Randolfe aciona Pacheco para saber quem autorizou entrada de suspeitos de terrorismo no Senado
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) enviou um ofício ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta segunda-feira (26) para saber quem autorizou a entrada do empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa em uma comissão da Casa, no fim de novembro.
George Washington foi preso no último sábado (24), suspeito de tentar explodir um caminhão-tanque perto do Aeroporto de Brasília.
O empresário compareceu a uma audiência pública da Comissão de Transparência e Fiscalização (CTFC), realizada pelo senador Eduardo Girão (Pode-CE), aliado de Bolsonaro. O vídeo que mostra George no debate é público, e está disponível no site do Senado.
1 de 1 George Washington de Oliveira Sousa, empresário preso por suposta conduta terrorista, aparece de camisa quadriculada em sessão do Senado — Foto: Senado/YouTube/ReproduçãoGeorge Washington de Oliveira Sousa, empresário preso por suposta conduta terrorista, aparece de camisa quadriculada em sessão do Senado — Foto: Senado/YouTube/Reprodução
Segundo Randolfe, é preciso saber quem autorizou o acesso do empresário ao prédio.
As regras do Senado preveem que visitantes só podem entrar se forem liberados por um gabinete ou pela própria direção da Casa ou da comissão temática – ou se estiverem participando do programa de visitação guiada.
"Ninguém entra no Senado sem autorização de um senador. É preciso saber quem deu a autorização para que eles entrassem", diz Randolfe ao 💥️blog.
No documento a Pacheco, Randolfe Rodrigues também cita um suposto cúmplice de George Washington de Oliveira na fabricação da bomba anexada ao caminhão-tanque. Esse homem, segundo o documento, também teria ido à comissão no mesmo dia.
"Como é notório, desde a redemocratização do Brasil não presenciamos um ambiente político tão desafiador, em especial com o planejamento e a disseminação de ataques terroristas à democracia e o uso massivo de fake news para o nefasto fomento de mensagens golpistas", diz o documento.
"É grave a informação de que o Senado Federal foi palco para que suspeitos de terrorismo organizassem ataques à democracia", prossegue.
Além da presença na comissão, Randolfe pede que o Senado informe se os suspeitos também estiveram em algum gabinete de senador nesta data, e se foram ao Senado em outra ocasião.
A Polícia Civil do Distrito Federal apurou que George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, é apoiador do presidente Jair Bolsonaro.
Ele, que foi autuado por terrorismo após tentar explodir um caminhão de combustível próximo ao aeroporto da capital, confessou o crime e disse ter "motivação ideológica".
O que você está lendo é [Randolfe aciona Pacheco para saber quem autorizou entrada de suspeitos de terrorismo no Senado].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
Wonderful comments