Anunciada na Saúde, Nísia quer fortalecer vacinação: 'Não é possível termos retrocessos'
Lula anunciou a atual presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, como ministra da Saúde — Foto: g1
A futura ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta quinta-feira (22) que estará entre as prioridades do novo governo federal o fortalecimento do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Após ser anunciada para o cargo pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Nísia disse que sua gestão vai estabelecer metas de vacinação em todas as faixas etárias a fim de recuperar a cobertura vacinal do país. O novo governo tomará posse em 1º de janeiro.
"Vamos estabelecer uma meta de vacinação para todas as faixas etárias com a grande visão de recuperar a cobertura vacinal no Brasil. Vamos fortalecer o Programa Nacional de Imunizações com essa perspectiva de ser um esforço que vai além da saúde", afirmou.
"O Zé Gotinha vai nos acompanhar por um bom tempo. O Brasil vai completar 50 anos de seu programa nacional de imunizações, não é possível termos retrocessos nesta área", declarou.
A vacinação, em especial contra a Covid-19, foi um dos pontos mais polêmicos da gestão de Jair Bolsonaro (PL).
O próprio presidente desestimulou a vacinação, incentivou o uso de medicamentos ineficazes e promoveu aglomerações.
Atual presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia informou que o PNI será transformado em um departamento dentro da estrutura do ministério.
O programa atualmente é uma coordenação dentro do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde
"Fortalecer o programa nacional de imunizações, que se tonará um departamento. E pensar a imunização como um esforço nacional, que vai passar pela saúde, pelas escolas, pela área de desenvolvimento social", disse a futura ministra.
Segundo Nísia, facilitar o acesso das famílias aos locais de vacinação é uma das ações a serem implementadas. A ministra pretende definir essas ações logo nas primeiras semanas no cargo.
Nísia também declarou que está entre as prioridades fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e organizar a fila de cirurgias eletivas, impactada pela pandemia.
A ideia da futura ministra é definir critérios para a realização das cirurgias e contar com o apoio de hospitais filantrópicos e privados. Nísia citou que serão feitos mutirões pelo país para tentar reduzir as filas.
"Também pensamos em mutirões, principalmente em áreas de vazios assistenciais. Esse é um foco prioritário como o próprio presidente Lula vem falando", disse.
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