'Gal não é diva, é divindade', diz fã que foi a velório com capas de discos da cantora estampadas da roupa ao sa

💥️Gal da cabeça aos pés: foi dessa forma que Franklin Tavares, de 57 anos, se despediu da cantora, no velório que ocorre na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, nesta sexta-feira (11).

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Natural de Fortaleza, ele carregava a homenagem na roupa, estampada com capas de disco da artista. A vestimenta foi confeccionada por ele em agosto, para celebrar o próprio aniversário durante um show de Gal em Natal.

Ao 💥️g1, disse que demorou dois dias para produzir a calça, o terno, o sapato e a máscara💥Admirador de Gal desde os 11 anos, ele começou a acompanhar os shows da cantora em 1986.

Franklin chegou a subir ao palco e era reconhecido pela artista. Em agosto deste ano, Gal postou nas redes sociais um agradecimento pelo carinho do fã.

Conhecido da família e de assessores de Gal, ele participou da despedida na área reservada aos amigos e parentes.

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Franklin Tavares, fã de Gal Costa — Foto: Luiz Franco/g1 1 de 16 Franklin Tavares, fã de Gal Costa — Foto: Luiz Franco/g1

Franklin Tavares, fã de Gal Costa — Foto: Luiz Franco/g1

Franklin Tavares, fã de Gal Costa — Foto: Luiz Franco/g1 2 de 16 Franklin Tavares, fã de Gal Costa — Foto: Luiz Franco/g1

Franklin Tavares, fã de Gal Costa — Foto: Luiz Franco/g1

Franklin Tavares, fã de Gal Costa — Foto: Luiz Franco/g1 3 de 16 Franklin Tavares, fã de Gal Costa — Foto: Luiz Franco/g1

Franklin Tavares, fã de Gal Costa — Foto: Luiz Franco/g1

Franklin Tavares, fã de Gal Costa — Foto: Luiz Franco/g1 4 de 16 Franklin Tavares, fã de Gal Costa — Foto: Luiz Franco/g1

Franklin Tavares, fã de Gal Costa — Foto: Luiz Franco/g1

Durante o velório, fãs de diversas regiões do país prestaram as últimas homenagens, cantaram hits e contaram sobre a relação afetiva criada com a artista por meio da música 💥

Aberto ao público, o velório começou às 9h, no Hall Monumental da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na Zona Sul da capital paulista.

Além dos fãs, famosos também comparecem ao local. O enterro no Cemitério 3º Ordem do Carmo, no Centro foi exclusivo para amigos próximos e familiares.

Gal morreu aos 77 anos, em sua casa em São Paulo, na quarta-feira (9). A causa da morte não foi divulgada pela família. Ela havia cancelado alguns shows, após passar por uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita.

Pesquisador sobre Gal Costa, 💥️Renato Contente, foi o segundo a chegar. “Fiquei desnorteado. Entrei em choque. Sou fã há 11 anos e fiz um livro sobre ela na ditadura. Já entrevistei ela algumas vezes, encontrei como fã, era parte da minha vida.”

💥️Carlos Alberto Schitini, de 52 anos, pegou ônibus e metrô bem cedo, para chegar duas horas antes do começo da cerimônia.

“Comecei na infância a gostar das músicas. O Brasil teve uma grande perda. Ela vai ser uma rainha. Ela vai ser uma estrela. Vai deixar um legado. Tenho todos os álbuns. Estava em casa quando soube. A gente está aqui só de passagem cumprindo uma missão", disse Carlos.

💥️Rosilda Silva Santos também encarou jornada no transporte público para se despedir da artista. Ela conta que sonhava em ir ao show de Gal ainda esse ano.

"Acompanho desde de sempre. Desde os 10 anos. Moro em São Paulo e sou baiana. Gosto de todos. Mas a música 'Chuva de prata' me deixa bem. Representa história na vida da gente. 'Festa do interior' também", falou Rosilda.

Fãs aguardam para se despedir de Gal Costa em frente à Alesp, nesta sexta (11) — Foto: Luiz Franco/g1 5 de 16 Fãs aguardam para se despedir de Gal Costa em frente à Alesp, nesta sexta (11) — Foto: Luiz Franco/g1

Fãs aguardam para se despedir de Gal Costa em frente à Alesp, nesta sexta (11) — Foto: Luiz Franco/g1

Fãs se despedem de Gal Costa em velório na Assembleia Legislativa de São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo 6 de 16 Fãs se despedem de Gal Costa em velório na Assembleia Legislativa de São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo

Fãs se despedem de Gal Costa em velório na Assembleia Legislativa de São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo

Fãs de Gal prestam homenagem no velório da cantora — Foto: Luiz Franco/g1 7 de 16 Fãs de Gal prestam homenagem no velório da cantora — Foto: Luiz Franco/g1

Fãs de Gal prestam homenagem no velório da cantora — Foto: Luiz Franco/g1

Fã de Gal Costa com cartaz em homenagem à cantora — Foto: Luiz Franco/g1 8 de 16 Fã de Gal Costa com cartaz em homenagem à cantora — Foto: Luiz Franco/g1

Fã de Gal Costa com cartaz em homenagem à cantora — Foto: Luiz Franco/g1

Rosilda Silva Santos chegou 7h20 no velório de Gal Costa — Foto: Paola Patriarca/g1 9 de 16 Rosilda Silva Santos chegou 7h20 no velório de Gal Costa — Foto: Paola Patriarca/g1

Rosilda Silva Santos chegou 7h20 no velório de Gal Costa — Foto: Paola Patriarca/g1

Fãs homenageiam Gal Costa durante velório em SP — Foto: Paola Patriarca/g1 10 de 16 Fãs homenageiam Gal Costa durante velório em SP — Foto: Paola Patriarca/g1

Fãs homenageiam Gal Costa durante velório em SP — Foto: Paola Patriarca/g1

Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945, em Salvador, e foi a voz de clássicos da MPB como "Baby", "Meu nome é Gal", "Chuva de Prata", "Meu bem, meu mal", "Pérola Negra" e "Barato total".

Foram 57 anos de carreira, iniciada em 1965, quando a cantora apresentou músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ela ainda era Maria da Graça quando lançou "Eu vim da Bahia", samba de Gil sobre a origem da cantora e do compositor.

Os músicos João Gilberto, Caetano Veloso e Gal Costa, em agosto de 1971 — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo 11 de 16 Os músicos João Gilberto, Caetano Veloso e Gal Costa, em agosto de 1971 — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo

Os músicos João Gilberto, Caetano Veloso e Gal Costa, em agosto de 1971 — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo

Três anos depois, veio outro clássico: "Baby", de Caetano Veloso. A canção foi feita para Maria Bethânia, mas Gal a lançou em disco e a projetou no álbum-manifesto da Tropicália. "Divino maravilhoso" (de Gil e Caetano) foi outra da fase tropicalista.

💥️Bastidores dos últimos álbuns de Gal mostram como ela manteve o espírito tropicalista até o fim; ouça no podcast g1 ouviu

Ao longo dos anos 1960 e 1970, ela seguiu misturando estilos. Dedicou-se ao suingue de Jorge Ben Jor com "Que pena (Ela já não gosta mais de mim)" e foi pelo rock com "Cinema Olympia", mais uma de Caetano. "Meu nome é Gal", de Roberto e Erasmo Carlos, serviu como carta de apresentação unindo Jovem Guarda e Tropicália.

Ao gravar "Pérola Negra", em 1971, ajudou a revelar o então jovem compositor Luiz Melodia (1951-2017). No mesmo ano, lançou "Vapor Barato", mostrando a força dos versos de Jards Macalé e Waly Salomão.

A cantora Gal Costa durante ensaio no Rio de Janeiro em setembro de 1968 para a capa do disco 'Gal Costa', lançado em 1969, pela gravadora Philips — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo 12 de 16 A cantora Gal Costa durante ensaio no Rio de Janeiro em setembro de 1968 para a capa do disco 'Gal Costa', lançado em 1969, pela gravadora Philips — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo

A cantora Gal Costa durante ensaio no Rio de Janeiro em setembro de 1968 para a capa do disco 'Gal Costa', lançado em 1969, pela gravadora Philips — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo

Ela seguiu gravando várias músicas de Gil e Caetano, mas foi incluindo no repertório versos de outros compositores como Cazuza ("Brasil", 1998); Michael Sullivan e Paulo Massadas ("Um Dia de Domingo", de 1985); e Marília Mendonça ("Cuidando de Longe", 2018).

Na longa carreira, Gal lançou mais de 40 álbuns entre discos de estúdio e ao vivo. "Fa-tal", "Índia" e "Profana" foram três dos principais.

Ela estava em turnê com o show "As várias pontas de uma estrela", no qual revisitava grandes sucessos dos anos 80 do cancioneiro popular da MPB. "Açaí", "Nada mais", "Sorte" e "Lua de Mel" eram algumas das músicas do repertório.

Bem recebido pelo público e pela crítica, esse show fez com que a agenda de Gal ficasse agitada após a pandemia. A estreia aconteceu em São Paulo, em outubro do ano passado.

Além de rodar o Brasil, Gal entrou na programação de vários festivais e ainda tinha uma turnê na Europa prevista para novembro.

Ela deixa o filho Gabriel, de 17 anos, que inspirou o último álbum de inéditas. "A Pele do Futuro", de 2018, foi o 40º disco da carreira. "Está vindo a geração que salvará o planeta", disse ela ao 💥️g1, quando lançou o álbum.

O último álbum lançado foi "Nenhuma Dor", em 2023, quando Gal regravou músicas como "Meu Bem, Meu Mal", "Juventude Transviada" e "Coração Vagabundo", com cantores como Seu Jorge, Tim Bernardes e Criolo.

Caetano Veloso e Gal Costa no programa 'Saudade não tem idade' — Foto: Acervo Grupo Globo 13 de 16 Caetano Veloso e Gal Costa no programa 'Saudade não tem idade' — Foto: Acervo Grupo Globo

Caetano Veloso e Gal Costa no programa 'Saudade não tem idade' — Foto: Acervo Grupo Globo

A cantora Gal Costa, durante participação especial para o disco de Gilberto Gil 'Expresso 2222', gravado no estúdio da Rádio Eldorado em São Paulo em junho de 1972 — Foto: Solano José de Freitas/Estadão Conteúdo/Arquivo 14 de 16 A cantora Gal Costa, durante participação especial para o disco de Gilberto Gil 'Expresso 2222', gravado no estúdio da Rádio Eldorado em São Paulo em junho de 1972 — Foto: Solano José de Freitas/Estadão Conteúdo/Arquivo

A cantora Gal Costa, durante participação especial para o disco de Gilberto Gil 'Expresso 2222', gravado no estúdio da Rádio Eldorado em São Paulo em junho de 1972 — Foto: Solano José de Freitas/Estadão Conteúdo/Arquivo

Gal Costa — Foto: Thereza Eugênia/Divulgação 15 de 16 Gal Costa — Foto: Thereza Eugênia/Divulgação

Gal Costa — Foto: Thereza Eugênia/Divulgação

Carro do serviço funerário na casa de Gal Costa, nos Jardins — Foto: TV Globo 16 de 16 Carro do serviço funerário na casa de Gal Costa, nos Jardins — Foto: TV Globo

Carro do serviço funerário na casa de Gal Costa, nos Jardins — Foto: TV Globo

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