SP terá 1ª transição entre partidos de governos diferentes após quase 28 anos; aumento salarial de 50% para 1º escalão entrará n

O atual governador de SP, Rodrigo Garcia (PSDB), e o governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos). — Foto: Montagem/g1/Divulgação 1 de 4 O atual governador de SP, Rodrigo Garcia (PSDB), e o governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos). — Foto: Montagem/g1/Divulgação

O atual governador de SP, Rodrigo Garcia (PSDB), e o governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos). — Foto: Montagem/g1/Divulgação

Governado por um mesmo grupo político desde 1995, o estado de São Paulo inicia nesta semana sua primeira transição entre partidos de governos diferentes em quase três décadas.

O atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), e o governador eleito, Tarcísio de Freitas (Republicanos), terão a primeira reunião da transição nesta semana, em que devem iniciar as tratativas para a troca de comando no estado e conversar sobre assuntos políticos impopulares que já estão na pauta do dia, como o aumento de 50% nos salários do primeiro escalão do governo paulista e a alta de casos e internações por Covid-19 no estado.

Nesta quarta, Tarcísio inicia alinhamentos com a equipe. Na quinta (17), segundo a assessoria do governador eleito, deve ocorrer a primeira reunião oficial da transição entre as coordenações.

Tarcísio se reunirá com os dois coordenadores da transição já indicados por eles para gerenciar a passagem de bastão: Marcos Penido e Guilherme Afif Domingos.

O gabinete da equipe de transição do governador eleito foi montado em seis apartamentos adaptados no Sheraton São Paulo WTC Hotel, na Zona Sul de São Paulo, onde o grupo de Tarcísio deve se reunir até a posse, que acontece em 1º de janeiro.

Diferentemente do governo federal, a transição em São Paulo só começa agora porque o governador eleito tirou alguns dias de descanso com a família nos Estados Unidos, em virtude da campanha eleitoral em que saiu vitorioso após vencer o adversário Fernando Haddad (PT) no segundo turno.

Como o governador Rodrigo Garcia está em viagem a New York, nos Estados Unidos, a reunião com Tarcísio deve ser marcada no retorno dele, quinta (17) ou sexta-feira (18).

Na ocasião, Tarcísio também deve anunciar outros nomes técnicos que vão compor a equipe de transição paulista.

Marcos Penido (PSDB) e Guilherme Afif Domingos (PSD), coordenadores da transição de governo de Rodrigo Garcia para Tarcísio de Freitas em São Paulo. — Foto: Montagem/g1/Divulgação 2 de 4 Marcos Penido (PSDB) e Guilherme Afif Domingos (PSD), coordenadores da transição de governo de Rodrigo Garcia para Tarcísio de Freitas em São Paulo. — Foto: Montagem/g1/Divulgação

Marcos Penido (PSDB) e Guilherme Afif Domingos (PSD), coordenadores da transição de governo de Rodrigo Garcia para Tarcísio de Freitas em São Paulo. — Foto: Montagem/g1/Divulgação

A última transição de grupos opositores que houve no estado de São Paulo aconteceu em 1994, quando o então governador Luiz Antonio Fleury Filho (MDB) transmitiu o cargo para Mário Covas (PSDB).

Fleury faleceu nesta terça-feira (15), na capital paulista, aos 73 anos. Ele governou o estado de SP entre 1991 e 1994.

Covas morreu ainda no exercício do cargo de governador, em 2001, aos 70 anos.

Os seis governadores do PSDB em SP: Mário Covas, Geraldo Alckmin, José Serra, Alberto Goldman, João Doria e Rodrigo Garcia. — Foto: Montagem/g1 3 de 4 Os seis governadores do PSDB em SP: Mário Covas, Geraldo Alckmin, José Serra, Alberto Goldman, João Doria e Rodrigo Garcia. — Foto: Montagem/g1

Os seis governadores do PSDB em SP: Mário Covas, Geraldo Alckmin, José Serra, Alberto Goldman, João Doria e Rodrigo Garcia. — Foto: Montagem/g1

De 1995 até hoje e o PSDB teve seis diferentes governadores no estado, em oito mandatos consecutivos. A exceção foi nos anos de 2006 e 2018, quando Geraldo Alckmin deixou o Palácio dos Bandeirantes para concorrer à Presidência da República por duas vezes e assumiram no lugar dele os respectivos vices de chapa: Cláudio Lembo (no então PFL) e Márcio França (PSB).

Juntos, os dois tiveram apenas 16 meses de mandato. Porém, a transição desses governos dos vices foram feitas dentro de um mesmo grupo político aliado.

Em 11 de novembro, Rodrigo Garcia já havia anunciado que um dos assuntos da reunião desta semana será o projeto que está sendo discutido na Alesp que concede aumento de 50% aos salários do próximo governador, do vice e dos demais secretários de governo.

O projeto, segundo Rodrigo, deve onerar em R$ 1,5 bilhão a folha de pagamento do estado, uma vez que eleva também o teto do funcionalismo público e aumenta os salários de milhares de servidores públicos.

De acordo com o atual governador, o estado tem dinheiro em caixa para oferecer este aumento, mas a decisão política sobre o tema caberá ao futuro governante do estado, uma vez que o aumento impactará a folha de pagamento de 2023.

“Eu vou dialogar com o governador eleito Tarcísio assim que iniciar a transição e vamos avaliar qual a decisão do próximo governo”, completou.

Deputados estaduais no Plenário da Alesp — Foto: Divulgação/Alesp 4 de 4 Deputados estaduais no Plenário da Alesp — Foto: Divulgação/Alesp

Deputados estaduais no Plenário da Alesp — Foto: Divulgação/Alesp

Conforme o 💥️g1 divulgou em 11 de novembro, o projeto de lei 592/2022, que teve a tramitação acelerada na Alesp, propõe que os salários do futuro governador, do vice dele e dos secretários de estado sejam reajustados em 50%.

Caso ele seja aprovado, o salário do próximo governador paulista passará dos atuais R$ 23.048,59 para R$ 34.572,89.

O texto é proposto pelos deputados que formam a Mesa Diretora da Alesp e pelos seguintes líderes partidários: Gilmaci Santos (Republicanos), Ricardo Madalena (PL), Márcia Lia (PT), Jorge Caruso (MDB), Delegado Olim (PP) e Analice Fernandes (PSDB).

Pela proposta, o salário do vice passa de R$ 21.896,27 para R$ 32.844,41, e o dos secretários estaduais, de R$ 20.743,72 para R$ 31.115,58.

Procurado pela TV Globo, o governador eleito de SP, Tarcísio de Freitas, afirmou em 11 de novembro, por meio da assessoria de imprensa, que o aumento é uma decisão que cabe aos deputados da Alesp e que, como futuro governador, acatará o que for definido pelo Poder Legislativo.

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