Rio tem investimento de R$ 1,2 bi contra efeitos da chuva e pedido de atenção às sirenes: 'Não paguem para ver',

1 de 3 Eduardo Paes falou sobre o Plano Verão para evitar efeitos da chuva na cidade — Foto: Reprodução

Eduardo Paes falou sobre o Plano Verão para evitar efeitos da chuva na cidade — Foto: Reprodução

A Prefeitura do Rio anunciou nesta quarta-feira (23) um plano que prevê investimentos de cerca de R$ 1,2 bilhão para evitar tragédias durante o período mais chuvoso do ano, entre os meses de novembro e abril. O prefeito Eduardo Paes fez um apelo para que moradores do Rio, especialmente os que vivem em comunidades, prestem atenção às chamadas do poder público e evitem deslocamentos.

De acordo com a prefeitura, o poder municipal tem 46 obras concluídas e outras 56 que devem ser finalizadas até o fim de dezembro para evitar alagamentos. Contando também com as obras a licitar ainda durante o projeto, a previsão é de 235 intervenções.

As medidas reúnem ações de mais de 30 órgãos municipais, secretarias e subprefeituras para minimizar os impactos das chuvas na cidade. O projeto inclui obras de prevenção de deslizamentos e de alagamentos e desassoreamento de rios, limpeza de ralos e simulações de interdições de ruas e evacuação de áreas de risco.

Segundo o prefeito, os protocolos para que as 164 sirenes da cidade toquem foram atualizados. O sistema está presente em 103 comunidades que foram mapeadas com áreas de alto risco geológico.

A cidade conta com 33 estações de rede pluviométrica espalhadas pelo Rio, com dados atualizados a cada 5 minutos.

O prefeito destacou ainda que, apesar das intervenções, é possível que transtornos e alagamentos aconteçam em caso de alto volume pluviométrico.

“É o período do ano mais tenso para todos nós, em que os riscos existem. Não há cidade no mundo preparada para a quantidade de chuva. Vamos usar o exemplo da Praça da Bandeira. Nós fizemos ali o possível, reduzimos enormemente a quantidade de alagamentos. Mas se tiver uma chuva muito, muito forte, vai encher”, disse Eduardo Paes.

O prefeito afirmou que o Jardim Maravilha, na Zona Oeste do Rio, local que registra alagamentos frequentemente em temporais, ainda terá problemas, pois a solução não é simples. De acordo com Eduardo Paes, obras serão realizadas na região entre três e cinco anos para minimizar a questão.

Segundo ele, atualmente são gastos R$ 40 milhões na região, mas o total das obras deve chegar a R$ 400 milhões. O estudo em andamento prevê a construção de diques.

Medidas para evitar novas ocupações estão na previsão do poder municipal.

“A solução é lenta, eu fui lá e falei isso pessoalmente para a população, não tem nenhum jogo de enganação. E serão obras que vão demorar alguns anos para resolver aquele problema tão crítico para a cidade”, afirmou Paes.

2 de 3 Obras para a redução dos efeitos da chuva no Rio — Foto: Reprodução/ Prefeitura do Rio

Obras para a redução dos efeitos da chuva no Rio — Foto: Reprodução/ Prefeitura do Rio

De acordo com a Prefeitura do Rio, as obras estão espalhadas pela cidade.

49,15% na Zona Oeste
35,04% na Zona Norte
14,95% na Zona Sul
0,85% no Centro

As câmeras do Centro de Operações Rio (COR) serão usadas para monitorar pontos que podem ser críticos durante a chuva. Dois mil equipamentos foram instalados na cidade, principalmente em locais que não tinham monitoramento.

"Em áreas da cidade onde tínhamos pontos cegos, hoje a cobertura é muito melhor", disse Eduardo Paes.

As câmeras ajudam no mapeamento de locais com mais ocorrências de alagamentos.

3 de 3 Os cinco estágios operacionais do Centro de Operações Rio — Foto: Reprodução/ Prefeitura do Rio

Os cinco estágios operacionais do Centro de Operações Rio — Foto: Reprodução/ Prefeitura do Rio

O COR segue com cinco estágios operacionais sobre a situação da cidade e que orientam o cidadão sobre as atitudes a tomar durante os temporais.

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