Cliente relata que foi chamada de 'macaca' e agredida por idosa em fila de supermercado em Petrópolis, no RJ
Uma cliente negra que estava em um supermercado em Itaipava, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, relatou que foi atacada com ofensas racistas e agredida por outra cliente, uma mulher branca, após uma discussão na fila de padaria do estabelecimento nesta sexta-feira (9).
A vítima, Fernanda Rocha, contou que estava aguardando um café na fila da lanchonete do supermercado quando a outra cliente, insatisfeita com a demora no atendimento, começou a reclamar e ofender uma atendente. Fernanda, então, pediu que a cliente tivesse paciência porque ela já seria atendida, mas foi ofendida a agredida fisicamente.
Segundo a vítima, a agressora, uma idosa branca de olhos azuis, disse que não estava falando com Fernanda, que ela “tinha que ser preta” e que era uma “macaca”.
Além disso, a idosa também falou que “pobres têm mania de perseguição” e que “essa classe operária tem que aprender a ser subordinada”.
Procurada pelo 💥️g1, a idosa confessou que ofendeu a vítima e assumiu tê-la chamado de “macaca”.
Ainda segundo o relato de Fernanda, enquanto proferia as ofensas racistas, a mulher ainda passou a mão no braço, em referência a cor da pele da vítima.
Depois da discussão, a idosa teria segurado os braços de Fernanda e a agrediu. Funcionários e clientes do supermercado tentaram conter as duas mulheres e acionaram a Polícia Militar.
A mulher foi conduzida para a delegacia de Itaipava. De acordo com a 106ª DP (Itaipava), ela foi autuada em flagrante pelo crime de injúria por preconceito. Foi arbitrada fiança no valor de um salário mínimo e a autora vai responder pelo crime em liberdade.
Por meio de nota, o Bramil Supermercados disse que se solidariza com a cliente que foi vítima de racismo, por parte de outra cliente, dentro de uma das unidades da rede e que diante do crime, os colaboradores prestaram todo apoio a vítima.
A rede de supermercados disse, ainda, que repudia qualquer tipo de discriminação, seja por raça, gênero, orientação sexual, religião, ideologia, origem étnica ou diversidade funcional. "Buscamos atender a todos da melhor forma possível, e por isso atitudes racistas ou de qualquer outra natureza discriminatória não serão toleradas e devem ser punidas de acordo com a lei", conclui a nota.
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