Governador do AP, Waldez Góes será ministro da Integração e Desenvolvimento Regional
Waldez Góes, governador do Amapá — Foto: José Baia/GEA/Divulgação
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou que o atual governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), será o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional.
A pasta será recriada pelo novo governo Lula. Ao todo, o governo terá 37 ministérios.
A expectativa é que o ministério fique responsável pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf).
A estatal federal ganhou notoriedade por executar boa parte das indicações das emendas de relator, que foram declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Originalmente, a empresa foi criada para atuar especificamente nos projetos de irrigação e segurança hídrica da região do entorno do Rio São Francisco, mas atualmente também desenvolve obras de pavimentação, construção de pontes e entrega de máquinas e equipamentos.
A Codevasf também é responsável por executar parte das emendas individuais e de bancadas indicadas pelos parlamentares.
Além de ficar com a Codevasf, a expectativa é que o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional cuide ainda das políticas de irrigação e segurança hídrica, além da Defesa Civil.
Já as políticas de saneamento e o programa habitacional Casa Verde Amarela, que será rebatizado de Minha Casa Minha Vida, devem ficar sob a responsabilidade do Ministério das Cidades do governo Lula. Atualmente, estão no Ministério do Desenvolvimento Regional do governo Jair Bolsonaro.
Até a noite desta quarta (28), o nome mais cotado para assumir a pasta era do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA). A indicação, no entanto, era alvo de protestos dos diretórios do PT na região Nordeste em razão de críticas recentes do parlamentar à candidatura de Lula.
Nascimento é líder do União Brasil na Câmara e aliado do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). O mapeamento dos ministérios destinados a partidos como PDT, PSD e União Brasil só foi concluído nesta quinta, pouco antes do anúncio oficial de Lula.
Antônio Waldez Góes da Silva, de 60 anos, é servidor público e filiado ao PDT desde 1989. Foi governador do Amapá por quatro mandatos (eleito em 2002, 2006, 2014 e 2018).
Também foi deputado estadual no Amapá por dois mandatos, nos anos 1990.
Em 2010, enquanto era candidato ao Senado, Waldez Góes foi preso pela Polícia Federal na operação Mãos Limpas e ficou mais de uma semana detido em Brasília. Ele e a esposa eram acusados de desvio de recursos, mas as ações foram arquivadas sem condenação.
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