Denúncia do MPF contra Roberto Jefferson pede reparação financeira para policiais atacados

A denúncia do Ministério Público Federal desta quarta-feira (7) contra o ex-deputado Roberto Jefferson pede reparação financeira aos policiais atacados a tiros e granadas por ele em outubro.

À época, os agentes foram cumprir uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, na casa de Jefferson em Comendador Levy Gasparian, na Região Serrana do Rio.

Dois agentes que foram feridos com estilhaços durante cumprimento de mandado de prisão e outros dois que estavam numa viatura, mas não chegaram a ser atingidos.

A denúncia estabelece montante de R$ 50 mil para cada Policial Federal ferido, pelos danos materiais e imateriais sofridos; R$ 30 mil para os outros 2 policiais federais que participaram da operação, pelos danos imateriais sofridos e R$ 26.780 pelos reparos feitos na viatura policial.

Se a denúncia for totalmente aceita, Roberto Jefferson vai responder por:

Roberto Jefferson em presídio no Rio — Foto: Montagem/g1 1 de 2 Roberto Jefferson em presídio no Rio — Foto: Montagem/g1

Roberto Jefferson em presídio no Rio — Foto: Montagem/g1

O caso aconteceu no dia 23 de outubro. Na ocasião, Jefferson recebeu os policiais com granadas e relatou em depoimento ter dado mais de 50 tiros de fuzil na direção dos agentes 💥

"Consta nos autos ter sido preso em flagrante, no dia 23 de outubro de 2022, por volta das 19h15, em sua residência localizada em Comendador Levy Gasparian-RJ, o ora denunciado Roberto Jefferson, porque, dolosamente e consciente da ilicitude e reprovabilidade de suas condutas, tentou matar 4 Policiais Federais, com emprego de explosivo e de meio de que resultou perigo comum", diz trecho da denúncia.

Na sequência, o MPF cita outros qualificadores do suposto crime.

A denúncia é assinada pelos procuradores da República Charles Stevan da Mota Pessoa e Vanessa Seguezzi.

Jefferson já havia sido indiciado pela PF por 4 tentativas de homicídio.

O g1 tenta contato com a defesa do ex-deputado Roberto Jefferson.

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Fuzil apreendido na casa de Roberto Jefferson — Foto: Reprodução 2 de 2 Fuzil apreendido na casa de Roberto Jefferson — Foto: Reprodução

Fuzil apreendido na casa de Roberto Jefferson — Foto: Reprodução

Na época dos acontecimentos, os advogados disseram apenas que a prisão em flagrante – e que foi convertida em preventiva pelo STF – usurpou a competência da Justiça Federal em Três Rios, que abrange a área de Comendador Levy Gasparian.

Sobre os atos de Jefferson, os advogados disseram que só se manifestariam nos autos.

No início de novembro, os advogados pediram a suspeição de Alexandre de Moraes em todos os processos contra o ex-deputado, inclusive a ação contra policiais federais. A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), vai ser a nova relatora do caso.

Segundo os advogados de Roberto Jefferson, Moraes agiu de forma parcial no processo.

“Surge patente parcialidade para funcionar como investigador do Excipiente e condutor do INQ 4874, e, por consequência, não só da PET 9844, mas para apreciar todo e qualquer requerimento referente ao Sr. Roberto Jefferson”, afirma um trecho do documento.

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