Unicamp 2023: último dia de 2ª fase aborda fome, vigilância no mundo digital e tragédia em Petrópolis

Estudantes durante último dia de provas da 2ª fase do vestibular 2023 da Unicamp — Foto: Júlio César Costa/g1 1 de 4 Estudantes durante último dia de provas da 2ª fase do vestibular 2023 da Unicamp — Foto: Júlio César Costa/g1

Estudantes durante último dia de provas da 2ª fase do vestibular 2023 da Unicamp — Foto: Júlio César Costa/g1

Os estudantes que participaram da segunda prova da 2ª fase do vestibular 2023 da Unicamp, na tarde desta segunda-feira (12), se depararam com assuntos do cotidiano ou que tiveram ampla repercussão durante o ano ao responderem às questões sobre conteúdos do ensino médio. As avaliações de matemática e de conhecimentos específicos percorreram uma série de temas como clima, fome, a vigilância no mundo digital a partir de menção sobre o livro 1984, de George Orwell, além da tragédia com pelo menos 234 mortos em Petrópolis, Região Serrana do Rio, em fevereiro.

A prova com cinco horas de duração começou às 13h e, às 15h, os primeiros candidatos começaram a deixar os locais. Segundo a comissão organizadora (Comvest), não foram registrados incidentes.

A exceção foi o campus II da Unip, em Campinas (SP), onde o início começou 15 minutos após o previsto por conta de reflexos do temporal que provocou alagamentos em avenidas como Norte-Sul e Princesa d'Oeste, usadas para trajeto até o local. No campus I da PUC, por outro lado, não houve alterações, mas um candidato chegou "segundos" após o fechamento dos portões, mas foi autorizado a entrar porque saiu de área afetada pelo temporal e os cadernos não tinham sido distribuídos

💥️Ciências Humanas

💥️Humanas

💥️Exatas

💥️Biológicas

O exame desta tarde foi composto por uma prova comum, formada por seis questões dissertativas de matemática e duas interdisciplinares em ciências humanas, e uma segunda, também discursiva, mas desta vez formada por questões elaboradas conforme a área do curso pretendido pelo estudante:

💥️Veja aqui as provas da 2ª fase

💥️Pontuação

Candidata ao curso de educação física, Yasmim Trainotti Bueno, de 18 anos, moradora de Campinas (SP), considerou o conteúdo desta segunda-feira mais difícil do que no dia anterior.

"Achei complexa a parte geral, dava para fazer, mas eram questões muito profundas", explicou.

A estudante elogiou a pergunta que relacionava radiação com a música "Alma", de Zélia Duncan, ao considerar que ela ficou "mais atual" pela associação, e elogiou a aplicação de provas coloridas pela primeira vez, pela universidade, com objetivo de deixá-las mais didáticas para os participantes.

"Ajudam na hora de visualizar as imagens, fica mais claro", ressaltou a jovem.

Yasmim Trainotti Bueno, de 18 anos, busca vaga em educação física — Foto: Naira Zitei/g1 2 de 4 Yasmim Trainotti Bueno, de 18 anos, busca vaga em educação física — Foto: Naira Zitei/g1

Yasmim Trainotti Bueno, de 18 anos, busca vaga em educação física — Foto: Naira Zitei/g1

Larissa Cocenza, de 18 anos, busca uma vaga no curso de Nutrição. Para ela, a prova com questões comuns para todos os candidatos apresentou assuntos pertinentes.

"Eu gostei sobre a de insegurança alimentar, eu senti que dava para desenvolver bastante", falou. No entanto, nas questões específicas por área, a candidata teve mais dificuldade. "Tinham conteúdos muito específicos, estava bem decoreba", frisou.

Larissa Cocenza, de 18 anos, tenta vaga no curso de Nutrição — Foto: Naira Zitei/g1 3 de 4 Larissa Cocenza, de 18 anos, tenta vaga no curso de Nutrição — Foto: Naira Zitei/g1

Larissa Cocenza, de 18 anos, tenta vaga no curso de Nutrição — Foto: Naira Zitei/g1

Tom parecido foi mantido pelo estudante Jorge Matheus da Silva, de 18 anos, que sonha cursar engenharia civil na universidade estadual. Para ele, os conteúdos em humanas foram "tranquilos", diferentemente das questões em exatas, consideradas pelo jovem como "bem difíceis".

"A parte específica estava bem conteudista. Você tinha que saber a fórmula ou não fazia", ponderou. Segundo ele, o uso de cores na avaliação foi benéfico. "Facilitou bastante o entendimento", falou.

Jorge Matheus da Silva, de 18 anos, prestou o vestibular da Unicamp em Campinas (SP) nesta segunda (12) — Foto: Naira Zitei/g1 4 de 4 Jorge Matheus da Silva, de 18 anos, prestou o vestibular da Unicamp em Campinas (SP) nesta segunda (12) — Foto: Naira Zitei/g1

Jorge Matheus da Silva, de 18 anos, prestou o vestibular da Unicamp em Campinas (SP) nesta segunda (12) — Foto: Naira Zitei/g1

Foram convocados para a segunda fase 💥️12.708 candidatos. A universidade oferece 💥️2.540 vagas em 💥️69 cursos.💥Nesta etapa, as avaliações ocorreram em 17 cidades de São Paulo (14 a menos do que na 1ª fase), além de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Fortaleza (CE) e Salvador (BA).

No primeiro dia de provas, realizado domingo, os candidatos fizeram as provas de redação, português, inglês e ciências da natureza. As produções de texto passaram pelos temas do racismo e porte armas, enquanto a prova teve como destaque uma questão sobre aporofobia. O índice de abstenção foi 7,6%.

A Unicamp, na prova de 1ª fase, abordou temas como transfeminismo, a presença do cristianismo em comunidades periféricas e o uso de selfies e linguagens da internet como recursos de comunicação. Confira aqui a lista de assuntos e a repercussão com estudantes.

Além disso, o exame percorreu assuntos como resistência à ditadura no Brasil, pandemia, saúde mental - uso de manicômios e hospícios no país, reservas extrativistas e Amazônia, além do uso de armas e massacres registrados em países como Canadá e Estados Unidos.

O índice de abstenção foi de 8,14%, informou a comissão organizadora.

💥️Conteúdo da prova (questões)

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