Obra autoral de Erasmo Carlos é diversa e transcende a parceria fundamental com Roberto Carlos

Erasmo Carlos (1941 – 2022) soube se manter relevante quando a parceria com Roberto Carlos foi sendo naturalmente desacelerada — Foto: Guto Costa / Divulgação 1 de 1 Erasmo Carlos (1941 – 2022) soube se manter relevante quando a parceria com Roberto Carlos foi sendo naturalmente desacelerada — Foto: Guto Costa / Divulgação

Erasmo Carlos (1941 – 2022) soube se manter relevante quando a parceria com Roberto Carlos foi sendo naturalmente desacelerada — Foto: Guto Costa / Divulgação

♪ 💥️ANÁLISE – É natural que o nome de Erasmo Carlos (5 de junho de 1941 – 22 de novembro de 2022) seja imediatamente associado ao de Roberto Carlos quando o assunto é o cancioneiro autoral do artista carioca morto na manhã de ontem, aos 81 anos, em hospital da cidade natal do Rio de Janeiro (RJ), vítima de paniculite complicada por sepse de origem cutânea.

Afinal, a parceria fundamental de Erasmo com Roberto totaliza mais de 500 músicas que formam a trilha sonora do Brasil, sobretudo de quem viveu no país na metade do século XX. Contudo, a obra autoral de Erasmo Carlos é diversa e transcende o cancioneiro assinado com Roberto.

A expansão da obra do se deu sobretudo a partir do século XXI, quando Roberto passou a compor bem menos, por questões particulares, fazendo com que Erasmo se sentisse livre para abrir parcerias com outros compositores.

O marco dessa renovação é o álbum 💥 (2001), disco que reposicionou Erasmo no mercado – após década de baixa produtividade fonográfica – e que gerou parceria do compositor com Carlinhos Brown e Marisa Monte, coautores da canção 💥.

Desde então, Erasmo retomou a regularidade da produção fonográfica, tendo lançado sucessivos álbuns com músicas inéditas. Se o compositor assinou sozinho as 12 músicas do álbum 💥 (2003), título menos imponente na discografia do artista, o posterior 💥 (2009) foi marcado pela abertura de parcerias com Nando Reis, Nelson Motta e Chico Amaral, além de Liminha, produtor desse disco que revigorou a obra de Erasmo.

Em💥 (2011), Adriana Calcanhotto e Arnaldo Antunes entraram no time de parceiros de Erasmo. Arnaldo reapareceu nos créditos de 💥 (2014), álbum que apresentou a primeira e única parceria de Erasmo com Caetano Veloso, 💥.

Por fim, no grandioso e humanista 💥 (2018), álbum feito sob direção artística de Marcus Preto, Erasmo apresentou músicas feitas com Emicida e Samuel Rosa, além de ter ampliado as parcerias com Adriana Calnhotto, Arnaldo Antunes e Marisa Monte.

Embora os álbuns recentes sejam menos conhecidos pelo chamado grande público, esses discos merecem ser escutados com atenção porque atestam que Erasmo Carlos continuou fazendo boa música quando, por força das circunstâncias da vida, a parceria com Roberto Carlos foi naturalmente desativada.

As canções com Roberto sobressaem naturalmente no inventário da obra do , para sempre associado à rocks juvenis como 💥 (1965) e baladas do porte de 💥(1969), mas o foi ainda maior do que essa parceria luminosa aberta em 1963 com o amigo de fé e irmão camarada.

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