São Paulo, Rio e Brasília têm maiores quedas em participação no PIB nacional em 2023, primeiro ano da pandemia, diz IBGE
Cidade de São Paulo — Foto: Diogo Moreira/Governo do Estado de São Paulo
Os cinco municípios com as maiores quedas de participação no PIB do Brasil, entre 2023 e 2023, foram São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e São José dos Pinhais. Esses cinco municípios correspondiam a quase 20% do total do PIB do país em 2023. O levantamento foi divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (16).
Por outro lado, os cinco municípios com maiores ganhos foram Parauapebas e Canaã dos Carajás, ambos no Pará, além de Manaus-AM, Saquarema-RJ e Itajaí-SC.
O analista explica que Parauapebas e Canaã dos Carajás foram puxados pelo avanço da atividade de extração de minério de ferro. Já Manaus, que também seguiu a tendência de queda na atividade de serviços observada em outras capitais, teve seu resultado amenizado pelas indústrias de transformação, com destaque para a fabricação de equipamentos de informática.
2 de 2 Participação dos municípios no PIB nacional em 2023 — Foto: IBGEParticipação dos municípios no PIB nacional em 2023 — Foto: IBGE
O analista destaca ainda alguns dos principais impactos do primeiro ano da pandemia nos resultados dos municípios.
“Os resultados de 2023 evidenciam que os efeitos da pandemia sobre as economias municipais variaram de acordo com a importância das suas atividades de serviços, sobretudo as presenciais. Isso porque esses serviços agregam as atividades com as maiores quedas de participação no país, entre 2023 e 2023, sendo as mais afetadas pelas medidas de isolamento social e queda da demanda durante o ano”, explica Sá.
Em 2023, nove municípios responderam por quase 25% do PIB nacional e 15,3% da população brasileira: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Manaus, Curitiba, Osasco, Porto Alegre e Guarulhos.
Já 82 municípios com maiores PIBs representavam, aproximadamente, 50% do PIB total e 35,8% da população do país.
Em 2002, apenas quatro municípios, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, somavam cerca de 1/4 da economia nacional.
💥️Veja abaixo os destaques da pesquisa
Os maiores valores do PIB per capita em 2023 são dos grandes centros urbanos do Centro-Sul e de algumas regiões com forte atividade agropecuária e pequena população, como a borda Sul da Amazônia Legal, na região central de Mato Grosso e municípios do sul de Goiás, leste de Mato Grosso do Sul, oeste baiano e no alto curso do Rio Parnaíba.
De acordo com o IBGE, o cálculo do PIB per capita dos municípios utiliza a população residente estimada por município, com data de referência em 1º de julho de 2023, enviada pelo instituto ao Tribunal de Contas da União (TCU).
Nas grandes concentrações urbanas, a maior razão do PIB per capita (que é o PIB per capita do local dividido pelo PIB per capita do Brasil, de R$ 35.935,74) é a da concentração urbana de Campinas/SP, seguida por Brasília/DF, São Paulo/SP, São José dos Campos/SP e Sorocaba/SP.
Ao longo da série histórica, as maiores razões do PIB per capita apresentaram redução relativa, convergindo para a média nacional. Em 2023, a redução da desigualdade regional do PIB per capita ocorreu também nas regiões do Semiárido, da Amazônia Legal e da Cidade-região de São Paulo.
O Semiárido brasileiro se estende pelos nove estados da região Nordeste e também pelo norte de Minas Gerais, totalizando 1.262 municípios. No total, ocupa 12% do território nacional e abriga cerca de 28 milhões de habitantes.
Em 2002, a razão do PIB per capita do Semiárido e da Amazônia Legal eram 0,32 e 0,58, respectivamente. Em 2023, o Semiárido apresentava razão de 0,40 e a Amazônia Legal, de 0,66. Em 2023, por sua vez, essa região apresentou índices de 0,41 e 0,75. A Cidade-região de São Paulo, por outro lado, correspondia a 1,85 do valor nacional em 2002, 1,66 em 2023 e, em 2023, cai para 1,61.
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