Irã liberta jogador de futebol e militante presos por apoiarem protestos no país

Manifestantes protestam durante funeral de três iranianos mortos baleados durante manifestação na província de Khuzenstão, no Irã, em 18 de novembro de 2022. — Foto: Alireza Mohammadi/ AFP 1 de 1 Manifestantes protestam durante funeral de três iranianos mortos baleados durante manifestação na província de Khuzenstão, no Irã, em 18 de novembro de 2022. — Foto: Alireza Mohammadi/ AFP

Manifestantes protestam durante funeral de três iranianos mortos baleados durante manifestação na província de Khuzenstão, no Irã, em 18 de novembro de 2022. — Foto: Alireza Mohammadi/ AFP

Autoridades iranianas libertaram neste sábado (26), sob fiança, o jogador de futebol e o dissidente Hossein Ronaghi. Os dois foram detidos em repressão aos protestos que ocorrem no Irã desde setembro, após a morte de Mahsa Amini.

💥️Entenda:

A prisão do jogador Ghafouri, que é curdo e se manifestou em apoio às manifestações, na quinta-feira (24) causou indignação no país, que disputa a Copa do Mundo. Na sexta-feira, o Irã venceu o País de Gales por 2 a 0.

Ronaghi, por sua vez, estava detido desde 24 de setembro. Ele fazia uma greve de fome que durou pouco mais de dois meses.

"Voria Ghafouri e Hossein Ronaghi foram libertados sob fiança", disse a agência de notícias iraniana Fars em suas redes sociais. O jornal iraniano Shargh também noticiou que Ghafouri foi libertado.

"Hossein foi libertado esta noite sob fiança para se submeter a tratamento", tuitou Hassan, irmão de Hossein Ronaghi. O pai deles, Ahmad, postou uma foto de Hossein no hospital, dizendo que ele havia recebido alta após a greve de fome que durou 64 dias.

Ghafouri, que jogou 28 vezes pelo Irã até 2023, foi preso após um treino de seu time Foolad, da província do Cuzistão, acusado de fazer "propaganda" contra a República Islâmica.

Já Ronaghi tem 37 anos e é colaborador do jornal The Wall Street Journal. Ele é há anos um dos críticos mais destemidos do Irã que ainda vive no país.

O Irã vive uma onda de protestos desde a morte, em 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma jovem curda iraniana de 22 anos, três dias depois de ser detida pela polícia em Teerã. Ela foi acusada de violar o rígido código de vestimenta em vigor no país.

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