Viações terão de instalar sensores para medir ar-condicionado em ônibus do Rio; veja linhas com mais reclamações sobre calor
Prefeitura do Rio publica decreto que determina a instalação de sensores de temperatura nos ônibus — Foto: Reprodução/ TV Globo
A Prefeitura do Rio de Janeiro publicou, na edição de terça-feira (27) do Diário Oficial, um decreto que estabeleceu novas obrigações para as empresas de ônibus que fazem o transporte municipal. Entre elas, está a instalação de um sistema de monitoramento eletrônico de climatização dos ônibus e o aumento da frota.
O sistema eletrônico é formado por sensores de temperatura nos veículos. Pelo decreto, eles precisariam ser instalados até o dia 31 de julho de 2023. Em caso de constatação de irregularidades no ar-condicionado dos ônibus, a medida prevê a redução no valor do subsídio pago pelo poder municipal.
A determinação também afirma que os sensores de temperatura deverão compartilhar a informação em tempo real com a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR).
O decreto reajusta o calor do subsídio pago pelo município às empresas de ônibus, cumprindo um acordo judicial de maio deste ano. A secretaria esclarece que o subsídio previsto no decreto não tem relação com o valor da tarifa paga pelos passageiros.
O subsídio pago pela prefeitura passará de R$ 5,80 para R$ 6,20 a partir de 1º de janeiro do ano que vem.
2 de 2 Subsídio pago pela Prefeitura do Rio para empresa de ônibus passará de R$ 5,80 para R$ 6,20 a partir de 1º de janeiro do ano que vem — Foto: Reprodução/ TV GloboSubsídio pago pela Prefeitura do Rio para empresa de ônibus passará de R$ 5,80 para R$ 6,20 a partir de 1º de janeiro do ano que vem — Foto: Reprodução/ TV Globo
O indicador de receita por quilômetro, que é o dado fixo que os consórcios têm direito com base no total percorrido pelos veículos, não importando o total de passageiros transportados, passa para R$ 9,17.
Caso a determinação de instalação de sensores seja descumprida, a medida prevê que o indicador de receita por quilômetro seja reduzido para R$ 7,07 até que os aparelhos sejam corretamente instalados em todos os veículos.
A prefeitura também determinou um plano de aumento da frota, que deve ser apresentado em 15 dias úteis para ser analisado pelo município.
A Prefeitura do Rio fez uma lista com as linhas de ônibus com o maior número de reclamações dos usuários sobre a falta de refrigeração.
Nos pontos de ônibus da capital fluminense, os passageiros reclamam do calor.
“Pelo menos o ar-condicionado funcionando, porque os ônibus estão lotados. É o mínimo de respeito com a gente. Porque pagamos, não é de graça”, disse um passageiro.
O Rio Ônibus, sindicato que representa as empresas de ônibus, afirmou que está analisando o decreto publicado pela prefeitura e segue em negociação com o poder municipal, com o objetivo de cumprir o acordo estabelecido com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).
Na tarde de terça, o prefeito Eduardo Paes (PSD), afirmou que o preço da tarifa cobrada aos passageiros pode aumentar de R$ 4,05 para R$ 4,20 ou R$ 4,30. A declaração foi dada em um encontro com jornalistas no Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
"Estou pensando ainda. (Mas), posso aumentar a passagem de ônibus. Não sei o valor ainda se será de R$ 4,20 ou R$ 4,30. Se eu aplicar o IPCA será de R$ 4,30. Se eu aplicar a fórmula paramétrica (o valor da passagem) vai lá na lua ", informou Paes.
A data para a mudança de valor, caso seja empregada, ainda não foi definida.
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