Bloqueio de verbas federais torna incerta permanência de alunos em universidade do RS: 'não tenho como pagar meu aluguel

Sede da UFCSPA em Porto Alegre — Foto: UFCSPA/Divulgação 1 de 3 Sede da UFCSPA em Porto Alegre — Foto: UFCSPA/Divulgação

Sede da UFCSPA em Porto Alegre — Foto: UFCSPA/Divulgação

O bloqueio de verbas que seriam repassadas pelo Ministério da Educação (MEC) a instituições de ensino superior da rede federal tem deixado universitários de Porto Alegre em alerta. Os valores, destinados a auxílios para assistência e bolsas de extensão, são a única fonte de renda dos alunos dos cursos em período integral.

A Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) afirma estar sem recursos financeiros para realizar pagamentos de rotina, incluindo fornecedores (terceirizados, água, luz, internet, manutenção), programas de apoio à pesquisa e auxílios estudantis. A Universidade alega que se o não repasse persistir poderá haver prejuízo da folha de pagamento de dezembro.

Diante do contingenciamento, estudantes da UFCSPA relatam preocupação com o futuro e temem ter que trancar o curso.

Ramiro Machado da Luz Neto, de 25 anos, é um deles. O estudante do 6º semestre do curso de Farmácia recebe, mensalmente, R$ 1.100. São R$ 400 do Auxílio-Moradia, R$ 300 do Auxílio-Alimentação e R$ 400 da bolsa de extensão pela participação em um podcast sobre ciência.

Natural de Camaquã, na Região Sul do RS, Ramiro conta que se mudou para Porto Alegre em 2023 para estudar. Segundo ele, sem o repasse do valor será inviável arcar com as despesas e se manter na Capital.

Ramiro Machado da Luz Neto é estudante de Farmácia na UFCSPA e teme os bloqueios de verbas do MEC — Foto: Arquivo Pessoal 2 de 3 Ramiro Machado da Luz Neto é estudante de Farmácia na UFCSPA e teme os bloqueios de verbas do MEC — Foto: Arquivo Pessoal

Ramiro Machado da Luz Neto é estudante de Farmácia na UFCSPA e teme os bloqueios de verbas do MEC — Foto: Arquivo Pessoal

Carlos Daniel Vieira estuda Medicina na UFCSPA. O universitário de 22 anos é cotista de renda. Ele ingressou na universidade em 2023 pela chamada Cota L2, reservada para candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, com renda familiar igual ou inferior a um salário mínimo e meio e que tenham cursado integralmente o Ensino Médio em escolas públicas.

O estudante recebe R$ 400 mensais de subsídio desde abril de 2023. Ele diz que foi bolsista em um podcast e depois criou um projeto de extensão com uma professora. A iniciativa vai completar dois anos em abril. Segundo ele, foi a forma que encontrou de "conseguir manter os gastos durante a faculdade".

Carlos Daniel Vieira é estudante de Medicina da UFCSPA e depende dos subsídios do governo federal — Foto: Arquivo Pessoal 3 de 3 Carlos Daniel Vieira é estudante de Medicina da UFCSPA e depende dos subsídios do governo federal — Foto: Arquivo Pessoal

Carlos Daniel Vieira é estudante de Medicina da UFCSPA e depende dos subsídios do governo federal — Foto: Arquivo Pessoal

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