Rede e Psol-RR indicam Joenia Wapichana para ministério dos Povos Originários no governo Lula

Joenia Wapichana com Lula durante a COP27, no Egito — Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação 1 de 1 Joenia Wapichana com Lula durante a COP27, no Egito — Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

Joenia Wapichana com Lula durante a COP27, no Egito — Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

A Federação dos partidos Psol e Rede em Roraima indicou a advogada e deputada federal Joenia Wapichana para o cargo de ministra dos Povos Originários, pasta que deve ser criada ano que vem pelo presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva (PT). A indicação foi divulgada nesta quarta-feira (30). O documento leva a assinatura de 12 instituições que defendem a causa indígena no estado.

Joenia Wapichana é umas das integrantes da equipe de transição de Lula. Indígena do povo Wapichana, ela atualmente cumpre os últimos meses como deputada federal por Roraima pelo partido Rede.

Em 2018, ela foi a primeira indígena do Brasil a ser eleita para uma vaga na Câmara, mas, este ano não se reelegeu. Agora, é uma das cotadas para assumir um possível ministério.

Para a Federação, Joenia é a pessoa "mais adequada para o cargo", tendo em vista a atuação no Congresso Nacional, com um "perfil claro na defesa dos direitos coletivos dos povos indígenas, dos direitos dos trabalhadores, das minorias e, principalmente, no que se refere aos direitos sociais garantidos na Constituição Federal, tendo destaque nas pautas relacionadas à educação, saúde e meio ambiente."

A parlamentar foi a primeira advogada indígena da história do país a se pronunciar no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) durante a homologação que definiu os limites contínuos da Reserva Raposa Serra do Sol, em 2008.

A mensagem da Federação para Lula cita ainda a origem de Joenia. Ela nasceu na comunidade indígena Truaru da Cabeceira, região do Murupu, zona Rural de Boa Vista. Ela tem uma longa trajetória nas lutas e discussões sobre direitos humanos, direitos dos povos indígenas e m e defesa do meio ambiente.

“Joenia é da região Amazônica, onde está concentrada a maior população indígena (55% do total do País) e maior número de povos indígenas (180), além do maior número de terras indígenas (424) e maior extensão”, pontua outro trecho.

Também apoiam o nome dela para o ministério, segundo a Federação, lideranças indígenas renomadas, como o cacique Raoni Metuktire, do povo Kayapó, no Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso, o líder e xamã Yanomami Davi Kopenawa - também integrante da equipe de transição, além do ativista do movimento socioambiental e de defesa dos direitos indígenas, filósofo, poeta e escritor brasileiro, Airton Krenak, de Minas Gerais.

O Ministério dos Povos Originários é uma promessa de campanha de Lula, sacramentada em uma carta, divulgada em outubro, com compromissos de seu novo governo.

“Vamos criar o Ministério dos Povos Originários e revogar as medidas contrárias às populações indígenas e povos originários”, afirmou. A ativista indígena Sônia Guajajara é outra pessoa cotada para assumir o posto.

Apoiam a indicação de Joenia as seguintes entidades com atuação em Roraima: Partido Verde, Partido Comunista do Brasil– PCdoB, Núcleo ObservaRR/UFRR, Movimento Sem-Terra, Levante Popular da Juventude, Associação dos Povos Indígenas da Terra São Marcos, Conselho Indígena de Roraima, Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, Comissão Pastoral da Terra - Regional e Hutukara Associação Yanomami.

Inicialmente, a lista divulgada pela Federação tinha o nome do apoio do movimento Rua Juventude Anticapitalista em Roraima. Mas, a após a publicação, a organização no estado pediu para o 💥️g1 retirar o nome porque o apoio não foi aprovado nacionalmente pela organização. A reportagem foi atualizada às 16h50 do dia 4 de dezembro.

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