Bretas abre mão de julgar ação relacionada à compra de votos para escolher sede das Olimpíadas em 2016

O juiz Marcelo Bretas, responsável pela operação Lava Jato no Rio De Janeiro, abriu mão de julgar uma das ações sobre a lavagem de dinheiro para a compra de votos na eleição que escolheu o Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016.

A ação é mais uma envolvendo denúncias de corrupção nos mandatos de Sérgio Cabral, entre 2007 e 2014, como governador do Estado do Rio de Janeiro. Em 2023, ele admitiu a compra dos votos, por U$ 2 milhões.

Nesta decisão, tomada antes do recesso do poder Judiciário, Bretas alegou que a ação sobre a lavagem de dinheiro para a compra de votos na eleição que escolheu o Rio como sede das Olimpíadas de 2016 não tem relação direta com a operação Calicute.

A operação foi a responsável por mandar Cabral para a cadeia, em 2016, e atraiu os demais processos para a 7ª Vara Federal.

Apesar de ter perdido a responsabilidade sobre um dos processos sobre a lavagem do dinheiro usado para a compra de votos, Bretas já deu a sentença do processo principal, em 2022.

O magistrado condenou o ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro Carlos Arthur Nuzman a mais de 30 anos de prisão, em ação que segue correndo nas instâncias superiores.

Marcelo Bretas, em entrevista ao programa Em Foco, da GloboNews — Foto: GloboNews 1 de 2 Marcelo Bretas, em entrevista ao programa Em Foco, da GloboNews — Foto: GloboNews

Marcelo Bretas, em entrevista ao programa Em Foco, da GloboNews — Foto: GloboNews

 O ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB) deixa o carro da Polícia Federal no Instituto Médico-Legal (IML), no Rio de Janeiro. Cabral foi preso na manhã de hoje pela Polícia Federal (PF) na Operação Calicute, nova fase da Lava Jato. — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo 2 de 2 O ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB) deixa o carro da Polícia Federal no Instituto Médico-Legal (IML), no Rio de Janeiro. Cabral foi preso na manhã de hoje pela Polícia Federal (PF) na Operação Calicute, nova fase da Lava Jato. — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

O ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB) deixa o carro da Polícia Federal no Instituto Médico-Legal (IML), no Rio de Janeiro. Cabral foi preso na manhã de hoje pela Polícia Federal (PF) na Operação Calicute, nova fase da Lava Jato. — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Agora, essa ação deverá ser distribuída para outro magistrado da justiça federal. Este processo está ligado à operação Unfair Play, deflagrada em 2017.

A defesa do ex-governador Sérgio Cabral, em nota, afirmou que “a decisão é correta, apesar de tardia”, e que espera que o mesmo princípio seja reconhecido em outras causas.

Atualmente, Sérgio Cabral está em prisão domiciliar, após ter deixado a unidade prisional da PM do Rio, em Niterói, em dezembro de 2022.

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