Finlândia fortifica bases militares e planeja construir cerca nas fronteiras para se proteger da Rússia
A Finlândia está fortalecendo suas bases militares e planeja cercar partes de sua fronteira leste para se proteger contra a Rússia. A decisão foi tomada após a invasão das tropas de Vladimir Putin à Ucrânia, em fevereiro.
Em todo o país, diferentes tipos de fortificações estão sendo construídas com sacos de areia cheios de pó de rocha, além de elementos modulares em concreto e madeira, projetados especificamente pelas forças de defesa, para garantir uma rápida montagem, fácil mobilidade e disponibilidade de materiais também em tempo de guerra.
"Temos um exercício onde estamos construindo estruturas de prontidão, pequenas fortificações onde praticamos toda a cadeia: como construímos essas coisas [fortificações] desde o início [do processo] até a construção real", explicou o major Petteri Viitanen.
O exército finlandês usa empresas privadas locais tanto na produção quanto na construção das fortificações e o faria também em tempos de guerra para permitir que os soldados se concentrassem na defesa.
"É uma maneira muito simples, especialmente em momentos em que talvez os materiais de construção não estejam facilmente disponíveis. Portanto, um sistema econômico e rápido que é simples", disse Jouko Viitala, chefe de projetos especiais da GRK, uma das maiores construtoras do país.
Nos próximos meses, espera-se que o governo da Finlândia autorize seus guardas de fronteira a cercar até 250 quilômetros das partes mais críticas da fronteira de 1.300 km com a Rússia, que hoje é uma linha em meio à floresta liga os dois vizinhos. Estima-se que o projeto levará de três a quatro anos para ser concluído.
De acordo com o chefe de assuntos internacionais da Guarda de Fronteira finlandesa, Matti Pitkaniitty, o objetivo da cerca é permitir ação rápida se alguém for detectado tentando atravessá-la. Isso é particularmente importante para a Finlândia porque, quando o país pediu para aderir à Otan, após o início da guerra na Ucrânia, um dos medos de Helsique era que a Rússia enviasse massas de migrantes para a fronteira com o objetivo de desestabilizar os filandeses.
Pitkaniitty disse que a cerca, estimada em várias centenas de milhões de euros, serviria tanto contra a migração em massa quanto para um patrulhamento de fronteira mais eficiente para garantir a integridade territorial da Finlândia.
No próximo ano, o orçamento de defesa da Finlândia aumentará em 20% para 6,1 bilhões de euros, ou 2,38% do produto interno bruto. A maior parte do orçamento adicional será gasto na compra de mísseis, armamentos, veículos e outros equipamentos.
O número de exercícios militares de defesa também aumentaram recentemente. Um dos propósitos deles foi ensaiar uma forma de realizar uma rápida fortificação do país, construindo abrigos antiaéreos em bases militares em todo o país.
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