Ex-marido que matou juíza a facadas na frente das filhas será julgado nesta quinta-feira no RJ

Terá início nesta quinta-feira (10), no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), o julgamento do engenheiro 💥️Paulo José Arronenzi, acusado de assassinar a ex-mulher, a juíza 💥️Viviane Vieira do Amaral, na frente das três filhas do ex-casal.

O crime aconteceu na véspera do Natal de 2023, quando Viviane levava as crianças para passarem a data com o pai, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A juíza foi atacada de surpresa quando descia do carro para deixar as filhas com o ex-marido.

Arronenzi foi preso em flagrante logo em seguida por guardas municipais. De acordo com a denúncia do Ministério Público, o assassinato foi motivado "pelo inconformismo do acusado com o término do relacionamento, especialmente pelas consequências financeiras do fim do casamento na vida do engenheiro".

Ex-marido preso em flagrante pela morte de juíza fica em silêncio na delegacia — Foto: Reprodução/TV Globo 1 de 1 Ex-marido preso em flagrante pela morte de juíza fica em silêncio na delegacia — Foto: Reprodução/TV Globo

Ex-marido preso em flagrante pela morte de juíza fica em silêncio na delegacia — Foto: Reprodução/TV Globo

O caso será julgado pelo 3º Tribunal do Júri do Rio. O engenheiro foi denunciado por homicídio 💥️quintuplamente qualificado. As qualificadoras, que podem levar ao aumento da pena em caso de condenação são:

A juíza Viviane Vieira do Amaral, que tinha 45 anos, integrou a Magistratura do Estado do Rio de Janeiro por 15 anos. A juíza atuava na 24ª Vara Cível da Capital.

De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a juíza Viviane Vieira levou 16 facadas do ex-marido durante o ataque. O corpo da magistrada tinha perfurações no pescoço, rosto e barriga.

De acordo com a perita 💥️Gabriela Graça Pinto, o ferimento no pescoço, de cerca de 30 milímetros, foi responsável por sua morte. A magistrada ainda teve a mão esquerda ferida na tentativa de se defender dos ataques do ex-marido chamada de "lesão de defesa".

Três meses antes do crime, Viviane havia feito um registro de 💥️lesão corporal e ameaça contra o ex-marido, que foi enquadrado na Lei Maria da Penha. Ela chegou a ter escolta policial concedida pelo TJ-RJ, mas posteriormente pediu que fosse retirada.

A juíza não foi a única mulher a denunciar o engenheiro para a polícia. Em 2007, uma ex-namorada dele registrou ocorrência policial porque estaria sendo importunada.

Em novembro de 2023, a 10ª edição do Prêmio Patrícia Acioli de Direitos Humanos, realizado no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, homenageou a juíza Viviane Amaral.

A premiação daquele ano focou no tema da violência doméstica, e concedeu o troféu hours concours do evento à magistrada, assassinada pelo companheiro na frente das filhas. Foi a primeira vez que a homenagem foi feita de forma póstuma.

A juíza 💥️Paula Regina Adorno recebeu o prêmio em nome da família de Viviane.

A juíza 💥️Adriana Ramos de Mello, então titular do Primeiro Juizado de Violência Doméstica e Familiar, se emocionou e pediu mobilização de toda a sociedade.

“As mulheres brasileiras estão morrendo, e estão morrendo dentro de casa. As mulheres não conseguem sair sem ajuda, por maior escolaridade que ela tenha, por maiores condições de vida que ela tenha e melhores, ela não consegue sem ajuda, e essa ajuda, o estado tem que garantir através de um centro devidamente equipado, de uma delegacia de atendimento da mulher bem estruturada, de um poder judiciário mais forte e mais barato para essa mulher”, discursou.

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