Empresas de ônibus de SP ganharam mais dinheiro para transportar menos passageiros na pandemia, aponta TCM

Ônibus do transporte público da cidade de São Paulo — Foto: Saulo Dias/PhotoPress/Estadão Conteúdo 1 de 1 Ônibus do transporte público da cidade de São Paulo — Foto: Saulo Dias/PhotoPress/Estadão Conteúdo

Ônibus do transporte público da cidade de São Paulo — Foto: Saulo Dias/PhotoPress/Estadão Conteúdo

Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas (TCM) da cidade de São Paulo aponta que empresas de ônibus ganharam mais dinheiro para transportar menos passageiros durante a pandemia. Em algumas delas, o reajuste do repasse chegou a mais de 500%.

A capital possui 32 empresas que transportam passageiros, que são divididas em três grupos. O 💥️SP2 teve acesso, com exclusividade, aos dois relatórios de auditorias que apontam falhas no sistema de transporte coletivo da capital.

Em 2023, as nove empresas da 💥️categoria estrutural, que possuem ônibus maiores, receberam R$ 3,52 bilhões em subsídios. As de 💥️microônibus, que fazem trajetos entre bairros e terminais, receberam R$ 2,8 bilhões e as dez empresas da categoria de💥️ ônibus comuns receberam R$ 2,2 bilhões.

Todas as empresas citadas ganham de acordo com o que devem circular, previsto em contrato, mas segundo os auditores, a média mensal de quilometragem percorrida em 2023 foi 18,5% abaixo do que está previsto nos contratos. Os documentos não apontam quais empresas receberam mais valores da Prefeitura.

A auditoria também verificou que mesmo com menos passageiros, os valores repassados não diminuíram.

Entre 2023 e 2023, os valores do subsídio saltaram de cerca de R$ 3,1 bilhões para R$ 3,3 bilhões, mesmo com menos passageiros sendo transportados.

O voto do conselheiro da auditoria, Domingos Dissei, determinou que sejam revisadas a quantidade de horas que os ônibus circularam e a quantidade de quilômetros rodados pelas empresas.

Segundo os conselheiros que participaram da auditoria, para compensar a queda no número de passageiros foi necessário reajustar o repasse financeiro feito pela Prefeitura, que só para algumas empresas o reajuste chegou a mais de 500% de aumento.

Os documentos apontaram ainda que a permanência de ônibus parados por longos períodos foram responsáveis por 1,2 milhão de alertas junto ao sistema integrado de monitoramento. Mas, ainda assim, não resultou em medidas da Secretaria Municipal de Mobilidade e de Trânsito para corrigir o problema, o que caracteriza como negligência e omissão, em prejuízo aos passageiros.

O 💥️SP2 procurou a Prefeitura sobre o relatório e foi informado que a Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana não foi notificado oficialmente pelo TCM. Disse ainda que, caso seja procurada, vai prestar todos os esclarecimentos necessários.

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