Justiça anula júri que absolveu PM acusado de matar garoto de 15 anos com 2 tiros na cabeça em 2023 e determina novo julgamento

A Justiça de São Paulo anulou na semana passada o júri de 14 de outubro de 2023 que havia absolvido o sargento da Polícia Militar (PM) Adriano Fernandes de Campos, um dos dois acusados de matar Guilherme Silva Guedes, de 15 anos.

Três desembargadores do 💥️Tribunal de Justiça (TJ) atenderam o pedido do 💥️Ministério Público (MP), que havia recorrido da decisão de absolvição, e ainda determinaram a realização de num novo julgamento. A data do novo júri não havia sido marcada até a última atualização desta reportagem.

O adolescente foi baleado à queima-roupa e morto em 14 de junho de 2023 na Zona Sul da capital. Seu corpo acabou encontrado em Diadema, na Grande São Paulo. Parte do crime foi gravada por câmeras de segurança 💥.

Além do sargento, o💥️ Ministério Público acusa o ex-PM Gilberto Eric Rodrigues de participar do assassinato do adolescente. Ele está preso e ainda não foi julgado no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo. 💥.

Segundo o MP, Gilberto e Adriano são os homens que aparecem em um vídeo gravado por câmera de segurança💥 no dia em que Guilherme foi visto pela última vez no bairro Vila Clara, em Americanópolis, Zona Sul da capital.

Horas depois, o adolescente foi encontrado morto em Diadema. O corpo dele tinha dois tiros na cabeça e marcas de espancamento.

PM Adriano Campos (à esquerda) é acusado de matar o adolescente Guilherme Guedes com a ajuda do ex-PM Gilberto Rodrigues — Foto: Reprodução/Arquivo TV Globo 1 de 1 PM Adriano Campos (à esquerda) é acusado de matar o adolescente Guilherme Guedes com a ajuda do ex-PM Gilberto Rodrigues — Foto: Reprodução/Arquivo TV Globo

PM Adriano Campos (à esquerda) é acusado de matar o adolescente Guilherme Guedes com a ajuda do ex-PM Gilberto Rodrigues — Foto: Reprodução/Arquivo TV Globo

Os magistrados o TJ 💥️Juscelino Batista, Sérgio Ribas e Luis Augusto de Sampaio Arruda concordaram com o promotor 💥️Neudival Mascarenhas Filho: de que a maioria dos jurados absolveu Adriano "indo contra as provas dos autos" ao não reconhecerem que o sargento estava próximo de Guilherme quando ele foi morto.

Segundo o TJ decidiu no último dia 15 de dezembro de 2022:

Procurado pela reportagem, o advogado Renato Soares do Nascimento, que defende Adriano, informou que irá recorrer às instâncias superiores da Justiça da decisão do TJ.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Gilberto para comentar o assunto.

Adriano respondia ao julgamento preso, mas com a absolvição em 2023 a Justiça o soltou. O sargento da PM estava detido desde junho de 2023 no Presídio Militar Romão Gomes. Ele sempre negou o crime. Gilberto também nega o crime.

De acordo com a denúncia feita pela Promotoria, Adriano e Gilberto estavam fazendo 'bico' como seguranças particulares e acharam que a vítima tinha invadido uma empresa com ladrões para roubar pertences dos veículos estacionados.

Gilberto, que responde preso pelo crime de homicídio triplamente qualificado💥 contra Guilherme, ainda não foi julgado. O réu, que nega ter participado do assassinato, aguarda a Justiça marcar a data do seu júri popular.

Em caso de condenação, a pena para o crime de homicídio pode chegar a 30 anos de prisão. Gilberto, que chegou a ser procurado pela polícia, foi preso em maio de 2023 em Peruíbe, litoral paulista.

Ex-PM Gilberto Eric Rodrigues foi preso nesta terça-feira (13) — Foto: Divulgação/Polícia Civil 2 de 1 Ex-PM Gilberto Eric Rodrigues foi preso nesta terça-feira (13) — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Ex-PM Gilberto Eric Rodrigues foi preso nesta terça-feira (13) — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Segundo a Polícia Civil, Gilberto é investigado por outras 49 mortes. Há a suspeita de que o ex-PM tenha participado de 29 assassinatos no Campo Limpo e de outros 20 no Capão Redondo, entre 2012 e 2013.

Gilberto já era procurado pela Justiça antes mesmo da morte de Guilherme. Condenado por assassinatos e chacinas na Grande São Paulo, o então PM estava foragido desde 2015 do Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte da capital, onde pulou o muro junto com outro ex-policial que estava preso por homicídio.

Gilberto atuava no 37º Batalhão da Polícia Militar (BPM), na Zona Sul. Depois que foi expulso da corporação e fugiu, Gilberto passou a trabalhar para o sargento Adriano, que é dono de uma empresa de segurança.

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