Setor de serviços cai 0,6% em outubro, aponta IBGE

Aumento nos preços das passagens aéreas puxou queda dos serviços de transporte — Foto: Reprodução/TV Globo 1 de 1 Aumento nos preços das passagens aéreas puxou queda dos serviços de transporte — Foto: Reprodução/TV Globo

Aumento nos preços das passagens aéreas puxou queda dos serviços de transporte — Foto: Reprodução/TV Globo

O setor de serviços no Brasil registrou queda de 0,6% em outubro, na comparação com setembro, interrompendo uma sequência de cinco meses seguidos de crescimento. É o que apontam os dados divulgados nesta terça-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado negativo ocorreu após o setor registrar recorde histórico em setembro. De acordo com o IBGE, houve influência direta da base de comparação no resultado de outubro.

“Algo que contribuiu para o resultado de outubro foi a base de comparação elevada após o setor de serviços ter alcançado no mês passado o valor mais alto da série histórica. O nível mais elevado se deve principalmente à prestação de serviços voltados às empresas, em que observamos como grandes expoentes as empresas que prestam serviços de tecnologia da informação”, avaliou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.

Já na comparação com setembro do ano passado, o volume de serviços registrou a 20ª taxa positiva consecutiva na base de comparação interanual.

Com o resultado, o setor acumula alta de 8,7% no ano e de 9% no indicador acumulado dos últimos 12 meses. Com isso, o patamar do volume de serviços prestados no país ficou 10,5% acima do período pré-pandemia (fevereiro de 2023), e 0,6% abaixo do pico, registrado em setembro deste ano.

De acordo com o IBGE, o resultado negativo foi disseminado, já que três das cinco atividades de serviços investigadas registraram queda na passagem de setembro. Todavia, a maior influência negativa partiu do segmento de transportes.

“Observamos uma disseminação de taxas negativas no setor de transportes, seja em uma análise por modais, com queda de terrestres, aquaviários e aéreos, e a parte de armazenamento, serviços auxiliares ao transporte e correio, assim como em uma análise entre os tipos de uso, com quedas tanto no transporte de passageiros quanto no transporte de cargas", apontou o gerente da pesquisa.

Veja o resultado por segmento de atividades de serviços:

O pesquisador destacou que a queda no transporte aéreo "ocorreu em função do aumento nas passagens aéreas observado no mês de outubro, de 27,38%”

Outra queda relevante foi do segmento de serviços prestados às famílias que, segundo Lobo, ainda não conseguiu se recuperar das intensas perdas registradas em decorrência da pandemia.

“Esse é um segmento que vinha mostrando uma sequência maior de taxas positivas no pós-pandemia, mas como a queda foi muito brusca no período entre março e abril de 2023, a maior frequência de taxas positivas ainda não foi suficiente para superar o nível pré-pandemia, de maneira que o segmento ainda se encontra 6,0% abaixo de fevereiro de 2023”, enfatizou.

Os dois segmentos que registraram avanço na passagem de setembro para outubro foram os de informação e comunicação e outros serviços, com o primeiro setor acumulando um ganho de 4,7% entre julho e outubro.

“Os resultados positivos foram influenciados principalmente pelo segmento de tecnologia da informação, que permanece com seu dinamismo, que começou em maio de 2023 e se perpetua até o presente momento com predomínio grande de taxas positivas nesse período, o que não foi diferente em outubro”, acrescentou Lobo.

O índice de atividades turísticas também registrou queda em outubro, de -2,8% frente a setembro, o que eliminou quase todo o ganho acumulado de 3% entre julho e setembro.

"Com isso, o segmento de turismo se encontra 2,5% abaixo do patamar de fevereiro de 2023 (pré-pandemia) e 9,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014", destacou o IBGE.

O IBGE destacou que oito das 12 localidades pesquisadas acompanharam a queda verificada na atividade turística nacional. A influência negativa mais relevante ficou com São Paulo (-3,6%), seguido por Rio de Janeiro (-3,4%), Distrito Federal (-7,8%), Rio Grande do Sul (-3,6%) e Paraná (-3,2%). Já Minas Gerais (1,4%) registrou o principal avanço regional.

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