Com menos de 1 ano e quase sem funcionamento, fonte de água do Vale do Anhangabaú passará por manutenção até janeiro

Fontes em pleno funcionamento no dia da inauguração do Vale do Anhangabaú, em 25 de julho de 2023. — Foto: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO 1 de 4 Fontes em pleno funcionamento no dia da inauguração do Vale do Anhangabaú, em 25 de julho de 2023. — Foto: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Fontes em pleno funcionamento no dia da inauguração do Vale do Anhangabaú, em 25 de julho de 2023. — Foto: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Quase um ano depois da reabertura total para o público, as fontes do reformado Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo, que funcionaram poucas vezes, devem passar por uma manutenção que vai durar até janeiro de 2023, segundo a Prefeitura de São Paulo.

O reparo nos 852 jatos d'água da fonte - que havia sido prometida no projeto original de revitalização da área - será feito pelas empresas FBS Construção Civil e Lopes Kalil Engenharia, construtoras responsáveis pela reforma de R$ 105,6 milhões do Vale, de acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB).

A nova manutenção, segundo a pasta, se deve a uma “correção do desgaste natural dos equipamentos causado pela ação do tempo, bem como reposição pontual de cabeamento furtado” e não terá novos custos para o município.

“Os trabalhos já foram iniciados e a conclusão está prevista para janeiro de 2023. (...) A ação de manutenção não gera ônus para a concessionária, pois o serviço é previsto em contrato. A ação está inserida na garantia da obra, e não gera custo algum para os cofres públicos”, disse a Prefeitura de SP por meio de nota 💥️(veja íntegra abaixo).

Verão seco em SP: fontes de água do Novo Vale do Anhangabaú não funcionam desde a inauguração do espaço, em 25 de julho de 2023, dizem comerciantes. — Foto: Marinha Pinhoni/g1 2 de 4 Verão seco em SP: fontes de água do Novo Vale do Anhangabaú não funcionam desde a inauguração do espaço, em 25 de julho de 2023, dizem comerciantes. — Foto: Marinha Pinhoni/g1

Verão seco em SP: fontes de água do Novo Vale do Anhangabaú não funcionam desde a inauguração do espaço, em 25 de julho de 2023, dizem comerciantes. — Foto: Marinha Pinhoni/g1

Conforme o💥💥️g1 já publicou em março de 2022, os jatos d'água da fonte do Novo Vale do Anhangabaú só foram vistos funcionando plenamente em junho de 2023, na ocasião da inauguração oficial do espaço, que até 6 de dezembro do mesmo ano permaneceu fechado para o público.

A reabertura total aconteceu após o ‘Consórcio Viva o Vale’ – que ganhou a licitação para exploração comercial da área por 10 anos – assumir a manutenção do espaço.

Naquela ocasião, o grupo formado pelas empresas Urbancon, Nacional e B. Internacional Real Estate informou que havia "identificado a necessidade de reformas na estrutura do equipamento" e, portanto, a fonte só voltaria a funcionar após os reparos necessários.

Proposta das fontes de água do Anhangabaú no projeto do escritório Biselli Katchborian Arquitetos Associados, que idealizou a reforma do espaço. — Foto: Divulgação/Biselli Katchborian Arquitetos Associados 3 de 4 Proposta das fontes de água do Anhangabaú no projeto do escritório Biselli Katchborian Arquitetos Associados, que idealizou a reforma do espaço. — Foto: Divulgação/Biselli Katchborian Arquitetos Associados

Proposta das fontes de água do Anhangabaú no projeto do escritório Biselli Katchborian Arquitetos Associados, que idealizou a reforma do espaço. — Foto: Divulgação/Biselli Katchborian Arquitetos Associados

Reportagem do 💥️SP1, em setembro do ano passado, já havia apontado que parte dos bicos d’água da fonte estavam entupidos e, por isso, a prometida dança das águas no espaço não estava sendo exibida ao público.

Na época, o Novo Vale do Anhangabaú, como o espaço é chamado pela Prefeitura de SP após a reforma e concessão à iniciativa privada, ainda não estava sob a gestão do 'Consórcio Viva o Vale'.

O consórcio só assumiu a gestão do novo espaço em dezembro de 2023. O novo administrador do espaço disse que, após assumir em 6 de dezembro, teve um prazo de 90 dias para realizar as análises técnicas das condições da fonte, que já estava sem funcionamento e constatou problemas.

“O estudo, realizado pelas consultorias técnicas contratadas pelo consórcio Viva o Vale, foi finalizado na semana passada e identificou a necessidade reformas na estrutura do equipamento. O levantamento foi entregue esta semana para a Prefeitura e o concessionário aguarda o parecer da gestão municipal para iniciar o projeto de manutenção da fonte”, declarou o Consórcio Viva o Vale à época.

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), também informou na ocasião que estava acompanhando a avaliação do concessionário e analisando os laudos para tomar as providências cabíveis.

"Os equipamentos mencionados estão dentro do período de garantia, que será acionada após a análise da documentação enviada", afirmou a SIURB naquela ocasião.

Projeto original das fontes do Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo. — Foto: Reprodução 4 de 4 Projeto original das fontes do Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo. — Foto: Reprodução

Projeto original das fontes do Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo. — Foto: Reprodução

A reforma do espaço custou R$ 105,6 milhões e começou em junho de 2023, com expectativa de conclusão para junho de 2023 e gasto de R$ 80 milhões, segundo a gestão Bruno Covas (PSDB) e Ricardo Nunes (MDB).

Porém, o valor final da obra foi 32% maior que o esperado, com gasto total de R$ 20,6 milhões em despesas extras.

A obra foi tocada pelo Consórcio Central, formado pelas empresas FBS Construção Civil e Lopes Kalil Engenharia, e teve sete adiamentos antes da conclusão, em outubro de 2023.

Por causa da pandemia, o espaço ficou fechado para o público até dezembro de 2023, quando o consórcio vencedor da concessão assumiu a administração.

Durante o tempo que ficou fechado, a manutenção do espaço reformado custou cerca de R$ 831 mil em serviços de vigilância, limpeza e gradis, pagos pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), em contrato com a SPTuris.

Auditoria feita pela Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM-SP) constatou ao menos quatro irregularidades no contrato entre as duas partes para a manutenção do espaço.

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