Velório de Gal é marcado por emoção de fãs e famosos; cantora foi aplaudida público
Velório da cantora Gal Costa em SP — Foto: Luiz Franco/g1
O corpo da cantora Gal Costa, uma das maiores do Brasil, foi velado nesta sexta-feira (11) no Hall Monumental da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na Zona Sul da capital paulista.
Aberta ao público, a cerimônia começou às 9h e foi marcada pela emoção de fãs, da família e de famosos.
Por volta das 14h, a cantora foi aplaudia de pé pelos presentes. 💥️Veja o vídeo abaixo.
Sob muitos aplausos e emoção, às 15h, o caixão foi fechado e a bandeira de São Paulo e da Bahia foram colocadas sobre ele. O carro funerário deixou a Alesp acompanhado pelo caminhão do Corpo dos Bombeiros.
O enterro ocorrerá às 16h, mas será exclusivo para amigos próximos e familiares.
Gabriel Costa, de 17 anos, filho único da cantora, chegou ao velório por volta de 10h, acompanhado de Wilma Petrillo, viúva da artista.
💥️Gal Costa, a mãe de todas as vozes💥️FOTOS: Velório de Gal CostaFamosos dão adeus a Gal
Gal morreu aos 77 anos, em São Paulo, na quarta-feira (9). Ela havia cancelado alguns shows, após passar por uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita.
2 de 12 Companheira de Gal Costa, Wilma Petrillo, se despede da artista durante o velório — Foto: Paola Patriarca/g1Companheira de Gal Costa, Wilma Petrillo, se despede da artista durante o velório — Foto: Paola Patriarca/g1
3 de 12 Esposa de Gal Costa e a atriz Sophie Charlotte, em velório da cantora na manhã desta sexta (11) — Foto: Reprodução/GloboNewsEsposa de Gal Costa e a atriz Sophie Charlotte, em velório da cantora na manhã desta sexta (11) — Foto: Reprodução/GloboNews
4 de 12 Gabriel, filho único de Gal Costa, durante velório da mãe, em SP — Foto: Reprodução/GloboNewsGabriel, filho único de Gal Costa, durante velório da mãe, em SP — Foto: Reprodução/GloboNews
5 de 12 Gabriel Costa, de 17 anos, filho único de Gal, durante o velório da cantora — Foto: Luiz Franco/g1Gabriel Costa, de 17 anos, filho único de Gal, durante o velório da cantora — Foto: Luiz Franco/g1
6 de 12 Bela Gil e Janja chegando para se despedir de Gal Costa, nesta sexta (11) — Foto: Fábio Turci/TV GloboBela Gil e Janja chegando para se despedir de Gal Costa, nesta sexta (11) — Foto: Fábio Turci/TV Globo
7 de 12 Corpo de Gal Costa deixando velório na Alesp — Foto: Reprodução/GloboNewsCorpo de Gal Costa deixando velório na Alesp — Foto: Reprodução/GloboNews
Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945 em Salvador e foi a voz de clássicos da MPB como "Baby", "Meu nome é Gal", "Chuva de Prata", "Meu bem, meu mal", "Pérola Negra" e "Barato total".
Foram 57 anos de carreira, iniciada em 1965, quando a cantora apresentou músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ela ainda era Maria da Graça quando lançou "Eu vim da Bahia", samba de Gil sobre a origem da cantora e do compositor.
8 de 12 Os músicos João Gilberto, Caetano Veloso e Gal Costa, em agosto de 1971 — Foto: Estadão Conteúdo/ArquivoOs músicos João Gilberto, Caetano Veloso e Gal Costa, em agosto de 1971 — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo
Três anos depois, veio outro clássico: "Baby", de Caetano Veloso. A canção foi feita para Maria Bethânia, mas Gal a lançou em disco e a projetou no álbum-manifesto da Tropicália. "Divino maravilhoso" (de Gil e Caetano) foi outra da fase tropicalista.
💥️Bastidores dos últimos álbuns de Gal mostram como ela manteve o espírito tropicalista até o fim; ouça no podcast g1 ouviu
Ao longo dos anos 60 e 70, ela seguiu misturando estilos. Dedicou-se ao suingue de Jorge Ben Jor com "Que pena (Ela já não gosta mais de mim)" e foi pelo rock com "Cinema Olympia", mais uma de Caetano. "Meu nome é Gal", de Roberto e Erasmo Carlos, serviu como carta de apresentação unindo Jovem Guarda e Tropicália.
Ao gravar "Pérola Negra", em 1971, ajudou a revelar o então jovem compositor Luiz Melodia (1951-2017). No mesmo ano, lançou "Vapor Barato", mostrando a força dos versos de Jards Macalé e Waly Salomão.
9 de 12 A cantora Gal Costa durante ensaio no Rio de Janeiro em setembro de 1968 para a capa do disco 'Gal Costa', lançado em 1969, pela gravadora Philips — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo
A cantora Gal Costa durante ensaio no Rio de Janeiro em setembro de 1968 para a capa do disco 'Gal Costa', lançado em 1969, pela gravadora Philips — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo
Ela seguiu gravando várias músicas de Gil e Caetano, mas foi incluindo no repertório versos de outros compositores como Cazuza ("Brasil", 1998); Michael Sullivan e Paulo Massadas ("Um Dia de Domingo", de 1985); e Marília Mendonça ("Cuidando de Longe", 2018).
Na longa carreira, Gal lançou mais de 40 álbuns entre discos de estúdio e ao vivo. "Fa-tal", "Índia" e "Profana" foram três dos principais.
Ela estava em turnê com o show "As várias pontas de uma estrela", no qual revisitava grandes sucessos dos anos 80 do cancioneiro popular da MPB. "Açaí", "Nada mais", "Sorte" e "Lua de Mel" eram algumas das músicas do repertório.
Bem recebido pelo público e pela crítica, esse show fez com que a agenda de Gal ficasse agitada após a pandemia. A estreia aconteceu em São Paulo, em outubro do ano passado.
Além de rodar o Brasil, Gal entrou na programação de vários festivais e ainda tinha uma turnê na Europa prevista para novembro.
Ela deixa o filho Gabriel, de 17 anos, que inspirou o último álbum de inéditas. "A Pele do Futuro", de 2018, foi o 40º disco da carreira. "Está vindo a geração que salvará o planeta", disse ela ao 💥️g1, quando lançou o álbum.
O último álbum lançado foi "Nenhuma Dor", em 2023, quando Gal regravou músicas como "Meu Bem, Meu Mal", "Juventude Transviada" e "Coração Vagabundo", com cantores como Seu Jorge, Tim Bernardes e Criolo.
10 de 12 Caetano Veloso e Gal Costa no programa 'Saudade não tem idade' — Foto: Acervo Grupo GloboCaetano Veloso e Gal Costa no programa 'Saudade não tem idade' — Foto: Acervo Grupo Globo
11 de 12 A cantora Gal Costa, durante participação especial para o disco de Gilberto Gil 'Expresso 2222', gravado no estúdio da Rádio Eldorado em São Paulo em junho de 1972 — Foto: Solano José de Freitas/Estadão Conteúdo/ArquivoA cantora Gal Costa, durante participação especial para o disco de Gilberto Gil 'Expresso 2222', gravado no estúdio da Rádio Eldorado em São Paulo em junho de 1972 — Foto: Solano José de Freitas/Estadão Conteúdo/Arquivo
12 de 12 Gal Costa — Foto: Thereza Eugênia/DivulgaçãoGal Costa — Foto: Thereza Eugênia/Divulgação
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