Autoridades e escola de samba prestam homenagem a Gal Costa
Gal Costa — Foto: Ricardo Nunes / Divulgação Vivo Rio
A Prefeitura do Rio de Janeiro prestou uma homenagem nas redes sociais à cantora Gal Costa, que morreu aos 77 anos nesta quarta-feira (9).
A mensagem ainda se solidariza com Salvador, cidade onde a cantora nasceu.
A assessoria de Gal confirmou a morte. Ela havia dado uma pausa em shows, após passar por uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita.
O governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também manifestou pesar pela morte de Gal Costa.
2 de 3 Gal Costa — Foto: Eduardo Nicolau/Estadão Conteúdo/Arquivo
Gal Costa — Foto: Eduardo Nicolau/Estadão Conteúdo/Arquivo
A Estação Primeira de Mangueira também prestou homenagem a Gal Costa. Ela foi enredo da escola em 1994, junto com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia.
"Uma perda irreparável pra Cultura Brasileira. Gal Costa, uma das cantoras mais importantes da música popular nos deixou. Sua voz preenchia os espaços e tocava no fundo da alma com seu timbre único. Usou sua arte para lutar e defender ideais progressistas. Esteve de mão dada ao povo e se tornou um ídolo do país", afirmou a escola de samba.
Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945 em Salvador e foi uma das maiores cantoras da história da música brasileira com clássicos da MPB como "Baby", "Meu nome é Gal", "Chuva de Prata", "Meu bem, meu mal", "Pérola Negra" e "Barato total".
Foram 57 anos de carreira iniciada em 1965 quando a cantora apresentou músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ela ainda era Maria da Graça quando lançou "Eu vim da Bahia", samba de Gil sobre a origem da cantora e do compositor.
Três anos depois, veio outro clássico: "Baby", de Caetano Veloso. A canção foi feita para Maria Bethânia, mas Gal a lançou em disco e a projetou no álbum-manifesto da Tropicália. "Divino maravilhoso" (de Gil e Caetano) foi outra da fase tropicalista.
Ao longo dos anos 60 e 70, ela seguiu misturando estilos. Dedicou-se ao suingue de Jorge Ben Jor com "Que pena (Ela já não gosta mais de mim)" e foi pelo rock com Cinema Olympia, mais uma de Caetano. "Meu nome é Gal", de Roberto e Erasmo Carlos, serviu como carta de apresentação unindo Jovem Guarda e Tropicália.
Ela estava em turnê com o show "As várias pontas de uma estrela", no qual revisitava grandes sucessos dos anos 80 do cancioneiro popular da MPB. "Açaí", "Nada mais", "Sorte" e "Lua de mel" são algumas das músicas do repertório.
Bem recebido pelo público e pela crítica, esse show fez com que a agenda de Gal ficasse agitada após a pandemia. A estreia aconteceu em São Paulo, em outubro do ano passado.
Além de rodar o Brasil, Gal entrou na programação de vários festivais e ainda tinha uma turnê na Europa prevista para novembro, mas que também foi cancelada por conta da cirurgia.
3 de 3 A cantora Gal Costa durante ensaio no Rio de Janeiro em setembro de 1968 para a capa do disco 'Gal Costa', lançado em 1969, pela gravadora Philips — Foto: Estadão Conteúdo/ArequivoA cantora Gal Costa durante ensaio no Rio de Janeiro em setembro de 1968 para a capa do disco 'Gal Costa', lançado em 1969, pela gravadora Philips — Foto: Estadão Conteúdo/Arequivo
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