Alckmin diz que 'não tem reforma a ser desfeita' e que imposto sindical obrigatório não voltará
O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin. — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo
O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou neste sábado (26) que "não tem nenhuma reforma" aprovada em governos anteriores "a ser desfeita" pelo governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a partir do ano que vem.
Alckmin participou de evento promovido pela organização Esfera Brasil. Também compareceram ao o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de desfazer reformas aprovadas em governos anteriores, o vice-presidente respondeu:
Em seguida, Alckmin negou a volta da obrigatoriedade do pagamento, pelos trabalhadores, do imposto sindical. O pagamento é facultativo desde 2017, quando a reforma trabalhista foi aprovada.
O vice-presidente eleito defendeu, entretanto, que é preciso ‘aprofundar’ a discussão sobre a proteção social de trabalhadores de aplicativos, como entregadores.
O vice-presidente eleito afirmou, ainda, que o ajuste fiscal será feito "de forma permanente".
Alckmin defendeu, ainda, que "governar é escolher" e que há "muitas formas de fazer ajustes".
Também presente no evento, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas, defendeu um "equilíbrio" entre buscar novas fontes de receitas e cortar despesas.
"Se nós deteriorarmos de alguma maneira, ainda que não intencional, as regras fiscais, o efeito imediato será o Banco Central subir o juro. E olha que a taxa Selic talvez seja a última taxa que sobe", disse Dantas.
"Temos uma dificuldade que precisa ser posta na mesa que é exatamente buscar o equilíbrio. E equilíbrio não é só buscar fontes de receita e nem é só conter avanço de despesas. É preciso mexer em cima, mexer embaixo e ver exatamente onde nós conseguimos chegar."
Perguntado sobre quem irá assumir o Ministério da Fazenda, Alckmin respondeu que "cada coisa vem a seu tempo".
Como mostrou o blog da colunista Ana Flor, o nome do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad ganhou força.
Em entrevista à Globo News, Haddad afirmou que a escolha cabe ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre as principais pastas que devem ser recriadas no novo governo estão a da Fazenda e a do Planejamento. Hoje, essas duas áreas estão unidas no Ministério da Economia.
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