RJ registra mais de 12 mil casos de câncer de próstata em 4 anos
A prevenção tem papel fundamental no tratamento do câncer de próstata. De acordo com um levantamento da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, mais de 124 mil casos de câncer foram registrados entre 2018 e 2022. Destes, 12.561 mil casos, que representam 10% das ocorrências, são de câncer de próstata. Quando a doença é descoberta cedo, a chance de cura é maior.
"Normalmente, nós tratamos o câncer de próstata com cirurgia ou radioterapia visando a cura. Cirurgia naqueles indivíduos mais jovens que não têm grandes fatores de risco cirúrgicos e que poderão suportar bem o ato cirúrgico. Radioterapia naqueles indivíduos mais idosos que a cirurgia tenha riscos outros. E, às vezes, se o câncer for mais avançado, combinamos as duas coisas", disse o médico Fernando Vaz, da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
Em torno de 57% dos homens que tiveram este tipo de tumor morreram, segundo os dados da Secretaria de Saúde. A incidência de morte foi maior entre os mais velhos, com mais de 70 anos.
1 de 2 Rio de Janeiro registra mais de 12 mil casos de câncer de próstata em 4 anos — Foto: Reprodução/ TV Globo
Rio de Janeiro registra mais de 12 mil casos de câncer de próstata em 4 anos — Foto: Reprodução/ TV Globo
A busca por atendimento médico é menor entre os homens do que as mulheres em todo o Brasil. Em todo o país, foram 200 mil atendimentos de urologistas feitos pelo SUS contra cerca de 1,2 milhão de atendimentos de mulheres por ginecologistas.
No caso do diretor de operações Hildemir Freire, o diagnóstico precoce fez a diferença. Ele nasceu no dia 10 de abril mas, este ano, o 13 de agosto representa um renascimento.
“Porque eu fui curado de um câncer diagnosticado alguns meses atrás, então eu passei um grande sufoco na minha vida e superei essa fase bem complicada", disse Hildemir.
2 de 2 Hildemir Freire descobriu um câncer de próstata em um exame de rotina — Foto: Reprodução/ TV GloboHildemir Freire descobriu um câncer de próstata em um exame de rotina — Foto: Reprodução/ TV Globo
Ele tem um dos fatores de risco para a doença: o genético. Os outros dois fatores de risco para o câncer de próstata são a obesidade e a cor da pele. Os negros têm mais chance de ter este tipo de tumor.
Hildemir sempre levou a sério os exames de rotina.
“Há mais de 10 anos eu faço o exame anual, principalmente próximo do novembro azul. E de um ano para outro foi detectado essa alteração na próstata", afirmou Hidelmir.
O câncer de próstata é o segundo que mais mata homens. Só perde para o de pulmão.
Após o tratamento, Hidelmir escreve novas páginas da vida.
"Às vezes, você vê uma planta, uma árvore, um passarinho, você observa com mais atenção. Isso é muito bacana. Você dar mais valor à vida no dia a dia. Você acorda com vontade de fazer coisa, né? Porque alguém te deu uma chance de continuar vivendo", destacou.
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