Elon Musk suspende conta de Kanye West no Twitter
Kanye West usa boné com frase símbolo da campanha de Trump durante encontro com presidente dos EUA no Salão Oval da Casa Branca — Foto: AP Photo/Evan Vucci
O dono do Twitter, Elon Musk, suspendeu a conta de Kanye West, menos de dois meses após ela ser restabelecida, anunciou o bilionário nesta quinta-feira (1º). Ele alegou que o rapper incitou a violência e violou as regras da plataforma digital.
Kanye West foi suspenso após postar uma imagem de suástica nazista entrelaçada à estrela de Davi, símbolo do Judaísmo.
"Só para esclarecer que sua conta foi suspensa por incitar a violência", disse Musk em resposta às declarações antissemitas e admiração por Hitler por parte de West.
Horas antes, o rapper - agora conhecido como Ye - fez comentários antissemitas e elogiou Adolf Hitler em entrevista ao teórico da conspiração Alex Jones. Ele usava uma máscara preta cobrindo completamente o rosto e discursou sobre pecado, pornografia e o diabo.
"Eu amo Hitler", disse o artista, em uma longa e confusa entrevista da qual também participou o supremacista branco Nick Fuentes.
"Eu amo os judeus, mas também amo os nazistas", disse o músico. "Não gosto de ver a palavra 'maldade' ao lado de nazistas", insistiu.
O cantor, que planeja se candidatar à Presidência dos Estados Unidos em 2024, apareceu com o rosto coberto por uma máscara preta, uma jaqueta de couro e luvas pretas.
"Eu enxergo coisas boas sobre Hitler também", disse Ye, que há meses tem ganhado manchetes por seus comentários antissemitas.
"Amo todo mundo", continuou. "Não posso dizer que essa pessoa [Hitler] que inventou as estradas e os microfones que uso como músico não fez nada de bom".
"Cada ser humano tem algo valioso que trouxe para a mesa, especialmente Hitler", acrescentou.
"Eu sou um nazista", chegou a afirmar o cantor para Jones, que respondeu: "você está dobrando sua aposta".
Ye e Fuentes se encontraram recentemente com o ex-presidente Donald Trump para um jantar que foi questionado por alguns líderes do Partido Republicano.
Poucos dias antes, Trump foi aplaudido de pé pela Coalizão Republicana Judaica, que realizou seu encontro anual em Las Vegas.
Mas, nesta quinta-feira, a Coalizão emitiu um comunicado que, sem mencionar diretamente Trump, condenou Ye e instou aqueles que ainda o apoiam a se distanciarem do artista.
Os comentários antissemitas e racistas custaram a Ye negócios lucrativos este ano com marcas como Adidas e GAP.
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