Operação prende quadrilha de golpes cibernéticos na Grande SP

Uma operação da Polícia Civil nesta quinta-feira (1º), em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, identificou uma quadrilha especializada em golpe cibernéticos. Os criminosos roubaram R$ 100 mil apenas de uma das vítimas.

O homem e a mulher presos estão entre as 21 pessoas investigadas por aplicar golpes eletrônicos. Durante uma operação, os policiais foram aos endereços e encontraram outros 16 suspeitos.

Todos foram indiciados por estelionato e associação criminosa. A polícia explicou que eles são os chamados "conteiros", que alugam contas bancárias aos chefes da quadrilha.

Golpes virtuais fazem vítimas em São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo 1 de 1 Golpes virtuais fazem vítimas em São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo

Golpes virtuais fazem vítimas em São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo

“Elas emprestavam as contas e recebiam uma porcentagem pelo empréstimo. Tinham pleno conhecimento que aquilo era uma prática ilícita. É uma quadrilha organizada, dividida, bem estruturada, e conseguiram realizar 22 transferências para contas correntes via Pix”, disse o delegado Fábio Siqueira.

Uma das vítimas, que não será identificada, foi convencida a liberar a inclusão de um celular para movimentar a própria conta bancária. Quem dava as orientações era um golpista, que desviou em minutos a quantia de quase R$ 100 mil. Tudo por telefone.

“Pediram que eu fosse até um caixa eletrônico para habilitar o modo de segurança do meu aparelho, que estaria renomeado com meu nome, que era pra eu clicar em cima e reforçar o modo de segurança. Na sexta-feira pela manhã, eu ainda fiz um Pix para minha esposa, funcionou normalmente. Depois, por volta das 10h, começou a chegar SMSs avisando que o meu Pix tinha sido enviado com sucesso. Foi um monte de Pix de R$ 4.800, R$ 4.900.”

Em um dos tipos de golpes, as pessoas não percebem quando os criminosos estão agindo. Eles assumem controle dos dispositivos eletrônicos, como os celulares e computadores.

Policiais que investigam esses crimes têm até uma fórmula para não se tornar uma vítima: não atender ligações de telefones desconhecidos, não clicar em links que chegam por mensagens e nunca responder mensagens de estranhos.

Os golpes eletrônicos crescem ano a ano no estado. Em 2023, a polícia registrou 921 casos. Em 2023, o número de vítimas saltou para 2.573. Houve uma pequena queda em 2023, ano que foi pico da pandemia, com 2.213 ocorrências.

Neste ano, até setembro, a quantidade de casos foi cinco vezes maior, com 10.366 vítimas. Do total, 63,5% das pessoas enganadas são mulheres e 36,5%, homens. A capital teve o maior número de casos: 4.094. Em seguida, vêm Campinas, Taubaté e Bauru.

São Bernardo do Campo é a outra cidade da Grande São Paulo na lista dos dez municípios com o maior número de vítimas.

Para o delegado da divisão de combate a crimes cibernéticos, outra forma de evitar fraudes é combinar com a família alguns procedimentos, como ninguém pedir dinheiro por mensagens.

“[Vale] criar dentro do núcleo familiar alguns códigos de sobrevivência. Por exemplo: ‘Olha, eu nunca vou pedir dinheiro pelo WhatsApp. E se alguém me pedir dinheiro, eu também não vou mandar’. Esse combinado precisa existir entre as pessoas e sempre seguir as regras de segurança básica."

A vítima do golpe que aparece na reportagem informou que o banco devolveu todo o dinheiro roubado pela quadrilha.

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