Nova orla do Guaíba muda cenário na região do Beira-Rio, em Porto Alegre, oito anos após estádio receber jogos da Copa

Beira-Rio visto da Orla do Guaíba em Porto Alegre — Foto: Giulian Serafim/PMPA 1 de 5 Beira-Rio visto da Orla do Guaíba em Porto Alegre — Foto: Giulian Serafim/PMPA

Beira-Rio visto da Orla do Guaíba em Porto Alegre — Foto: Giulian Serafim/PMPA

Se quatro anos depois da Copa do Mundo no Brasil, a principal melhoria no entorno do Estádio Beira-Rio era o trânsito, desta vez, oito anos e meio depois, as mudanças na orla do Guaíba são o grande destaque nos arredores do estádio que sediou o torneio em Porto Alegre. O trecho três do parque, que percorre a margem do lago do Arroio Dilúvio ao Parque Gigante, centro de treinamentos do Internacional, foi inaugurado em outubro de 2023 e atrai moradores, torcedores e turistas.

Frequentador do Parque Jaime Lerner, nome oficial do novo trecho da orla, e do Beira-Rio, o administrador Matheus Batistela, de 26 anos, ressalta a mudança que as obras trouxeram para a capital gaúcha.

O trecho da orla entregue em 2023 tem foco na prática de esportes, além de contar com bares. O local abriga 💥️29 quadras de futebol, futsal, futevôlei, vôlei de praia, basquete e tênis. Uma das principais atrações é o 💥️skatepark, considerado um dos maiores da América Latina, que já recebeu etapas de torneios nacionais. O uso das quadras é agendado via internet.

A revitalização da orla não estava no cronograma e obras da Copa de 2014, sendo planejada cerca de cinco anos após o torneio. Até hoje, das 18 obras previstas para o evento, quatro seguem inacabadas.

Localização do Estádio Beira-Rio — Foto: Arte/g1 2 de 5 Localização do Estádio Beira-Rio — Foto: Arte/g1

Localização do Estádio Beira-Rio — Foto: Arte/g1

O acesso ao parque e ao estádio é feito pela Avenida Edvaldo Pereira Paiva, que liga o Centro Histórico à Zona Sul da Capital. A via também foi ampliada para a Copa do Mundo, aliviando o trânsito. Em dias de jogos no Beira-Rio, o fluxo é direcionado à região central, para facilitar o escoamento de veículos que rumam para a Zona Norte ou para cidades da Região Metropolitana.

"A reforma melhorou muito o entorno, o acesso ao estádio. A questão do estacionamento melhorou muito, tanto pro torcedor entrar quanto para sair. Antes demorava muito pra sair do estádio", comenta Rodrigo, que vai a jogos desde os sete anos.

Matheus Batistela, de casaco branco, junto de amigos no Estádio Beira-Rio em Porto Alegre — Foto: Arquivo pessoal 3 de 5 Matheus Batistela, de casaco branco, junto de amigos no Estádio Beira-Rio em Porto Alegre — Foto: Arquivo pessoal

Matheus Batistela, de casaco branco, junto de amigos no Estádio Beira-Rio em Porto Alegre — Foto: Arquivo pessoal

Em 2018, o g1 percorreu a Avenida Padre Cacique, que contorna o lado do estádio oposto à orla. Na época, moradores e pessoas que trabalham na região ressaltaram que a ampliação da via e a construção de um corredor de ônibus melhoraram as condições de trânsito. "Com as obras aqui melhorou muito, porque o fluxo era muito truncado, tanto em direção à Zona Sul como na direção do Centro", disse um morador na época.

Outro problema apontado era relacionado aos alagamentos na região, que terminaram após as obras. "Se tu olhar hoje a Avenida Padre Cacique, não tem mais problema de alagamento, visualmente é um lugar muito bonito, tudo melhorou, luminosidade, tudo", contou, na época, Igor Dummer, proprietário de uma oficina mecânica em frente ao estádio.

Agora, em 2022, Igor afirma que a região "nunca mais deu problema, até o engarrafamento diminuiu bastante".

Vista do Trecho 3 da Orla e do Parque Marinha do Brasil, em primeiro plano, e do Beira-Rio ao fundo — Foto: Marco Lucas/Guarda Municipal/PMPA 4 de 5 Vista do Trecho 3 da Orla e do Parque Marinha do Brasil, em primeiro plano, e do Beira-Rio ao fundo — Foto: Marco Lucas/Guarda Municipal/PMPA

Vista do Trecho 3 da Orla e do Parque Marinha do Brasil, em primeiro plano, e do Beira-Rio ao fundo — Foto: Marco Lucas/Guarda Municipal/PMPA

Frequentador do Beira-Rio desde a infância, Matheus Batistela cita outro ponto do entorno como atração para torcedores, moradores e turistas: o Parque Marinha do Brasil, localizado ao lado do estádio.

"Em jogos maiores, a gente costuma fazer um churrasco no Marinha do Brasil. O próprio Marinha poderia ter uma maior atenção, com melhorias. Ele é um pouco descampado. Poderiam investir um pouco mais, como investiram na orla", sugere Matheus.

Em outubro, a Prefeitura de Porto Alegre anunciou uma consulta pública para discutir propostas de concessão de parques, entre eles, o Marinha do Brasil. O prefeito Sebastião Melo anunciou que, por ser um parque dedicado ao esporte, haveria uma contrapartida para a iniciativa privada "cuidar da orla 3, que também requer manutenções".

A concessão prevista é de 30 anos. A prefeitura calcula que os custos obrigatórios anuais com manutenção de áreas verdes, segurança, pessoal, limpeza, materiais de manutenção e manutenção civil e predial seriam de R$ 8 milhões. Já os investimentos obrigatórios com passeio e pavimentação, reforma de edificações, acessos, equipamento e mobiliário urbano chegaria a R$ 19 milhões. Os investimentos propostos com alimentação, arena e esporte são estimados em R$ 26 milhões.

Para o trecho da orla 3, o Parque Jaime Lerner, são previstos custos obrigatórios anuais com manutenção de áreas verdes, pessoal, limpeza de R$ 4 milhões. Já os investimentos obrigatórios com passeio e pavimentação seriam de R$ 1 milhão.

Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, visto do Guaíba — Foto: Maria Ana Krack/PMPA 5 de 5 Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, visto do Guaíba — Foto: Maria Ana Krack/PMPA

Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, visto do Guaíba — Foto: Maria Ana Krack/PMPA

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