Dólar fecha em alta com mercado de olho em futuros ministros de Lula

1 de 1 Cédulas de dólar — Foto: Pexels

Cédulas de dólar — Foto: Pexels

O dólar fechou em alta nesta terça-feira (27), com o mercado de olho nas nomeações dos ministros que vão compor a equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Os agentes financeiros também repercutem as recentes flexibilizações em medidas de controle da Covid-19 na China.

A moeda norte-americana subiu 1,47%, cotada a R$ 5,2853. Veja mais cotações.

Na segunda-feira (26), o dólar avançou 0,84%, cotado a R$ 5,2089. Com o resultado de hoje, acumula alta de 1,61%💥️ no mês. No ano, no entanto, tem queda de 5,19%.

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No cenário doméstico, atenções voltadas para negociações envolvendo a senadora Simone Tebet (MDB-MS), de perfil mais ortodoxo na economia. A expectativa é de que Tebet aceite chefiar o Ministério do Planejamento.

A senadora recebeu da equipe de transição de Lula (PT) o organograma de como ficará a pasta sob sua gestão e, segundo interlocutores, se disse contemplada com o desenho, apurou a jornalista Natuza Nery.

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda, afirmou na segunda-feira que Tebet é qualificada e que não haveria dificuldade em relação a seu nome para eventual indicação ao Planejamento.

Haddad também disse na véspera que o economista André Lara Resende, um dos formuladores do Plano Real e membro da transição de governo, declinou da possibilidade de assumir a pasta, dizendo a Lula que não tinha intenção de participar do governo.

"Segue a expectativa para as nomeações ministeriais do presidente eleito Lula", afirmou a equipe da XP Investimento em relatório a clientes enviado mais cedo nesta terça-feira.

Os investidores também acompanham com atenção as conversas do Ministério da Economia com o futuro governo Lula para prorrogar a isenção de PIS e Cofins sobre combustíveis por mais 30 dias. A isenção terminaria no final deste ano. Se a medida não for prorrogada, gasolina, diesel e gás de cozinha subiriam de preço a partir da posse de Lula.

O novo governo ainda não tomou uma decisão final sobre a isenção por um prazo maior que um mês. Na equipe de Lula, há quem defenda mantê-la apenas para diesel e gás de cozinha, e retirar da gasolina. E depois substituir a isenção por um mecanismo para evitar alta no preço dos combustíveis.

Além dos desdobramentos na cena política, agentes financeiros também acompanham operações do Banco Central para a venda de até US$ 2 bilhões em leilões de venda conjugados com leilões de compra nesta terça-feira no mercado interbancário.

As propostas foram acolhidas de 10h30 às 10h35 e as operações de venda serão liquidadas na quinta-feira. A operação ocorre principalmente em momentos de falta de liquidez.

No exterior, a China anunciou na segunda que vai parar de exigir quarentena para viajantes que chegarem ao país a partir de 8 de janeiro. Além disso, a gestão da Covid-19 também será rebaixada da categoria A para B – menos rigorosa.

A notícia endossa expectativas otimistas para a reabertura econômica da China, o que acaba beneficiando commodities, e, segundo a XP Investimentos, pode ser positivo aos países emergentes como o Brasil.

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