Suspeito de estrangular mulher ajuda a polícia a achar o corpo; vídeo mostra os 2 saindo juntos

Principal suspeito de matar a técnica de enfermagem Rita de Kássia, o estudante de enfermagem Iago Lacê Falcão esteve na Delegacia de Homicídios para indicar aos policiais onde o corpo de estava, na terça-feira (15), mas não ficou preso.

A Polícia Civil afirma que ele foi liberado porque não houve flagrante (passou o prazo de 24 horas do crime) e que fez perícia no local e no carro de Iago. De acordo com a corporação, ele admitiu informalmente que cometeu o crime e onde estava o corpo, mas não formalizou a confissão.

Rita, de 27 anos, foi encontrada morta em uma casa abandonada, da família de Iago, em Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio, na noite de terça-feira (15).

1 de 5 Jovem é encontrada morta em Bento Ribeiro — Foto: Reprodução/TV Globo

Jovem é encontrada morta em Bento Ribeiro — Foto: Reprodução/TV Globo

Segundo a família, o corpo tinha sinais de tortura e a menina havia sido estrangulada. Os familiares afirmam que a vítima foi encontrada com os braços e pernas amarrados em uma casa da mãe de Iago.

“A casa estava abandonada havia mais de dez anos, ela estava lá dentro estrangulada. O enterro vai ter que ser de caixão fechado. A gente quer justiça!”, cobra Aldenice Nogueira, tia da vítima.

Imagens de segurança mostram o momento em que Iago estaciona o carro na casa da vítima na noite de domingo (13). Ela chega a ir até o carro e conversa com ele durante 30 segundos, depois sai e volta para casa.

O estudante vai atrás de Rita e, depois de 1 hora e 15 minutos, os dois entram no veículo e saem.

2 de 5 Iago Lacê, suspeito de matar a namorada no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/TV Globo

Iago Lacê, suspeito de matar a namorada no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/TV Globo

“Minha sobrinha entrou no carro dele e não voltou mais”, lamenta Aldenice.

Esse é o último registro de Rita de Kássia ainda com vida. Ela foi dada como desaparecida pela família, que procurou por ela até terça-feira, quando o corpo foi encontrado.

Parentes da vítima foram até a delegacia em busca de informações e falaram aos policiais sobre mensagens que trocaram o suspeito sobre o desaparecimento de Rita.

3 de 5 Mensagens trocadas entre a mãe da vítima e o suspeito — Foto: Reprodução/TV Globo

Mensagens trocadas entre a mãe da vítima e o suspeito — Foto: Reprodução/TV Globo

4 de 5 Mensagens entre a mãe da vítima e o suspeito — Foto: Reprodução/TV Globo

Mensagens entre a mãe da vítima e o suspeito — Foto: Reprodução/TV Globo

A preocupação dos familiares continuou, mesmo depois das mensagens. A tia conta que eles voltaram a pressionar Iago.

“Minha irmã começou a pressionar ele, que ele foi o último a ver ela viva. Ele ainda disse assim: ‘sua filha estava muito alterada, eu tentei conversar, mas não consegui’. Ele ainda se disse preocupado, disse para minha irmã avisar a ele, mas ele desativou todas as redes sociais. O celular dela também foi desativado, a gente não conseguiu rastrear”, conta a tia da vítima.

A vítima conheceu o suspeito no local de trabalho. Eles trabalhavam juntos na Maternidade Leila Diniz, na Barra, na Zona Oeste. Ela também era funcionária da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nilópolis.

Rita se relacionava com Iago havia pouco mais de um mês. Antes, teve um relacionamento de dez anos com Igor, ex-noivo que ajudou nas buscas da jovem. A família acredita que Iago tenha cometido o crime por ciúmes.

Família e amigos lamentam a perda precoce. Rita era técnica de enfermagem, era apaixonada por música e dança. Os familiares contam que era uma jovem animada, sempre com sorriso no rosto.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Nilópolis lamenta o falecimento de Rita e diz que ela era uma funcionária exemplar e muito querida pelos colegas. A secretaria finaliza dizendo que espera que a justiça dê a devida punição ao assassino confesso.

5 de 5 Perfil do Linkedin do suspeito — Foto: Reprodução/TV Globo

Perfil do Linkedin do suspeito — Foto: Reprodução/TV Globo

Iago Lacê Falcão, de 26 anos, é estudante de enfermagem e morador de Jacarepaguá, na Zona Oeste. Em uma rede social, ele diz ter experiência com a área de saúde da mulher.

O suspeito se apresenta como presidente e membro fundador da Liga Acadêmica de Atenção Integral à Saúde da Mulher. Atualmente, diz ser monitor de Ensino Clínico de Saúde da Mulher, de forma prática e teórica.

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