várias mulheres da família”. Segundo ela, em determinado momento, Simone olhou para Flordelis e disse: “Mãe, agora a gente não precisa mais dele”, relatou.
Segundo Luana, no dia da morte de Anderson, Flordelis pediu que ela mentisse sobre quem dirigia o carro que levou o corpo até o hospital. “‘Se a polícia perguntar quem estava dirigindo, você fala que foi Adriano, não fala que foi Flavinho’. Aí a gente já tinha certeza do que tinha acontecido.”
Flavinho é 💥️Flávio dos Santos Rodrigues, filho de Flordelis, que foi preso no dia seguinte ao atentado, no enterro do pastor Anderson do Carmo. Ele foi condenado a 33 anos de prisão pelo homicídio.
Luana contou que Flordelis recebeu ela e o marido, Misael, em casa em um momento em que a polícia estava no local oficiando várias pessoas para prestar depoimento. Porém, quando a polícia saiu, seu comportamento mudou repentinamente.
“Ela estava calma e tranquila. Quando a polícia saiu, meteu o dedo na cara de Misael: ‘Você não podia ter feito isso comigo, você me largou!’”, narrou.
Flordelis ainda disse que havia escutas na casa e escreveu um bilhete para Luana e Misael: “Ainda bem que quebramos o celular do Niel e jogamos no mar”.
Durante as perguntas do advogado de acusação, Luana comentou que conversou com Marzy e pediu que ela contasse a verdade sobre a morte do pastor Anderson.
"E aí ela disse: 'Eu não entrego minha mãe por nada neste mundo'. Nesse dia, eu levei ela para a casa da Flordelis e nunca mais mantive contato. Nesse dia, a Flor ganhou", disse Luana, que ainda acrescentou:
Luana comentou ainda que viu, por duas vezes, tentativas de envenenamento contra o pastor Anderson do Carmo.
"Quando eu vi, acho que duas vezes, era um pozinho, mas acho que era um comprimido que elas amassavam"
Em depoimento, Luana também pontuou que Anderson custeou vários procedimentos de Flordelis, como injeções de botox e silicone, e negou saber de qualquer abuso sexual cometido pelo pastor.
Durante as perguntas dos jurados, ela também fez críticas ao pastor Anderson. Segundo Luana, Flordelis e o ex-marido mantinham segredos e "muitas mentiras", o que iria contra as leis religiosas seguidas pelo casal.
"O pastor Anderson também não era um pastor de verdade”, lamentou. "É muito doloroso dizer isso"
Daniel dos Santos de Souza, registrado como filho de Flordelis e Anderson do Carmo, foi o segundo a prestar depoimento.
Assim como Wagner e Alexsander, filhos afetivos da pastora e ex-deputada federal, Daniel também prestou depoimento por videoconferência porque não quis falar em frente aos réus. O motivo, segundo ele, é sentimental.
Durante o depoimento de Daniel, Flordelis chorou e foi amparada por uma das advogadas de sua equipe de defesa. Ao contar sobre a noite da morte de Anderson, Daniel também chorou.
"Era perto da garagem", relatou Daniel. "Eu me lembro de ouvir seis disparos. Teve intervalo sim, entre os tiros. A minha mãe, Flordelis, gritava, que tinham matado o marido dela"
Daniel também confirmou que sabia de um plano para matar o pastor Anderson do Carmo, e que inclusive o próprio Anderson sabia da existência do complô:
Lucas foi condenado a sete anos de prisão, em 2023, por intermediar a compra da arma utilizada no crime.
Após o enterro de Anderson do Carmo, segundo Daniel, houve uma reunião em que Flordelis o chamou para conversar em uma "sala vip".
Segundo ele, Flordelis criticou Anderson e disse que "Deus já estava planejando levá-lo".
“Ela falava que meu pai não era nenhum santo, e sempre dizia que Deus ia levar meu pai, que ele fazia algumas coisas erradas”
Daniel contou, após uma pergunta dos jurados, que sabia de planos para tentar envenenar o pastor Anderson:
“Tayane disse que uma vez o Miguel foi pegar o iogurte para tomar, sendo que ela não deixou, ela tomou e passou mal”
Até esta quarta-feira, foram ouvidas seis testemunhas arroladas pela acusação: os delegados Bárbara Lomba e Allan Duarte, Regiane Ramos, o inspetor Tiago Vaz e os filhos afetivos de Flordelis Alexsander Mendes e Wagner Pimenta.
Além da ex-parlamentar, outros quatros réus estão sendo julgados: a filha biológica de Flordelis Simone dos Santos, a neta Rayane dos Santos e os filhos adotivos André Luiz e Marzy Teixeira.
A morte de Anderson do Carmo ocorreu na noite de 16 de junho de 2023. O pastor foi morto, com mais de 30 tiros, na garagem da casa onde morava com a família, em Pendotiba, Niterói.
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